Na última semana de 2023, publicamos como estavam os preparativos dos motoristas que pretendiam trabalhar durante as festas de Ano Novo.
Passada a data, será que valeu a pena deixar as comemorações de lado para dirigir?
O paraense Jefferson dos Santos conta que para ele valeu. Quando conversamos na semana passada, ele pretendia trabalhar das 16h do dia 31 até às 10h do dia 1 para faturar R$ 1.500. “Comecei mais tarde e trabalhei por 15h, das 21h ao meio-dia. Fiz 25 corridas pela 99 e ganhei R$ 1.600. Minha estratégia foi pegar apenas corridas longas e acima de R$ 60. O Ano Novo foi melhor do que o Natal”.
A motorista Iara Carlos trabalhou durante 18h, fez 18 corridas e ganhou R$ 600. Além de motorista, ela é fundadora do app regional ‘As Meninas’, que funciona em Passos, no sul de Minas Gerais. “Como era um dia de muitas festas, há um horário em que o pessoal vai e outro em que volta. No intervalo, aproveitamos para descansar. Como minha cidade é pequena, temos muitas corridas para chácaras, ranchos e condomínios fora da cidade, e nosso aplicativo consegue aumentar o valor das corridas, porque os outros costumam parar de trabalhar e sobra a gente para aproveitar. Conseguimos estabelecer nossa tarifa mínima em R$ 25 durante o dia e R$ 35 durante a madrugada”.
O motorista Marcelo Ribeiro, de Belo Horizonte, havia contado para a gente que pretendia ganhar R$ 600 e trabalhar a partir das 18h. “Trabalhei por cerca de 10h. Comecei às 21h e parei às 23h para jantar. Voltei a dirigir às 2h e fui até às 7h da manhã”. Ele conta que alcançou a meta dos R$ 600. Ao contrário de Jefferson, Marcelo preferiu pegar as corridas curtas.
Já para o motorista Sérgio Alves, de Porto Alegre, trabalhar no Ano Novo não valeu a pena. “Não usei estratégia, segui o mesmo horário de sempre, trabalhei das 10h às 20h, fiz 20 corridas e ganhei R$ 400”.
O motorista Marcos dos Reis relata que suas expectativas eram maiores. Ele esperava faturar R$ 1.000, mas acabou o dia com R$ 730,00. “Trabalhei por 16 horas e fiz 24 corridas. Não foi melhor devido ao alto custo operacional; gastei R$ 180,00 em álcool. O custo geral foi de R$ 270,00, porque levo marmita, água e frutas. A melhor estratégia é pegar corridas acima de R$ 30,00, evitar o trânsito, parar apenas para abastecer e aproveitar para ir ao banheiro, e rodar vazio o mínimo possível”, explica. Ele trabalhou das 5h às 21h40 na capital paulista.
