Queixas de motoristas e passageiros, possível novo imposto em São Paulo e parceria entre Uber e Gol. Acompanhe quais foram as notícias da semana no mercado da Mobilidade Urbana.
Na última semana, os grandes aplicativos de transporte voltaram às telas dos portais e redes de televisão pelo Brasil devido ao crescimento das queixas de motoristas e passageiros que utilizam as plataformas.
Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes sancionou uma lei que autoriza nova taxa aos aplicativos de transporte e entregas que atuam na cidade.
Na parte da logística urbana, a Gol anunciou uma parceria com a Uber para entregas e coletas de encomendas.
Queixa de passageiros e motoristas de aplicativo
Nos últimos meses, temos visto nos principais meios de comunicação do país, um aumento das queixas nos aplicativos de transporte em operação no Brasil.
Na última semana, foi a vez do G1, portal de notícias da Globo, elaborar uma reportagem sobre o assunto.
Segundo as informações levantadas pelo site, 25% dos motoristas da cidade de São Paulo, largaram o serviço.
Entre os principais motivos, estão o aumento do preço dos combustíveis que, segundo a Agência Nacional de Petróleo, subiu de 10% (gasolina) a 25% (alcool).
Com o aumento dos combustíveis e de outros gastos dos motoristas, a lucratividade do serviço despencou, fazendo com ele buscassem novas alternativas.
Aliado ao aumento do combustível, tivemos alterações na plataforma da Uber, como a nova tarifa dinâmica que passou a ter um valor fixo e não trabalhar mais com o fator multiplicador. Dessa forma, as corridas longas deixaram de receber a preferência dos motoristas, que começaram a apostar nos trajetos mais curtos.
Com isso, os motoristas passaram a escolher ainda mais os serviços que realizam, aumentando o tempo de espera e as corridas canceladas.
Prefeito de São Paulo sanciona lei que permite cobrança de taxas aos apps de transporte e entregas
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou na última terça-feira uma lei que permite a prefeitura taxar os aplicativos de transporte e entregas que atuam na cidade.
A lei originalmente serve para autorizar a prefeitura a contrair empréstimo para investir nas áreas de infraestrutura, cultura, esportes e meio ambiente, mas uma emenda dos vereadores Adilson Amadeu e do próprio presidente da câmara, Milton Leite, permitiu que a prefeitura cobre o imposto das plataformas, como uma forma de compensar os investimentos que serão realizados.
Na justificativa para a emenda, os vereadores explicaram que com a mudança de sede de um desses apps para uma cidade vizinha, a medida também servia como uma forma de contrapeso.
Os vereadores não citaram nominalmente, mas trata-se da Uber, que deixou São Paulo para ter sua sede em Osasco.
“Tal necessidade se dá diante da exploração econômica de um serviço particular em São Paulo cujo volume e impacto sobrecarrega o sistema de tráfego, consome infraestrutura viária bem como abocanha significativamente parcela dos usuários do transporte público coletivo”.
Art. 2º Fica o Poder Executivo autorizado a cobrar preço público das empresas que explorem, no território do Município de São Paulo, atividades econômicas intensivas no uso do viário urbano, incluindo, mas a eles não se limitando, os serviços de transporte por aplicativos eletrônicos e sua intermediação, e os serviços de encomenda e entrega de mercadorias e sua intermediação por aplicativos eletrônicos.
§ 1º O preço público previsto no “caput” poderá ser cobrado com base nas seguintes métricas:
I – por quilômetro percorrido;
II – por viagem realizada no território do Município de São Paulo;
III – por combinação dos critérios previstos nos incisos I e II; ou,
IV – outra métrica definida que permita ligar a atividade econômica desenvolvida com
unidade de exploração do viário.§ 2º Entende-se por viagem realizada no território do Município de São Paulo aquela que se
inicie, termine ou se desenvolva parcialmente nos limites geográficos deste território.§ 3º A definição do preço público poderá considerar o impacto urbano e financeiro diferenciado do uso do viário por cada atividade privada e empresa, dentre outros:
I – no meio ambiente;
Redação final do artigo que permite a cobrança da taxa em São Paulo
II – na fluidez do tráfego;
III – no gasto público relacionado à infraestrutura urbana.
Vale lembrar que a cobrança não é automática, sendo necessário que a prefeitura regulamente o imposto.
Uber e Gol fecham parceria para coleta e entregas de encomendas
A GOLLOG, braço logístico da GOL Linhas Aéreas, anunciou uma parceria com a Uber para coleta e entregas das encomendas transportadas pela empresa.
Disponível neste primeiro momento em São Paulo (capital), Porto Alegre e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, a novidade será expandida para todo o Brasil nas próximas semanas.
O objetivo desta parceria é conectar todas as regiões do Brasil para que Clientes possam enviar suas encomendas sem precisar sair de casa. Para utilizar o serviço da GOLLOG e desfrutar de coletas e entregas pela Uber basta entrar em contato com as lojas GOLLOG participantes e solicitar o envio com coleta. Endereços de lojas da GOLLOG e mais detalhes podem ser obtidos no site: clique aqui.
A GOLLOG atende 4.100 cidades no Brasil e 12 no exterior, e conta com uma rede de 98 unidades de franquia. Saúde, roupas e indústria automotiva são os principais segmentos que utilizam seus serviços, e correspondem à maior parte das 89 mil toneladas transportadas por ano. Em 2019, o braço de logística da GOL transportou mais de 80 mil toneladas, com 112 mil Clientes atendidos (sendo 66 mil novos Clientes, ou 59% de crescimento), tendo em seu portfólio cerca de 2,4 milhões de atendimentos.
Nota da Assessoria de Imprensa da GOL
A GOLLOG possui soluções diversas de logística, como transporte de animais, funerário, para e-commerce e internacional.
Já a Uber no Brasil, possui a modalidade Uber Flash e Direct, atendendo empresas por meio dos motoristas cadastrados em sua frota.
Fora do país, a Uber possui um braço próprio de logística, a Uber Freight que, como falamos na semana passada, anunciou a aquisição da Transplace por mais de US$ 2 bilhões.