Produzindo sua própria charcutaria, casal expande o negócio de deliverys no interior de São Paulo.
A família Prando se aventurou no empreendedorismo e largou todo o serviço em obras, para focar em um restaurante delivery. Roberto Prando conta que junto com a sua esposa, Katya Kawano , sempre teve vontade de produzir seu próprio bacon, linguiça, calabresa, e outros ingredientes. Pensando nisso, desenvolveram os dotes na charcutaria, se especializaram e abriram o restaurante “Família Prando”, que atende em Mairiporã.
Roberto conta a importância de trabalhar com as redes sociais, aumentando o engajamento do delivery e abrindo um diálogo mais próximo com seus clientes: “Os nossos seguidores trazem mais faturamento, porque eles realmente compram conosco. É legal ter esse espaço com eles”.
Conte o início da história do restaurante.
Sempre elogiaram nossas comidas, nossos pratos em festa, em família e tal. A gente falou que a gente tinha um início útil e agradável, né? Produzimos aquilo que gostamos de fazer, e são produtos saudáveis, são produtos bons, com quase nada de conservante. E se a gente abrisse um restaurante e usasse esses produtos que a gente produz para fazer as coisas, né? Então, foi isso que a gente se preocupou em fazer. Então, ano passado, em abril, a gente criou o restaurante. Na casa da minha mãe tem uma edícula, a gente deu uma ajeitadinha lá inicialmente e começou a vender para ver se dava certo, não fizemos grandes investimentos. E começou a dar certo, começou a aumentar o volume de vendas, o pessoal gostou muito, a nossa feijoada hoje é 100% artesanal. Eu e minha esposa somos de São Paulo, hoje nós moramos em Mariporã, na Serra da Cantareira, temos uma chácara lá. E lá a gente produz, na cozinha industrial, a gente produz bacon, calabresa, linguiça, costelinha, paio, lombo. E a gente também produz as nossas verduras, como os alfaces, tomatinhos, tudo orgânico.
Financeiramente, foi difícil iniciar o projeto?
Foi bastante difícil, visto que a gente estava saindo de obras, e não tínhamos dinheiro guardado, para fazer um caixa. A gente estava ali na obra, você trabalha, ganha de uma, compra as coisas da outra e vai trabalhando, vai tocando, né? Sobra um pouquinho, você vai tocando. E a gente começou agora, né, coisas menores, foi bem difícil. A gente comprava as coisas, tinha um dinheirinho pra fazer investimento e tudo, mas inicialmente foi bem complicado, não tínhamos um fluxo de caixa que seria ideal pra seis, nove meses aí.
Em quanto tempo o restaurante se pagou?
Em seis meses, porque investimos apenas em uma pequena reforma.
Quantos clientes atendiam por dia? E atualmente?
Inicialmente as coisas são difíceis, a gente começou com 10 pedidos a 12 pedidos por dia, e ficamos nessa situação por uns dois meses, mais ou menos. A gente tinha feito uma conta de inicialmente 30 pedidos, mas com a precificação totalmente errada, né? No início a gente começou a vender muito, mas estava muito barato. Vendia muito, quanto mais vendia mais devia no banco. Depois de seis meses que a gente foi perceber que estava errado e a gente começou a correr atrás de ajuda. Hoje a gente tem em torno de 70 pedidos. Agora em abril tivemos recorde de faturamento.
Quantas entregas por dia fazem pelo iFood?
Então, como a gente só usa o iFood, desses 70 pedidos que a gente faz, cerca de 55 mais ou menos é pelo iFood. O nosso delivery próprio ainda não está bem maduro, a gente está inclusive trocando o sistema. A gente vai trocar o sistema de autoatendimento no WhatsApp. Então por aí, de 70 em torno de 55 a 60 às vezes é pelo iFood.