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“O maior faturamento da semana passada foi de R$ 951,13 em um único dia”, afirma entregador de app

Nos últimos meses, influenciador tem se dedicado ao app Lalamove e compartilha nas redes sociais dicas para entregadores aumentarem o faturamento e se destacarem no setor.

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Entrevista
Conversas com especialistas, gestores e profissionais do setor, com perguntas conduzidas pela equipe do 55content.
Homem sentado no topo de uma van com uma pintura colorida, representando uma versão estilizada do carro "DeLorean" da série "De Volta para o Futuro", com um design futurista e a presença de uma logo do Instagram. Ele usa uma camiseta branca e calças pretas, com um semblante sério e olhar direcionado à câmera. O fundo mostra uma rua residencial.
Foto: Pedro Torres para 55content

Pedro Torres, durante a pandemia em 2020, com uma moto e o 13º salário em mãos, decidiu experimentar uma nova fonte de renda, mas três meses depois abandonou o CLT para empreender. Ele é entregador de aplicativo e criador de conteúdo. 

Ao longo dos últimos anos, Pedro se destacou não apenas pela dedicação nas ruas, mas também por compartilhar sua rotina, estratégias e aprendizados com outros entregadores. Com um canal no YouTube e um perfil ativo no Instagram, ele se tornou uma referência entre entregadores e motoristas autônomos, sempre oferecendo dicas práticas de organização financeira, economia de combustível, uso inteligente dos aplicativos e relacionamento com clientes.

Hoje, Pedro alterna sua rotina entre as entregas — que continuam sendo parte importante do seu trabalho — e a produção de conteúdo, utilizando sua experiência para inspirar e instruir outros profissionais da área. 

Nesta entrevista, ele conta um pouco de sua trajetória, compartilha experiências marcantes, fala sobre os desafios da profissão e dá dicas valiosas para quem quer começar ou se profissionalizar nas entregas em 2025.

Como você começou a trabalhar nessa área de entregas?

Minha história nas entregas começou em 2020, na época da pandemia. Eu tinha uma moto e trabalhava com carteira assinada, sempre fui CLT. Com o 13º da empresa, comprei um baú e comecei a fazer entregas de moto. Quando não estava trabalhando, fazia plantão monitorando a frota dos Correios. E, nos dias em que eu não estava de plantão, saía para fazer entregas. Fiz cartão de visita, abri um Instagram, um canal no YouTube.

Comecei a divulgar meu trabalho, e a demanda de clientes particulares foi aumentando muito, porque naquela época, com a pandemia, havia uma grande necessidade de motoboys, de delivery. A demanda cresceu tanto que, três meses depois, eu já não estava dando conta de conciliar as entregas com o plantão.

Eu não estava sendo um bom entregador porque ficava cansado e não conseguia atender os clientes da forma que eu gostaria. E também não estava conseguindo render bem no plantão. Então, decidi sair da empresa, conversei com minha esposa na época, com a minha mãe… Foi uma decisão muito difícil, porque eu já tinha uma filha, uma família para sustentar, e sempre trabalhei como CLT desde os 15 anos. Nunca fiquei desempregado.

Passei por três, quatro empresas e sempre fui registrado. Então, sair da estabilidade do CLT para empreender foi muito complicado. Mas tomei a decisão, fui pra cima e, graças a Deus, estamos aí até hoje no ramo das entregas, empreendendo.

O Instagram e o canal do YouTube se desenvolveram e a gente está sempre trabalhando para crescer mais, instruindo os motoristas e dando sequência nessa jornada.

E os conteúdos na internet? Você já começou ali mesmo ou demorou um pouco?

Então, comecei ali mesmo. Eu já tinha o canal, na verdade, porque desde 2013 eu tinha um e-mail no YouTube. Mas comecei a produzir conteúdo em 2020, quando decidi abrir a empresa, o MEI na época, junto com o Instagram e o YouTube. Abri tudo junto.

Comecei a divulgar e fazer entregas. No início é muito difícil criar conteúdo, porque você não tem experiência, não sabe o que falar, o que postar. É complicado. Até você pegar o jeito, leva tempo. Mas se você voltar lá no canal ou no Instagram, vai ver vídeos antigos em que até meu jeito de falar é diferente.

E hoje, como é a sua rotina? Você ainda faz entregas ou está focando mais nas redes sociais? Vai para a rua todo dia? Como funciona?

Hoje eu ainda faço entregas, sim. Mas agora é um complemento. Tem semana que eu vou todo dia para a rua, tem semana que vou três vezes. Depende da quantidade de conteúdos que estou produzindo, para conseguir conciliar. Não dá para ficar só na rua e abandonar as redes sociais.

No início eu fazia entregas e também criava conteúdo. Hoje está meio a meio. Preciso entregar os conteúdos porque as pessoas esperam por eles. Então trabalho nas redes, faço girar, mas não abandono as entregas.

