Dezembro é o mês do ano que, historicamente, há mais solicitações de corridas em aplicativos de transporte e o réveillon é um dos grandes impulsionadores desses números.
Para compensar a baixa em janeiro, muitos motoristas buscam trabalhar durante as festas de ano novo.
Para o réveillon de 2024, o motorista Jefferson dos Santos, de Belém do Pará, pretende começar a jornada às 16h do dia 31 e seguir até 10h do dia 1. ‘Quero faturar R$ 1.500. Nos últimos anos valeu a pena trabalhar na data’. Ele conta que para esse ano o principal desafio é a chegada das motos, que pode impactar negativamente a quantidade de corridas durante as festas. ‘Se chover, isso muda e as pessoas vão preferir pedir um carro. Assim, eu consigo bater minha meta até antes do previsto’.
O motorista Marcelo Ribeiro, de Belo Horizonte, pretende começar a jornada às 18 horas e, segundo ele, rodar até o aplicativo bloquear. ‘Vou rodar pela Uber e pretendo faturar R$ 600. O maior desafio de trabalhar durante as festas são os passageiros que bebem muito e até alguns casos mais complicados, como brigas de casal. Também há muitas corridas canceladas’.
Na capital paulista, o motorista Diego de Souza vai trabalhar pela primeira vez no ano novo. ‘Vou utilizar a Uber, 99 e a Mobizap para bater minha meta, que é faturar de R$ 400 a R$ 500. Pretendo trabalhar por 12h, começar às 14h e ir até 2h’.
Motorista e dono do aplicativo de transporte regional Motoras de Valor em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Samuel Silveira vai trabalhar das 06h às 22h, entre corridas e a operação da empresa. ‘A melhor estratégia para o Réveillon já engloba todo dezembro, que é o motorista ter disciplina no melhor mês do ano. Entre festas e comemorações, precisamos aproveitar para faturar’.
Apesar da quantidade de corridas durante o ano novo, é importante que os motoristas não realizem jornadas exaustivas que coloquem em risco a sua própria segurança. Aos primeiros sinais de cansaço, é necessário parar. Inclusive, alguns apps já estipulam jornada máxima de 12h.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, entre 2014 e 2020, o sono foi a terceira principal causa de acidentes em rodovias federais.