Em comunicado compartilhado através do site da Uber, Tony West, diretor jurídico da companhia, comemorou um acordo firmado com a Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James. A resolução confere aos motoristas parceiros uma série de benefícios trabalhistas e, segundo a empresa, serve como modelo para outros estados norte-americanos.
Na última semana, a Reuters noticiou que tanto a Uber, quanto sua principal concorrente nos EUA, a Lyft, fecharam um acordo para encerrar queixas trabalhistas. A Uber vai pagar US$ 290 milhões (R$ 1,4 bilhão) e a Lyft, US$ 38 milhões (R$ 185 milhões). Segundo a agência de notícias, as empresas estavam sendo acusadas de burlar pagamentos e benefícios para os motoristas.
“Hoje, a Uber alcançou um acordo histórico e inédito com a Procuradora-Geral de Nova York, Letitia James, que nos deixa mais perto de alcançar um objetivo compartilhado. O acordo é uma vitória para os condutores de todo o estado de Nova York, que agora podem desfrutar da flexibilidade que tanto valorizam, ao mesmo tempo que se beneficiam de novos benefícios e proteções, como um padrão de rendimento mínimo e licença médica remunerada”, declarou West.
Como parte do acerto, a Uber implementará para os motoristas melhorias como um piso salarial mínimo pelo tempo de trabalho; licença médica remunerada; suporte no aplicativo em idiomas como inglês, espanhol, francês, russo, bengali e chinês; a oportunidade de recorrer de decisões da Uber que visem desativar o acesso do condutor ao aplicativo; além de treinamento remunerado e educação sobre direção segura.
Adicionalmente, a Uber também se comprometeu a contribuir para o fundo de seguro-desemprego do Estado de Nova York, visando garantir que motoristas e entregadores tenham acesso a benefícios de desemprego, caso se tornem inativos.
“Agradecemos à Procuradora-Geral James e à sua equipe pelo trabalho árduo e pela dedicação na negociação de uma resolução que equilibra responsabilidade com inovação, atendendo às reais necessidades dos condutores que se empenham em Nova York. Estamos entusiasmados para continuar trabalhando com legisladores, motoristas, defensores dos trabalhadores e outras partes interessadas ao redor do mundo para criar estruturas regulatórias que proporcionem a verdadeira flexibilidade, bem como benefícios e proteções aos trabalhadores de plataformas digitais”, concluiu o diretor jurídico.