Fiz mais de R$10 mil em dezembro trabalhando no meu próprio app: corrida mínima a R$10 e taxa de 10%

ponto de exclamacao .png
Entrevista
Conversas com especialistas, gestores e profissionais do setor, com perguntas conduzidas pela equipe do 55content.
Duas pessoas usando bonés pretos com o logo da V&V Drive, sorrindo para a câmera em um ambiente interno.
Lucio Mauro e Alessandra Pereira, gestores da VSV Driver. Foto: Arquivo pessoal.

Lucio Mauro de Oliveira, taxista desde 2000, decidiu inovar e criar a sua própria plataforma junto com sua esposa, Alessandra Pereira de Oliveira. O aplicativo VSV Drive opera em Bertioga, cidade litorânea do estado de São Paulo.

Pensando em como poderia auxiliar um projeto social em sua cidade, Lucio decidiu utilizar o aplicativo como forma de dar visibilidade às doações realizadas para hospitais e centros de reabilitação. Foi por isso que uniu a mobilidade aos serviços sociais e divulga as arrecadações para as instituições: “Não pedimos dinheiro, arrecadamos roupas, aceitamos brinquedos e tudo que possa ajudar. Temos transparência no trabalho. Recebemos moção de gratificação pelos serviços prestados à cidade”.

Com 36 motoristas cadastrados e 20 ativos na plataforma, o gestor conta que, neste final de ano, realizam cerca de 100 corridas por dia e que a expectativa é chegar a 200 diárias na temporada de verão.

Criado há 4 anos, Oliveira explica que a dinâmica do aplicativo funciona de acordo com as grandes multinacionais: “Os motoristas nos avisam e a gente eleva um pouquinho o valor da distância e do tempo para ficar compatível”.

Ele também explica os critérios para o aceite de parceiros: “Eu não aceito motorista de fora. Porque, se eu fosse ampliar a minha empresa, cada local, cada cidade, teria uma ação social daquela cidade. Então os motoristas têm que ser locais”.

Sobre a divulgação da plataforma, ele conta que produz as próprias propagandas, divulgadas em rádios, redes sociais, e trabalha com um adesivo com a logo da marca na frente e traseira dos veículos.

Lucio ainda explicou que realiza algumas ações de bonificação: “O motorista que mais trabalhou e realizou corridas durante a semana ganha um prêmio, como uma lavagem no carro, por exemplo. Já aquele que ajuda na divulgação da empresa participa de um sorteio, e o vencedor recebe uma Coca-Cola e uma pizza como prêmio no domingo”.

Ele completa dizendo que havia uma lavadora na região que oferecia pontos de desconto. O preço padrão era de R$60, mas, para quem fazia parte da VSV, o valor ficava por R$35. Além disso, mencionou uma parceria com uma borracharia local, onde o conserto de pneus custava R$25 para o público geral, mas R$15 para os motoristas. “Fiz essas parcerias pensando em beneficiá-los”.

Como funcionam as taxas cobradas para os motoristas?

Cobramos uma taxa percentual de 10% por corrida. Cobramos toda segunda-feira os 10% do total faturado durante a semana. Então ele recebe tudo, não é descontado na hora os 10%. Não cobramos antes do motorista trabalhar.

Nossa corrida mínima é de R$10, ficando R$9 para o motorista.

Qual a média de faturamento dos motoristas?

Tenho motorista que já faturou R$7 mil e nos pagou R$700, mas, em média, eles conseguem fazer R$5 mil limpo todo mês. Eu também trabalho como motorista e, até o momento, já fiz R$10 mil bruto em dezembro.

Temos dois taxistas que estão trabalhando mais do que o próprio motorista de aplicativo. Antes, algo que era um conflito; hoje, estamos unidos.

Que tipo de conhecimento ou habilidade você acredita que é essencial para um gestor de aplicativo de transporte?

Respeito é fundamental. É preciso respeitar as pessoas e, mesmo assim, nem sempre o que você oferece retorna na mesma medida. Mas a gente tenta. Tento sempre respeitar e compreender a necessidade de cada pessoa. No meu trabalho com o aplicativo, vejo isso como uma superação diária.

Eu procuro atender à necessidade de deslocamento do passageiro, ajudando-o a ir de onde está para onde precisa, sempre buscando oferecer um preço justo, que seja bom tanto para ele quanto para o motorista.

Pesquisar