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“Eu já vendi mil cursos”: empreendedor ajudou restaurante a faturar R$ 100 mil em entregas

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Restaurante
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Em seu quarto delivery, André Lopes, o “Brabo do Delivery”, explica sobre empreendedorismo no mundo das entregas de restaurantes.

André Lopes começou sendo sócio de um restaurante que trabalhava com salão de entregas, e agora, em sua quarta experiência como empreendedor, é dono do delivery “Rapidão Açaí”, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Depois de muito aprendizado, André trabalha também com assessoria de restaurantes, auxiliando outros empreendedores a aumentarem suas vendas no iFood.

Com o seu delivery de açaí, André conquista a clientela da cidade e saiu de um cômodo de sua casa para o próprio espaço especializado para os pedidos, com uma equipe de 5 funcionários, tendo os seus próprios entregadores. Hoje atua com seu negócio de entregas e assessoria de empreendedores que adotam o iFood e afirma: “Teve cliente que saiu de R$ 30 mil em entregas para R$ 100 mil de faturamento bruto, em 90 dias”.

“Comecei a produzir conteúdo em 2021, quando começaram os projetos do iFood, o Conexão iFood. Então fui convidado para fazer parte como produtor de conteúdo, parceiro deles lá. Enfim, aí foram aparecendo novos clientes, mais oportunidades. Eu já vendi mais de mil cursos. E é um trabalho que particularmente me realiza bastante, pessoalmente falando. Eu gosto muito desse trabalho de desenvolver negócios, lidar com pessoas que queiram aprender, que queiram se desenvolver”.

Conte o início da história do delivery.

Esse é o meu quarto delivery próprio. Eu comecei com a armadilha, eu e minha mãe, nós vivemos na pandemia. Eu tinha uma participação no restaurante à la carte também, que a gente vendia bastante pelo iFood, era uma marca bem consolidada aqui na cidade, mais de 3 anos de carreira também, mas lá o dono ficou doente, a gente não pôde continuar. Depois eu abri o “Rei do Macarrão”, que foi o de maior sucesso, fazíamos 10 mil pedidos por mês. E agora estou com o “Rapidão Açaí”. O Rapidão consolida toda essa experiência que tive com todos os restaurantes ao longo desses quase sete anos de restaurante, de delivery. Ele vem com uma proposta muito prática, uma operação onde eu busco não tanto crescimento, mas sim ter mais margem de lucro e uma linha mais replicada de negócio. Ao invés de um negócio muito grande, eu prefiro optar por vários negócios menores, em termos estratégicos mesmo. É muito complexo hoje achar mão de obra competente e suficiente para cuidar de negócios muito grandes, é muito difícil ele ter uma linha consistente para manter o padrão de um volume muito alto de pedidos. Então, o Rapidão vem ali com uma linha de produtos que já está pronta, para não ter necessidade de muita mão de obra, nem de uma mão de obra muito qualificada. Ele vem com produtos, são poucos produtos, mas produtos coringas, mais assertivos, para não ter a necessidade de um cardápio muito longo, tendo uma facilidade operacional ali, e comercial também. Então, ele consolida toda essa bagagem de conhecimento e melhoria.

Financeiramente, foi difícil iniciar o projeto?

Não, eu já escolhi a coisa do açaí, justamente por isso, para conseguir começar até de casa mesmo. Eu sigo uma filosofia de negócios onde se deve começar com o mínimo possível, porque a gente vai errar. Mesmo com toda a minha experiência, eu erro até hoje, então eu acho que o erro tem que custar mais barato. Então, comece, teste os produtos, teste a combinação de itens e eu recomendo isso até para quem tem muito dinheiro para começar.

Em quanto tempo o seu delivery se pagou?

No segundo mês.

A ideia inicial sempre foi do cardápio atual ou houve modificações?

Não, pouquíssima coisa mudou, eu incrementei poucos itens ali, pouquíssimos, aqui no cardápio em si foi um item só mais e mais dois ou três complementos, mas não teve grandes mudanças. Até porque, pela minha experiência, eu já tinha, eu já sei analisar, eu já sei o que vem. E eu também só gosto de trabalhar com produto dentro do meu consumo normal. Então, eu já tinha uma boa ideia do que fazer e de como fazer também.

Quantos clientes atendiam por dia? E atualmente?

No começo, eu tinha uma média de 8 a 12 pedidos variando. Hoje, a gente faz uma média de 45 a 50 em dias normais, e nos finais de semana a gente tem um pico muito bom chegando até 150 pedidos por dia.

Em quanto tempo viram um salto de crescimento no negócio?

Foram 90 dias. Eu comecei em dezembro, e na conversa de março, a gente mudou para o espaço que a gente tem hoje, sendo 100% para delivery, com foco também em ter mais espaço para outras operações. Mas aí eu também esperei a questão, a gente sabe que tem um movimento maior de dezembro até o carnaval.

Qual é a sua meta para esse ano? O que você espera?

Minha meta para esse ano é ter pelo menos três operações com três nichos diferentes de cozinha. Já tem um segundo delivery bem engatilhado aí. Até pela estrutura que eu falei, eu quero ter negócios que não sejam tão grandes, mas que sejam mais replicados. Então, você já passa a ver uma oportunidade no Brasil de grande consolidação.

E para o futuro, você espera continuar com delivery?

O projeto principal é construir uma marca sólida de delivery e expandir para outras cidades. O projeto maior seria virar uma franquia, 100% voltada para delivery e de baixo custo inicial, porque hoje eu vejo muita gente querendo começar e estão perto dos caminhos. Começaram o caminho muito rápido, a verdade é essa, mas eu também não sou apegado ao negócio nem a nicho específico, não; em algum momento, se eu identificar alguma outra oportunidade, mesmo que não seja em outro lugar que eu esteja, eu também, eu sempre falo, eu sou um jogador no meio do jogo, então se hoje o jogo é de futebol, nós vamos jogar futebol, se hoje o jogo é de basquete, nós vamos jogar basquete, então eu gosto mais fácil de acompanhar o tempo porque tentar criar o mercado forçar a venda de alguns produtos dentro do mercado também é legal, nossa.

Você não pensa em ter um restaurante físico?

Não, meu primeiro restaurante foi um restaurante convencional, vamos dizer assim, e não foi voltado para delivery, não. Mas não, pelo menos por enquanto, não. Alguns amigos meus que conhecem meu trabalho e tudo já até falaram para abrir porta, mas eu sinto uma volatilidade muito maior num restaurante convencional. O dia que chove é uma muita de cabeça, questão de mão de obra, de estrutura, e isso acaba aumentando os custos, aumenta o risco do negócio. Então, não é meu interesse principal, não. Talvez em algum momento eu até faça, mas meu foco sempre vai ser manter o delivery bem posicionado, como fonte principal de qualquer canal.

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