O motorista esteve presente na audiência pública em Curitiba e afirma que vê a necessidade de uma tarifa mínima de 10 reais.
Durante a audiência, o motorista de aplicativo Ian Campos Rocha criticou o governo e o relator Augusto Coutinho por, segundo ele, não se preocuparem com a situação dos motoristas de aplicativos, especialmente em relação à tarifa mínima.
Rocha mencionou uma fala de Augusto Coutinho sobre o projeto PLP 12/24, que afirma que os motoristas de aplicativos não podem aumentar o valor da tarifa mínima porque pessoas que pegam ônibus e precisam andar algumas quadras até suas casas prefeririam pegar um Uber que custa 5 reais: “Em outras palavras, ele quer que nós, motoristas, paguemos a conta”, disse o motorista.
Rocha argumentou que, enquanto um Uber em Belo Horizonte custa R$5,50, o governo espera que os motoristas absorvam os custos dos passageiros: “Se ele subsidia o metrô e os ônibus, ele também deve subsidiar os motoristas de aplicativos”, afirmou.
Ele também comentou sobre a falta de reajuste nas tarifas ao longo dos anos: “Sou motorista há 8 anos e, durante todo esse tempo, não vi nenhum reajuste de tarifa”, declarou.
O motorista destacou que o projeto PLP 12 favorece as grandes empresas do setor e elimina a concorrência, o que, segundo ele, resultaria em tarifas mais baixas para os motoristas: “Ontem, recebi uma corrida pela 99 Pop, uma das duas maiores empresas que dominam o mercado. O projeto PLP 12 favorece essas grandes empresas e elimina a concorrência”, disse.
Ao concluir sua fala, Ian enfatizou a necessidade de uma tarifa mínima de 10 reais para garantir um trabalho digno.