Tenho meus clientes particulares, faço fretes diários, entregas para o Mercado Livre, Shopee. Não abandonei completamente as entregas. Trabalho nas duas frentes e fico revezando.

Isso é bacana, você mostra o dia a dia real, né?

Exatamente. Eu mostro como funciona meu dia nas entregas. Pego meu veículo, meu caminhão, e vou para as entregas. Faço questão de mostrar meu dia a dia real: quanto faturo, o que acontece.

E junto com isso, trabalho nas redes sociais, dou dicas, ensino como ser mais eficiente. Estudo as plataformas — por exemplo, estudo a Lalamove — e, se vejo uma estratégia que pode gerar melhor resultado, eu ensino para os seguidores.

Um exemplo: reembolso de pedágio. Muita gente tenta solicitar e sofre com isso. Eu mostro que é melhor cobrar direto do cliente com o print que a Lalamove disponibiliza no app. Mostro passo a passo: “acessa aqui, manda esse print pro cliente”.

Ou seja, eu vou fazendo a entrega, vejo a melhor forma de ser mais eficiente, de faturar mais e ter menos estresse, e compartilho isso com os seguidores.

Falando sobre aplicativos, quando você começou, usava quais? E hoje, quais utiliza?

Quando comecei, como eu só tinha moto, comecei com Uber Eats e iFood. 

Naquela época, lá no Rio de Janeiro, eu fazia as entregas, tinha meu cartão de visita como motoboy, e quando ia, por exemplo, entregar uma pizza na Barra da Tijuca, já deixava o cartão no escaninho do prédio. Assim fui conquistando clientes.

Eu postava tudo no Instagram: “entrega tal, faça sua cotação online”, do mesmo jeito que faço hoje. Naquela época, meu foco nas redes sociais era captar clientes, não ensinar motoristas. Isso veio depois.

Atualmente, faço entregas pelo Mercado Livre, Shopee e já fiz também pela Amazon. Mas, nos últimos meses, estou focando mais na Lalamove. No ano passado já usava também, mas esse ano estou batendo mais firme nela, mostrando mais sobre a plataforma para diversificar os aplicativos que uso.

E quanto você consegue faturar por semana ou por mês, mais ou menos?

Varia muito conforme a demanda da semana. Por exemplo, em uma semana em que eu foco bastante e vou quase todo dia para a rua, consigo faturar bem. Deixa eu abrir aqui o aplicativo da Lalamove só para ter uma ideia das últimas semanas.

Aqui, estatísticas dos últimos 7 dias:
Na semana passada, faturei R$ 2.100. Na semana anterior, R$ 1.500. Então depende do dia. No mês de maio, por exemplo, na semana passada trabalhei de segunda a sexta, do dia 12 ao dia 16, e fechei os cinco dias com R$ 2.100, só pelo aplicativo, entendeu?

Tem dias que são melhores, outros mais fracos. Por exemplo, o maior faturamento da semana passada foi no dia 16: R$ 951,13 em um único dia.

Então depende muito da demanda do app, dos percursos, dos horários.

Esse dia de R$ 950 foi atípico, certo? Qual seria a média por dia?

Sim, esse foi um dia fora da curva. A média por dia fica na faixa dos R$ 700, mais ou menos. Isso rodando com o caminhão baú, que é o que estou usando agora.

Ah, você começou com moto e agora tem um caminhãozinho, é isso?

Exato. Eu comecei com moto. Em 2021, tive a oportunidade de comprar uma Fiorino, um utilitário, que uso até hoje.

Atualmente, estou fazendo um teste com um caminhão elétrico que uma empresa me forneceu. O objetivo é divulgar como é a performance dele nas entregas. É um veículo 100% elétrico, e eu o cadastrei no app da Lalamove para rodar com ele e mostrar como se sai.

Ele roda até 200 km por dia. É um veículo muito bom, confortável, econômico, porque sendo 100% elétrico, não gasta com combustível, não tem troca de óleo, essas coisas. Mas tem esse limite de autonomia. Então, esses valores que estou faturando são dentro desse limite de 200 km por dia.

Você está usando esse caminhão há quanto tempo?

Já faz 1 mês e 10 dias, hoje é dia 20, então uns 40 dias no total.

E até quando vai esse teste?

A princípio seriam 10 a 15 dias, mas eles estão gostando do conteúdo, então ainda não deram previsão de devolução. Então estou aproveitando para gerar bastante material e mostrar o funcionamento na prática.

É uma experiência nova pra mim também. O caminhão é uma categoria acima da Fiorino, então estou trazendo essas informações para os motoristas que me acompanham.

E, voltando ao faturamento, quanto realmente é lucro?

