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App só com motoristas mulheres não cobra percentual de corrida e mantém taxa fixa

Ao contrário de grandes aplicativos, empresa mineira trabalha apenas com motoristas mulheres e cobra mensalidade e valor fixo por corrida.

O aplicativo de transporte “As Meninas” foi criado em janeiro de 2022 na cidade de Passos, Minas Gerais, por motoristas mulheres com o objetivo de oferecer um atendimento diferenciado na área de mobilidade urbana.

As fundadoras já trabalhavam em outros aplicativos da cidade, mas devido à alta demanda, decidiram melhorar o serviço, tornando-o mais personalizado e exclusivamente com motoristas mulheres.

Inicialmente, cada motorista atendia clientes no particular. Eles eram contatados através do WhatsApp para agilizar o atendimento, de modo que a motorista mais próxima do cliente o atenderia. No entanto, com o aumento da clientela, surgiu a dificuldade de gerenciar os atendimentos pelo telefone.

Após ganharem um prêmio como o melhor grupo de transporte de pessoas, a visibilidade do serviço cresceu ainda mais.

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Devido ao crescimento, o grupo realizou investimentos para registrar a marca, legalizar a empresa e adquirir a licença de uso de uma plataforma de aplicativo de mobilidade.

Com 23 motoristas mulheres em atividade atualmente, o aplicativo visa oferecer um serviço personalizado e cordial para um público majoritariamente feminino.

Entrevistadas pela equipe da 55, Rute Tiago Leandro e Iara Carlos Chave, duas das representantes do aplicativo, destacaram que o processo de seleção das motoristas é cuidadoso e busca candidatas com perfil carismático e acolhedor. É realizada uma avaliação dos dados pessoais, do veículo e uma verificação de antecedentes criminais, além de uma entrevista pessoal. 

“Enfrentamos desafios no começo do aplicativo, pois algumas pessoas tinham preconceitos em relação à capacidade das mulheres como motoristas. Mas nossa equipe está determinada a mostrar que as mulheres são capazes em qualquer serviço”, destacou Iara.

Rute conta que a plataforma trabalha com carros de até 10 anos de fabricação, com padrões de qualidade que incluem ar-condicionado e quatro portas. Diferentemente de outros aplicativos de transporte, não há categorias como Uber Black, Comfort ou X, e o cálculo das corridas é baseado na distância percorrida e no tempo da viagem, com opções para viagens urbanas e em estradas.

Os motoristas pagam uma taxa mensal à plataforma, que é inferior a R$200,00 e uma taxa fixa por corrida, que é inferior a R$1,00. Os custos de manutenção da plataforma incluem investimentos em propaganda para divulgação do aplicativo.

Uma característica do aplicativo é a exclusividade de motoristas mulheres. Embora o público-alvo seja majoritariamente feminino, ocasionalmente atendem clientes homens, geralmente por indicação de familiares ou amigos das motoristas.

De acordo com elas, a segurança é uma prioridade para “As Meninas”. A plataforma implementou um sistema de rastreamento, que permite saber a localização de cada motorista durante a viagem, além de monitorar a quilometragem e a velocidade. Em parceria com a Polícia Militar, também possui uma rede de motoristas protegidas, garantindo uma resposta rápida em casos de emergência.

“Nosso objetivo é proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para nossas motoristas e clientes. Com planos de expansão para outras cidades no futuro, oferecemos suporte e orientação em diversas situações, incluindo questões de violência doméstica”, ressaltou Rute.

Por Passos ser uma cidade universitária, segundo Rute, o aplicativo possui um diferencial em relação a cidades maiores: o relacionamento próximo com os clientes. As motoristas desenvolvem vínculos com seus passageiros, que as chamam para diversas corridas e as tratam como companheiras do dia a dia.

Com uma abordagem centrada no empoderamento feminino, segurança e estabelecimento de vínculos próximos com os clientes, elas ressaltam que o aplicativo “As Meninas” está pavimentando um caminho de sucesso em sua cidade.

 “Ao oferecer uma alternativa confiável e acolhedora, o serviço reafirma que as mulheres são capazes em qualquer empreendimento”, finaliza Rute. 

Giulia Lang
Giulia Lang
Giulia Lang é graduanda em jornalismo pela Cásper Líbero e jornalista do 55content.
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