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“Faturei R$ 500 em um dia”: entregadores lucram com o boom do delivery no Dia dos Namorados

Alta demanda por jantares e presentes fez disparar os pedidos e impulsionou os ganhos de motoboys em todo o país.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Montagem com duas imagens. À esquerda, dois wraps embalados em papel branco sobre uma tábua de madeira, acompanhados de dois copos de molho branco, três latas de Coca-Cola e um saco de presente decorado com corações vermelhos. À direita, um piquenique romântico em ambiente interno com velas acesas, flores, vinho, espumante, bombons, e uma grande variedade de sushi dispostos sobre uma toalha azul escura no chão.
Foto: 55content

Em uma data tradicionalmente marcada por movimento em restaurantes, bares e cinemas, os aplicativos de delivery têm ganhado espaço entre os casais que preferem comemorar o Dia dos Namorados em casa. Com rotinas intensas, temperaturas baixas e trânsito carregado, a opção por pedir comida via aplicativo e montar um jantar em casa tem se consolidado como uma alternativa prática para celebrar a data.

Thainan Honorato, que está com a noiva há 12 anos, relatou que, após uma experiência negativa em um restaurante no ano anterior, o casal decidiu comemorar em casa. “A gente acabou de adquirir a nossa casa, então foi a primeira vez que comemoramos o Dia dos Namorados no novo lar”, disse. No entanto, ele apontou falhas no serviço: “Agendei a entrega pelo iFood para as 17h, mas o pedido só chegou às 19h, mesmo tendo feito o agendamento pela manhã”. Segundo ele, o restaurante atribuiu o atraso à alta demanda e à dificuldade logística.

Thainan também comentou a ausência de promoções específicas: “Usei apenas um cupom genérico do iFood. Mesmo assim, o valor foi mais alto que o habitual. O mesmo pedido, que já custou R$ 110, saiu por R$ 164 desta vez”.

Além das refeições, muitos usuários recorreram aos aplicativos para enviar flores, chocolates e presentes. Matheus, que mora em Maringá (PR), utilizou um app para entregar flores e uma carta à namorada Ana Beatriz, em São Paulo. “Foi o primeiro Dia dos Namorados que passamos juntos, mesmo à distância. O delivery foi essencial para essa comemoração”, afirmou Ana.

Para atender à alta demanda, entregadores trabalharam em jornadas longas. Caio Eduardo Silva, motoboy parceiro do iFood, afirmou ter trabalhado das 6h à meia-noite, realizando 35 corridas e faturando R$ 500. William Rocha, que atuou pela Uber Flash, destacou o aumento na demanda por entregas de flores e cestas.

Alguns restaurantes firmaram parcerias com plataformas para minimizar atrasos. “Um restaurante me pediu dez entregadores e consegui fixar todos para ele”, disse Erike Sousa, gestor do Muralha Entregas, app regional. A plataforma cobrava R$ 60 por entregador para garantir presença exclusiva no local, além das taxas usuais. Segundo Erike, restaurantes que não se prepararam enfrentaram dificuldades logísticas.

Em São Sebastião do Paraíso (MG), a Casa da Tapioca criou um combo promocional para casais, com dois pratos, refrigerantes, trufas, creme de alho e um brinde, tudo em embalagem personalizada. Apesar da boa adesão — cerca de 60 unidades vendidas —, o estabelecimento enfrentou desafios logísticos. “Contamos com dois entregadores fixos, mas a demanda foi maior do que o previsto”, disse Ingrid Fagundes, sócia do negócio.

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