Como estou usando o caminhão da empresa, ele não gera custos de manutenção para mim, então fica mais difícil calcular o lucro real nesse momento.

Mas com a Fiorino, que é minha e tem todos os custos, é mais fácil de calcular. Por exemplo, com a Fiorino, eu faturo de R$ 6.000 a R$ 7.000 por mês. Desses, o que fica para mim — lucro mesmo — varia de R$ 3.000 a R$ 4.000, dependendo do mês e das despesas como combustível e manutenção.

Quando você está rodando com a Fiorino, você abastece de que forma?

Eu instalei o GNV na minha Fiorino, o Gás Natural Veicular, o que dá uma economia muito boa comparado a gasolina ou etanol.

O metro cúbico do GNV está em torno de R$ 4,59, e a autonomia é maior. Um carro que faz 7 km/l no etanol vai fazer 13 a 14 km/m³ no GNV. Então, no final das contas, o custo por km rodado é bem mais baixo.

Eu sempre compartilho isso com meus seguidores. Se o lucro está baixo, veja onde pode economizar. Combustível é um ponto. Às vezes vale a pena instalar um kit GNV. Eu mostro isso: quanto custa instalar, em quanto tempo se paga rodando 3.000 km por mês… Faço as contas para ajudar os motoristas a melhorarem o lucro.

Dou dicas como levar marmita, evitar gastos desnecessários — tudo para ajudar a aumentar o que sobra no fim do mês.

Você trabalha mais com entregas de objetos, certo? Tem algum dia ou época que a demanda é maior?

Sim, entrego mais mercadorias e pacotes, tipo Mercado Livre, Shopee e Lalamove.

As épocas de maior demanda são diferentes das de delivery de comida, por exemplo. Final de ano bomba, principalmente novembro e dezembro. Aí tem muita entrega de pacote, de presente, de frete no geral.

Já no início do ano dá uma caída. Janeiro e fevereiro são mais fracos. Dá pra sentir isso em todos os apps.

Quanto aos dias da semana, os melhores são de quarta a sexta. Segunda e terça podem ser bons dependendo da época. Final de semana, ao contrário do iFood, por exemplo, não costuma ser bom pra quem trabalha com frete, porque muitas empresas estão fechadas. Então, raramente faço entrega no fim de semana.

E qual cidade você está atualmente?

Hoje estou morando em Jundiaí.

E você roda só por Jundiaí ou vai para outras cidades também?

Rodo em outras cidades também. Costumo ir para São Paulo capital. Pego uma entrega de Jundiaí sentido São Paulo, para não ir vazio, e chegando lá fico rodando na região central, onde tem mais demanda.

Também tenho clientes particulares que pedem fretes de São Paulo para o interior, tipo Campinas. Então vou conciliando as corridas dos apps com essas entregas particulares. Faço bastante interior-capital e capital-interior.

Como é que você faz a sua organização financeira? Você anota o que gasta, o que ganha?

Sim, eu tenho uma planilha de controle financeiro para motoristas, que eu mesmo criei. Inclusive, divulgo ela para os seguidores também. Coloco nela os meus ganhos com as entregas: anoto o dia em que fui para a rua, se teve cobrança por pacote ou parada (como no Mercado Livre e na Shopee), a quilometragem de saída e de volta, o horário que saí e que voltei. Tudo.

A planilha já calcula automaticamente. Por exemplo: coloco o valor do combustível, quantos litros gastei, e ela já mostra quanto foi de custo e quanto foi o lucro final com base nesse faturamento. Se faturei R$ 500 num dia, ela já calcula quanto ficou líquido, considerando todos os gastos.

Mas confesso que tem dias em que eu não anoto, porque uso a planilha apenas quando estou na rua fazendo entregas.

Você já teve alguma entrega marcante ou inusitada? Alguma situação que te marcou?

Já tive algumas. Teve uma, em especial, bem no início, quando eu ainda estava fazendo entregas com a Fiorino pelo Mercado Livre, lá no Rio. Foi até a primeira — e última — vez que minha esposa me acompanhou em uma entrega. Nunca mais ela quis ir depois desse dia.

Era fim de tarde, por volta das 19h, já quase encerrando as entregas. Fomos até um condomínio de casas na Freguesia, em Jacarepaguá. Parei a Fiorino em frente à casa da cliente e minha esposa foi entregar uma encomenda leve, parecia uma almofada.

A mulher que atendeu estava visivelmente alterada, parecia embriagada, estava fumando, falando embolado. Minha esposa pediu o nome e um documento para dar baixa no aplicativo, como de praxe, e ela se recusou. Disse que aquele não era horário para entrega. Mesmo assim, pegou a encomenda, entrou em casa e foi fechando a porta sem fornecer os dados.

