Leandro Medeiros pede para presidente Lula uma linha de crédito para trabalhadores de veículos alugados e diz que apenas 25% dos ganhos dos motoristas correspondem ao salário.
Leandro Medeiros, presidente dos sindicatos dos trabalhadores com apps de transporte de São Paulo, celebrou nesta segunda-feira (4), o Projeto de Lei Complementar assinado pelo presidente Lula.
Segundo o sindicalista, Lula é o primeiro a incluir as plataformas digitais nas discussões de negociações, atendendo aos pedidos dos trabalhadores por maior liberdade no trabalho.
“Agora é o momento de regularizar essa situação e reconhecer esses trabalhadores como indivíduos, não apenas números, algo que não foi feito por governos anteriores. Muitos trabalhadores, incluindo motoristas, estão usando veículos em condições precárias e não têm meios de substituí-los, comprometendo sua saúde e capacidade de trabalho. Além disso, muitos acabam desistindo do trabalho por falta de apoio. Este é um apelo ao presidente para que considere a criação de uma linha de crédito para esses trabalhadores, que atualmente dependem de locadoras de veículos, com 750 mil motoristas nesta situação”, destaca Medeiros.
Por fim, Leandro compara o governo de Lula com o governo anterior: “o projeto de lei discutido no governo anterior propunha uma taxa de 11% sobre o total bruto. No entanto, com a chegada do novo governo, que se mostrou aberto a ouvir as demandas da nossa categoria, tivemos a oportunidade de expor ao ministro que 75% de nossos rendimentos são destinados a cobrir custos com insumos, enquanto apenas 25% correspondem ao salário. Com isso, foi possível ajustar as condições de forma que os trabalhadores possam agora distinguir claramente seus salários dos custos com insumos. Isso é importante porque, infelizmente, os trabalhadores acabam recebendo uma parcela muito pequena do que efetivamente produzem.”