CEO do Mobbrasil revelou que, em algumas cidades, é cobrado um valor fixo de R$ 2,00 por corrida, independentemente de a viagem ter 2 km ou 100 km.
Atuando em 8 cidades, a plataforma conta com mais de 260 mil downloads e 600 motoristas cadastrados, sendo 240 em sua central, localizada em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.
“Começamos do zero, sem grandes investimentos. Durante os primeiros anos, focamos em pagar as contas e nos estruturar. Em 2025, com o fim de alguns custos, esperamos começar a lucrar significativamente”, conta o CEO.
Ronni explica que se uniu ao seu sócio Lucas Corteze, gerente operacional, em 2021, quando enxergaram uma nova possibilidade no mercado de transporte. Hoje, já oferecem a opção de licenciados em outras cidades.
O CEO revelou que, em algumas cidades, é cobrado um valor fixo de R$ 2,00 por corrida. “Assim, independentemente de a corrida ter 2 quilômetros ou 100 quilômetros, o motorista pagará apenas essa taxa de R$ 2,00”.
Sobre as taxas cobradas para os motoristas, o gestor preferiu não revelar os valores. Ele explicou que trabalha com opções de pagamentos semanais, mensais ou taxa fixa por corrida.
Sobre as tarifas dinâmicas, detalhou que, durante a semana, são aplicadas quatro dinâmicas fixas, enquanto, nos finais de semana, há dinâmicas especiais. Além disso, existe a dinâmica automática: se um bairro apresentar alta demanda, a tarifa é ajustada automaticamente, garantindo um equilíbrio entre oferta e procura.
Quando questionado sobre o valor da corrida mínima, Peterson explica que o modelo de negócio varia de cidade para cidade. Antes de iniciar as operações, a empresa realiza um estudo prévio do mercado.
“A média da tarifa mínima é de R$ 9,99, garantindo que não haja corridas abaixo desse valor. Em algumas localidades, como em Luís Eduardo Magalhães, por exemplo, a tarifa mínima é de R$ 11,50”.
Ele também cita a sua base feita para receber os motoristas cadastrados, que possui opções como lava-jato: “O motorista pode lavar o carro uma vez por dia, sem pagar nada. A lavagem está incluída na taxa que ele paga”.
E completa dizendo que essa foi a forma que encontraram para bater de frente com as grandes marcas: “Eles não conseguem nos enfrentar porque focam apenas no preço baixo. Nós oferecemos estrutura, suporte e benefícios”.
Como vocês divulgam o aplicativo em cidades novas?
Faço muita divulgação em redes sociais e parcerias com eventos locais. Por exemplo, no show do Henrique e Juliano, eu pago para levar um cliente ao camarim. Isso gera grande engajamento. Também incentivo os motoristas a divulgarem o aplicativo com seus códigos. Eles ganham R$ 1,00 por download.
Os clientes também são incentivados: ofereço descontos como 10% ou 20% nas primeiras corridas. Tudo isso gera um efeito cascata, e o aplicativo cresce rapidamente.
Nossa cidade principal hoje faz, em média, 2.500 corridas por dia. Já entreguei 20 mil panfletos com ajuda de 10 meninas contratadas. Trabalhamos de forma constante, com promoções e parcerias.
Qual a média de faturamento dos motoristas cadastrados?
Um motorista de carro com a gente ganha entre R$ 6 mil e R$ 12 mil brutos por mês. Já tive motorista que ganhou R$ 18 mil em dezembro, mas é um mês atípico. Motociclistas faturam entre R$ 3 mil e R$ 6 mil por mês.
Como é competir com as multinacionais?
É um trabalho caro. Por isso, focamos em cidades de 50 a 250 mil habitantes, onde conseguimos competir com um investimento menor. Em capitais, precisaríamos de milhões para nos posicionar.
Que tipo de conhecimento ou habilidade você acredita que é essencial para um gestor de aplicativo de transporte?
Trato com o motorista. Se você tiver boa relação com sua equipe e transparência, você conquista confiança. O motorista precisa saber o valor real da corrida, quanto vai receber e o quanto paga de taxa.
As grandes empresas perderam isso. Nosso diferencial é ter uma base estruturada onde o motorista encontra apoio e segurança. Isso gera confiança para que os clientes também nos escolham.
