Durante o iFood Move, Diego Barreto discursou sobre o impacto da plataforma para a economia brasileira.
Durante o evento iFood Move, Diego Barreto, presidente do iFood, enfatizou o impacto econômico da plataforma e as novas direções que a empresa está tomando.
Ao iniciar seu discurso, Barreto convidou os participantes a refletirem sobre o futuro dos seus negócios, destacando o papel do iFood em apoiar esse crescimento: “Hoje é dia de falar sobre como o seu negócio vai ser maior daqui a seis meses, daqui a um ano, e como a gente vai se preparar para ajudá-los”, disse ele.
Barreto destacou a relevância da pesquisa realizada pela Fipe, que revelou o impacto do iFood na economia brasileira. Segundo os dados apresentados, para cada 100 empregos gerados pelo iFood, outros 70 são criados indiretamente: “Nosso impacto hoje no Brasil é de 0,55% do PIB nacional. Estamos aqui representando 350 mil restaurantes, o equivalente ao PIB de Recife”, afirmou.
Barreto fez comparações para ilustrar a magnitude das operações do iFood. Ele destacou que os 350 mil restaurantes cadastrados na plataforma são equivalentes a encher 3.500 shopping centers, enquanto os 310 mil entregadores representam quatro Maracanãs lotados. Barreto ressaltou, ainda, que o iFood está presente em 1.500 cidades brasileiras, o que seria o equivalente a toda a França em termos de número de cidades, e que o volume de consumidores equivale ao de uma Itália. Além disso, o iFood processa 100 milhões de pedidos por mês, o que significa dois mil pedidos por minuto.
Ele também ressaltou que a plataforma gerou 900 mil postos de trabalho, o que para Barreto representa uma grande responsabilidade social: “Quanto mais a gente crescer, mais empregos geramos e mais ajudamos a reduzir as desigualdades desse país”, disse.
Mudanças do iFood
Durante sua palestra, o presidente da empresa compartilhou histórias de restaurantes que começaram com poucos pedidos diários e, graças à plataforma, conseguiram expandir suas operações: “A união cria efetivamente a chance de cada um que não tinha chance de entregar”, observou.
Além de números expressivos, Barreto destacou a transformação pela qual o iFood passou ao longo dos anos: “Nós perdemos dinheiro por quatro anos para fazer esse negócio acontecer”, disse ele, explicando como a empresa investiu em sua estrutura para permitir o crescimento do ecossistema de delivery no Brasil.
Outro ponto de destaque foi o crescimento da marca e a relação próxima com os restaurantes parceiros. Ele afirma que, desde 2022, o iFood tem intensificado o diálogo com os restaurantes para entender suas necessidades. “A partir de 2022, trouxemos para dentro dezenas de pessoas que nos ajudam a entender o que priorizar e qual é o nosso ponto cego”, afirmou.
Diego Barreto encerrou seu discurso falando sobre a evolução do iFood, que passou a integrar novos canais, como o mercado e os pagamentos. Ele destacou que a nova lógica da empresa envolve também o atendimento presencial nos salões de restaurantes, por meio de soluções como o iFood Pago e a Maquinona. (linkar a outra matéria)
O que disse a pesquisa FIPE?
Um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) revelou que o ecossistema do iFood movimentou R$97 bilhões em atividades econômicas no Brasil durante o ano de 2022.
O levantamento, que considera os efeitos diretos, indiretos e induzidos pela operação do iFood, demonstra como os pedidos intermediados pelo aplicativo geram impactos em diversas cadeias produtivas.
O impacto econômico da plataforma também se reflete na geração de empregos. Em 2022, o iFood foi responsável por mais de 873 mil postos de trabalho diretos e indiretos, o que correspondeu a 0,87% da população ocupada naquele ano. Esses empregos abrangem setores como alimentação, comércio atacadista e varejista, além de atividades relacionadas à agricultura, transporte, tecnologia e contabilidade.
Entre os postos de trabalho gerados estão incluídos os entregadores que operam na plataforma. Para mensurar adequadamente o impacto desse grupo, a FIPE utilizou uma métrica denominada Equivalentes-Homens-Ano (EHA), que agrega dados de profissionais que não atuam em tempo integral, permitindo estimar o número equivalente a um posto de trabalho completo.
A pesquisa também analisou o impacto da renda dos entregadores intermediados pelo iFood. Em 2022, a atividade gerou R$7,9 bilhões em bens e serviços, resultado da injeção desses recursos na economia. Esse valor não inclui os ganhos dos entregadores vinculados diretamente aos restaurantes, responsáveis por 61% das entregas realizadas através do aplicativo.
O estudo ainda aponta que, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, mais de 537 mil entregadores utilizaram o iFood como fonte de renda. No entanto, a análise do tempo de atividade sugere que, para a maioria, o uso da plataforma é complementar, com um tempo médio de 4,7 meses de atuação por entregador. Por mês, cerca de 212 mil entregadores permaneciam ativos, realizando pelo menos uma entrega.
Além de gerar renda e empregos, o iFood também impacta a arrecadação de impostos no Brasil. A cada R$1.000 gerados em impostos pelas compras no aplicativo, R$1.127 adicionais são arrecadados em outros setores da economia, conforme apontado pela FIPE.