Marcelo defende que motoristas devem aceitar corridas de passageiros com notas baixas se forem lucrativas, mas alerta sobre a importância de preparar o psicológico para lidar com possíveis desafios.
Por Marcelo Fora da Curva
O motorista que ainda não entende como funciona a nota do passageiro está perdendo um ponto essencial para melhorar sua experiência de trabalho. Esse detalhe pode influenciar diretamente no dia a dia, especialmente em épocas movimentadas, como o final do ano, quando a pressão aumenta e qualquer erro pode custar caro.
Um exemplo prático disso foi narrado por um colega que relembrou uma situação marcante. Em um domingo, por volta das 10h da manhã, ele aceitou uma corrida de uma passageira com nota 4.43. Para muitos, essa avaliação seria um motivo para recusar a corrida, mas ele decidiu aceitar. A passageira, acompanhada de uma criança de cerca de 10 anos, logo mostrou por que tinha uma nota tão baixa. Queria incluir uma parada fora do trajeto original, em uma direção oposta ao destino. A criança, segundo o motorista, estava aloprando no carro, e a passageira parecia querer tratá-lo como um capacho. Nesse caso, a nota baixa fazia total sentido, pois refletia um uso frequente do app combinado com um comportamento inadequado.
Quando a Nota Engana
Por outro lado, esse mesmo colega fez questão de alertar para os riscos de generalizar. Há muitos passageiros com notas baixas que, na prática, são ótimos usuários. A questão, às vezes, é o contexto. Muitos motoristas avaliam negativamente passageiros apenas porque moram em áreas periféricas, com ruas de terra ou pouca infraestrutura. Isso cria um ciclo injusto, onde a localização do passageiro pesa mais do que seu comportamento.
Como ele mesmo disse: “Já peguei passageiros com nota baixa que foram super tranquilos, e a única razão para a avaliação ruim era o bairro onde moravam”. Esse tipo de julgamento precipitado prejudica não só os passageiros, mas também os motoristas, que acabam recusando corridas que poderiam ser lucrativas e seguras.
Como Usar a Nota a Seu Favor
A dica principal é ter inteligência emocional e capacidade de análise. Antes de aceitar ou recusar uma corrida, o motorista deve considerar mais do que apenas a nota do passageiro. Qual é o horário? Para onde a corrida está levando? É um trajeto que faz sentido no seu planejamento? A avaliação baixa tem uma justificativa visível?
Nos relatos, o colega compartilhou que, em algumas situações, aceitou corridas de passageiros mal avaliados e teve uma experiência tranquila. Por outro lado, quando o contexto não parecia favorável, ele não hesitou em recusar, mesmo que o valor da corrida fosse atraente. Saber interpretar cada caso é essencial para evitar desgastes e tomar decisões mais assertivas.
A Importância da Nota no Final do Ano
No final do ano, quando o volume de corridas aumenta e a pressão sobre os motoristas é maior, prestar atenção na nota do passageiro pode fazer diferença. Muitos motoristas relatam que essa época é particularmente estressante, com passageiros mais exigentes e empresas mais rígidas. Por isso, estar preparado psicologicamente para lidar com possíveis dificuldades é fundamental.
Reflexão para Motoristas
E você, motorista, como lida com a nota do passageiro? Essa informação faz parte da sua estratégia no dia a dia? Muitos colegas defendem que ela é uma ferramenta útil para evitar problemas, enquanto outros acreditam que não tem tanto peso assim.
Seja qual for sua opinião, é importante lembrar que a nota é um reflexo de comportamento e uso, mas não deve ser o único critério para avaliar uma corrida. A chave é encontrar o equilíbrio, aproveitando boas oportunidades sem cair em preconceitos que possam limitar seu potencial de ganhos.
Comente e compartilhe sua experiência: você usa a nota para tomar decisões no seu trabalho? Já teve surpresas boas ou ruins com passageiros bem ou mal avaliados? Vamos continuar essa conversa e aprender juntos como tornar o dia a dia de trabalho mais leve e produtivo.
