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Ganhos de motoristas podem cair até 25% em janeiro, reduzindo metas diárias de R$ 500 para R$375 a R$400

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Opinião
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Foto Daniel Piccinato para 55content
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Em outubro, novembro e dezembro, o motorista pode faturar R$625 devido ao aumento da demanda. Já em janeiro, os ganhos podem cair para R$375.

Em meados de janeiro, o faturamento médio pode diminuir até 25%. No texto de hoje, vamos falar sobre isso. Essa é uma pergunta que recebo com frequência, especialmente de motoristas novatos: Daniel, o movimento cai muito em janeiro? O fluxo realmente fica fraco? Em média, quanto diminui? Vou esclarecer tudo nesta matéria.

Lembre-se: em cidades turísticas, o cenário é oposto. Em janeiro, especialmente em locais litorâneos, o movimento aumenta em relação aos outros meses do ano. Porém, em metrópoles que não são tão voltadas ao turismo, como São Paulo, onde a atividade econômica depende de negócios, eventos, feiras e congressos, o movimento tende a cair significativamente em janeiro. O mesmo acontece em julho.

Na cidade de São Paulo, posso afirmar que, em média, o movimento diminui até 25%. Isso significa que, se você é um motorista que tem como meta diária R$500 – uma meta ousada e não tão fácil de alcançar consistentemente ao longo do ano – pode esperar uma redução. É importante lembrar que novembro e dezembro são meses de alta demanda, quando, segundo a própria Uber, a demanda pode crescer até 30% em relação à média.

Agora, falando especificamente de janeiro e julho, meses de férias, minha experiência mostra que o faturamento pode cair até 25%. Por exemplo, um motorista que normalmente fatura R$500 pode passar a fazer entre R$375 e R$400 nesses meses. Isso não significa que todos os dias ele atingirá esse valor mais baixo, mas que em alguns dias essa média pode ser uma realidade.

Portanto, é essencial entender que a sazonalidade ao longo do ano pode impactar diretamente seus ganhos. Nessa situação, você tem duas opções: trabalhar mais para tentar alcançar sua meta ou ajustar suas expectativas e planejar-se melhor. Isso pode significar passar mais horas na rua e, ainda assim, não atingir os R$500 em determinados dias.

Em janeiro, é fundamental focar nos dias e horários de maior movimento. Por exemplo, quais são os dias e horários em que as pessoas mais saem? Pense como passageiro: quais locais estão mais movimentados? Em São Paulo, destinos como zoológicos, shoppings e pontos turísticos são bastante procurados. Famílias de férias costumam buscar esses locais.

Considere também ajustar seus horários de trabalho. Se o horário atual não está funcionando, tente começar mais cedo ou trabalhar até mais tarde. Mudanças simples podem minimizar a queda de 25%, ou até eliminá-la.

Motoristas da categoria Black também sentem essa queda, especialmente em São Paulo, já que seu público principal é o executivo. Muitos aproveitam para tirar férias logo após o Natal e desaceleram durante as primeiras semanas de janeiro.

Para contextualizar, considere um motorista com uma meta de R$500 por dia. Em meses como outubro, novembro e dezembro, ele pode faturar R$625 devido ao aumento da demanda. Já em janeiro, o faturamento pode cair para R$375. Claro, isso varia: há motoristas que conseguem números melhores, e outros que enfrentam quedas maiores. O que apresento aqui é uma média.

É importante planejar-se durante os últimos três meses do ano – outubro, novembro e dezembro – para criar uma reserva financeira que ajude a lidar com as primeiras semanas de janeiro. Essa reserva pode ser usada para cobrir despesas, tirar férias ou aproveitar com a família.

Encerrando, minha dica para melhorar o faturamento em janeiro é pensar como passageiro. Avalie os horários e destinos que podem estar em alta e esteja disposto a adaptar-se. Ajustar seu horário de trabalho pode fazer toda a diferença. Com pequenos ajustes e saindo da zona de conforto, é possível reduzir ou até evitar a queda de 25% no faturamento.

Foto de Daniel Piccinato
Daniel Piccinato

Daniel começou a trabalhar como motorista de aplicativos em 2016, buscando maior estabilidade após sentir insegurança na empresa onde estava. Inspirado por conversas com o filho do dono, ele logo se uniu a outros motoristas em um grupo de WhatsApp, onde trocava dicas para melhorar seu desempenho. Em 2018, criou um canal no YouTube para compartilhar orientações sobre horários e estratégias de trabalho. Com o sucesso, expandiu para o Instagram em 2020, continuando a ajudar motoristas ao compartilhar sua experiência.

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