A situação ficou bem chata. No fim, ela acabou passando o nome, mas foi um estresse desnecessário. Se não quisesse receber, era só não atender. Mas ela quis a encomenda e ainda assim dificultou o processo. Provavelmente estava com algum problema e descontou na gente. Foi uma experiência ruim, especialmente para minha esposa, que nunca mais quis me acompanhar.

E nas redes sociais, o que os seguidores mais te perguntam? Qual é a maior dor que os entregadores enfrentam?

O que mais escuto é reclamação sobre os valores pagos pelos aplicativos — especialmente a Lalamove, que é o que tenho usado com mais frequência. A galera fala que os valores são muito baixos, que não vale a pena.

A grande dor é essa: baixa remuneração. Mas o que tento mostrar é que, assim como no Uber, tudo depende de estratégia. Se você for olhar uma corrida isolada, parece que não vale nada. Mas muitos motoristas vivem disso e sustentam suas famílias só com Uber, porque sabem os melhores horários, regiões e jeitos de otimizar.

É a mesma coisa com a Lalamove. Tem gente que compara o valor do app com o de um frete particular, mas são realidades diferentes. O aplicativo te dá uma corrida perto, rápida. Agora, sair de casa para buscar e levar uma encomenda longe, com valor de app, realmente não compensa. O segredo é saber equilibrar e estruturar.

Tem cliente que fideliza, que começa pelo app e depois quer só com você. E aí o valor é outro, porque você oferece segurança, agendamento, bom atendimento.

No Mercado Livre, quem faz entrega porta a porta sofre mais com o cuidado com os pacotes e as paradas. O desafio é ser ágil: montar uma rota eficiente, entregar rápido, evitar erros.

Se você entrega errado, o cliente pode abrir um PNR (Paguei e Não Recebi), e aí você precisa voltar lá. Caso contrário, o valor da encomenda pode ser descontado de você. Então, além da logística, o entregador tem que estar atento, ser cuidadoso e preciso.

Eu entendo porque também sou consumidor ativo. Uso o Lalamove quando preciso fazer entregas, e compro direto na Shopee, Mercado Livre e Amazon. Você compra e sabe que vai receber. E se não receber, seu dinheiro volta. Eles só liberam o pagamento pro vendedor depois que o cliente confirma o recebimento.

Isso dá segurança. Às vezes, é mais confiável comprar pela Shopee do que num site aleatório. Muita empresa vende mais nesses marketplaces do que pelo próprio site. É igual restaurante que tem loja física, mas vende mais no iFood, porque a pessoa vai direto no app procurar e comprar ali.

Hoje, até os idosos compram. Minha avó, por exemplo, compra na Shopee quase todo dia! Chego na casa dela e ela já fala: “Isso aqui eu comprei na Shopee”. Ou seja, já virou hábito da população em geral, não só dos jovens.

E as empresas que não estão nesses espaços acabam perdendo clientes né?

Sim, elas acabam perdendo espaço. A pessoa quer praticidade: pegar o celular, clicar e comprar. Quem tem loja física pode vender para quem passa na porta, mas se não estiver no digital, vai perder cliente. É preciso se atualizar.

Hoje, tudo gira em torno da agilidade. A demanda por entrega só tende a crescer, e quem souber se organizar, estruturar e acompanhar essa evolução, vai conseguir aproveitar muito bem esse mercado.

E agora, por último, que dicas você daria para quem está começando nas entregas? E ainda vale a pena ser entregador em 2025?

Com certeza vale a pena ser entregador. Como eu falei, a demanda só tende a crescer. Cada vez mais motoristas estão se cadastrando e trabalhando nesse ramo.

A principal dica que eu dou é: seja sempre correto nas entregas. Faça tudo da forma certa, sem buscar atalhos ou jeitinhos. Não coloque qualquer nome ou documento só para dar baixa. Isso pode te prejudicar mais à frente. Procure ser o mais honesto e correto possível.

Pode parecer uma dica básica, mas ainda é necessário dizer. Muita gente pensa: “Ah, é só entrega, vou fazer de qualquer jeito.” Mas não é assim. Seja cordial e educado com os clientes. Isso pode te trazer benefícios no futuro, como conseguir clientes particulares que queiram fechar entregas diretamente com você.

Se você estiver em uma transportadora, por exemplo, vão perceber que você é um entregador diferenciado, que é educado, comprometido, que faz o trabalho com seriedade. As pessoas valorizam isso. É melhor ser alguém que busca eficiência do que alguém que só reclama.

Vejo muita gente que só reclama dos aplicativos, mas não tenta encontrar soluções. Então, ao invés de reclamar, busque resolver os problemas. Quando você busca soluções, você se destaca no meio de tantos outros.

É isso que eu passo para os motoristas que me acompanham. E reafirmo: sim, ainda vale a pena entrar para a área de entregas em 2025.

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