Lideranças debatem ações conjuntas para reforçar a segurança das mulheres, incluindo a promoção do Sinal Vermelho e avanços na segurança dos serviços de transporte.
Na última quarta-feira (10), a conselheira Renata Gil e a secretária-geral do CNJ, juíza Adriana Cruz, reuniram-se no Conselho Nacional de Justiça com o vice-presidente e diretor jurídico da Uber, Tony West, para explorar parcerias voltadas à promoção da segurança feminina e à divulgação de canais de denúncias de violência contra a mulher. Esta ação vai ao encontro das diretrizes do presidente do CNJ, ministro Luís Fux, que tem entre suas prioridades o combate à violência de gênero.
O diálogo abrangeu a participação ativa dos motoristas da Uber no auxílio às vítimas de violência, direcionando-as aos serviços de justiça e segurança pública. “É fundamental ampliar a rede de proteção”, ressaltou Renata Gil, indicando a intenção de estabelecer uma colaboração efetiva com a empresa.
Renata Gil, que também lidera a Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, mencionou que a Lei do Sinal Vermelho, efetivada em julho de 2021 para intensificar o combate à violência doméstica, foi inspirada em uma iniciativa lançada em junho de 2020. “Preservaremos o símbolo do X Vermelho na mão, que já é amplamente reconhecido e adotado por muitas mulheres em diferentes nações, para fomentar a discussão e expandir o alcance da campanha”, declarou Gil.
Adriana Cruz, secretária-geral do CNJ, destacou a necessidade de sinergia entre o CNJ e demais entidades para assegurar a proteção e a equidade de gênero. “Mudanças significativas são possíveis apenas por meio de esforços coordenados e colaborativos”, destacou Cruz.
Tony West, representante da Uber, expressou o compromisso da companhia em prover um serviço de transporte seguro, em particular para as mulheres, e sinalizou a prontidão da plataforma em contribuir para essa finalidade. “A segurança delas reflete na de todos”, enfatizou, acrescentando que a Uber já implementa melhorias visando a segurança feminina. West ainda sugeriu a possibilidade de se adotar no Brasil iniciativas similares às de outros países, como o transporte gratuito até refúgios seguros para mulheres em situação de risco.
O evento também teve a participação de outros membros da Uber e autoridades relacionadas ao tema, onde se discutiu estratégias e ações futuras para elevar a conscientização e combater a violência contra a mulher.