A Uber negou que fica com a maior parte do que o motorista recebe durante uma corrida.
A resposta da empresa ocorreu no final de setembro, durante o episódio 46 do seu podcast oficial: “Fala Parceiro!”. Segundo a empresa, ela desconta cerca de 25% sobre o valor final da viagem do motorista.
“Esse é um grande mito. O motorista parceiro sempre fica com a maior parte do valor pago pelo usuário, e diferente do que muita gente pensa, o valor médio da taxa cobrada no Brasil é em torno de 25% sobre o valor total da viagem. E você, parceiro, pode conferir essas informações nos seus recibos de viagem, que trazem o valor de da taxa média das últimas quatro semanas. Ou, outra opção é conferir através do relatório que enviamos por e-mail com o detalhamento dos seus ganhos. Como essa taxa não é fixa, ela pode ser maior em algumas viagens e, em outras, menor. É por isso que é importante sempre levar em conta o valor médio das viagens.”, disse Samuel Marinheiro, Gerente de Marketplace da Uber.
No episódio do podcast, a Uber ainda disse que é mito a ideia de que aceitar apenas viagens longas é mais vantajoso.
Marcelo Brasileiro, gerente de operações da Uber, explicou que ambas as opções têm suas vantagens. “(…) em geral, nas viagens longas, o motorista tem um ganho maior por viagem, o que otimiza seu tempo no sentido de estar de fato completando a viagem, e não esperando outras ofertas ou buscando o passageiro entre uma viagem e outra. Ou seja: mais tempo dirigindo, mais dinheiro ganho. Por outro lado, as viagens curtas e médias não ficam atrás: elas podem ser mais atraentes quando um parceiro quer se manter em regiões específicas, completar promoções, metas pessoais ou subir de categoria no Uber Pro mais rapidamente! Então cada uma tem a sua vantagem. Você, motorista parceiro, pode escolher fazer viagens de vários tipos, e sempre é bom lembrar que um tempo ocioso é um tempo perdido pra quem quer fazer”.
A empresa defendeu ainda o programa de pontos para se tornar motorista Diamante. Segundo Marcelo, Gerente de Operações da Uber, além de ganhos 40% maiores em comparação com motoristas que dirigem entre 30 e 44 horas por semana, os motoristas Diamante desbloqueiam benefícios como cashback em combustível nos postos Ipiranga, descontos em academias, planos de internet com Uber Chip, acesso à funcionalidade de Preferência de Regiões e um bônus extra de R$ 1000 para aqueles que mantiverem o status de Diamante em um dos ciclos do ano. “Ter um dedo nervoso, como os parceiros falam, tem muitas vantagens, sim (…) Além de ganhar mais, economiza muito mais. Então, é só chutar pra dentro.”
Por fim, a Uber afirmou que o ‘dinâmico do picolé’ não diminui os ganhos dos motoristas. Samuel Marinheiro, gerente de marketplace da Uber, defende que essa percepção está incorreta. Ele diz que com a implementação do novo modelo de preço dinâmico, os motoristas continuam ganhando de maneira semelhante.
“Em média, desde que implementamos o novo modelo de preço dinâmico para um valor adicional, os motoristas continuam ganhando de modo semelhante. A diferença é que, no sistema antigo, os parceiros ganhavam um valor bem alto em uma ou outra viagem do dia ou da semana. Agora, com o novo preço dinâmico, esse aspecto de loteria perdeu espaço e as viagens com dinâmico ficaram mais comuns, pois são distribuídas em mais viagens ao longo do dia e da semana. Mas o valor total no final da semana é muito semelhante ao modelo anterior.”