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App que já atuou no Brasil recebe US$ 110 milhões, mas não pretende voltar

Cabify recebeu investimento milionário e agora quer expandir operação para nossos vizinhos da América Latina. Retorno ao Brasil fica de fora.

A empresa espanhola Cabify, pioneira no transporte por aplicativo no Brasil, recebeu um investimento milionário de R$110 milhões para expandir sua operação em países da América Latina onde já atua, como Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru e Uruguai. No entanto, a empresa não planeja retornar ao mercado brasileiro, onde encerrou suas atividades em junho de 2021 devido às dificuldades geradas pela pandemia.

“O mercado brasileiro ainda é muito afetado pela grave situação sanitária do país e pela crise sócio-econômica local causada pela Covid. Este contexto dificulta a criação de valor e tem levado a empresa a parar sua operação no Brasil”, disse a Cabify em nota após anunciar sua saída.

A empresa oferecia um serviço premium no Brasil e não buscava competir diretamente com Uber e 99, atendendo apenas 8 cidades, sendo 6 capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo) e 2 grandes centros urbanos (Santos e Campinas). Além disso, a empresa não aceitava pagamento em dinheiro, o que representava uma barreira para os usuários que preferem essa opção de pagamento. Na 99, por exemplo 70% das corridas são pagas dessa forma.

Durante seu tempo de atuação no Brasil, a Cabify adquiriu a Easy Taxi, um dos grandes players do mercado brasileiro, fundada pelo empresário Tallis Gomes. No entanto, o aplicativo foi descontinuado e integrado à Cabify.

Com o novo investimento, a Cabify pretende expandir seus serviços em países onde já atua, mas não tem planos de voltar a operar no mercado brasileiro.

Investimento vai para eletrificação da frota

A empresa usará o investimento para eletrificar sua frota na Espanha e América Latina e para melhorar seus processos tecnológicos. A transição para veículos elétricos foi prometida pela Cabify ao Banco Europeu de Investimento (BEI), do qual a empresa recebeu um empréstimo de 40 milhões de euros.

O CEO da Cabify, Juan de Antonio, afirmou que o investimento representa o reconhecimento do impacto positivo e do potencial da empresa em continuar criando valor para investidores e cidades onde atua. Ele também ressaltou a importância de ter parceiros que compartilham a visão da empresa em relação à mobilidade sustentável e que ajudarão a acelerar o cumprimento do plano estratégico.

Após o investimento, a Cabify não divulgou seu novo valor de mercado, nem se o novo financiamento resultou em uma avaliação maior, menor ou estável em relação ao último aporte. A empresa destacou sua capacidade de gerar recursos e elaborar seu próprio plano de transformação de negócios e mobilidade, que se concentra em um crescimento rentável.

Embora a empresa não tenha divulgado números exatos, ela informou que seu faturamento em 2022 já é 24% maior do que em 2019 e 32% maior do que em 2021. De acordo com Juan de Antonio, a Cabify está passando por um estágio de maturidade e crescimento sustentável único em seu setor, e espera-se um aumento significativo no volume de receita e lucratividade nos próximos anos.

Receita 3 vezes maior e projeto sustentável

O plano da Cabify é triplicar sua receita nos próximos três anos, expandindo sua presença de mercado nos países onde já atua e se expandindo para mais de 25 cidades na América Latina e na Espanha, incluindo cidades com mais de 200.000 habitantes. A empresa também anunciou um acordo de colaboração com a Beat, um aplicativo de transporte que recentemente encerrou suas atividades na região.

“Os novos recursos da empresa permitirão maximizar o impacto desta parceria e melhorar ainda mais a mobilidade na região. Além disso, a empresa continuará investindo em novas linhas de negócios, como a Cabify Logística, unidade lançada para transformar as necessidades logísticas das empresas”, afirmou o Cabify.

A Cabify pretende usar os novos recursos para investir em novas linhas de negócios, como a Cabify Logística, e para melhorar a mobilidade na região, com o objetivo de que todas as viagens solicitadas em sua plataforma sejam em veículos de emissão zero na Espanha até 2025 e na América Latina até 2030. A empresa está introduzindo programas de mobilidade eletrificada por meio de parcerias com fabricantes e ativação de categorias que incluem apenas veículos elétricos.

Essa é uma tendência geral do mercado, como demonstrado pela Uber, que anunciou uma parceria com a bp pulse, empresa de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos, e a expansão da categoria Comfort Eletric, com carros premium e 100% elétricos. A Uber pretende eliminar veículos a combustão até 2030 nos Estados Unidos, Canadá e América do Norte, e globalmente, a meta é para 2040.

Giulia Lang
Giulia Lang
Giulia Lang é graduanda em jornalismo pela Cásper Líbero e jornalista do 55content.
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