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Lady Driver chega à Baixada Fluminense

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Lady Driver, aplicativo de transporte privado exclusivo para mulheres, começa a operar em seis municípios da Baixada Fluminense.

Um dos grandes problemas dos transportes coletivos e privados de passageiros hoje é o assédio contra as mulheres. Segundo a pesquisa mais recente “Percepções sobre a segurança das mulheres no deslocamento pela cidade”, realizada pelos Institutos Locomotiva, UBER e ONU Mulheres em outubro de 2021, 81% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência em seus deslocamentos pela cidade. Foi esse o motivo que levou a empresária Gabryella Correa a criar, em 2017, o Lady Driver, um aplicativo de transporte exclusivo para passageiras e motoristas mulheres. Hoje, o Lady Driver já atua em mais de 160 cidades, incluindo seis delas na Baixada Fluminense: Mesquita, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nilópolis, Belford Roxo e São João de Meriti.

Seja motorista ou passageira, mulheres de todo o país já relataram vivências traumáticas em corridas por aplicativo. Além de situações constrangedoras e outros tipos de desrespeito, assédio sexual, estupro, assaltos e sequestros são exemplos de crimes que acontecem frequentemente no dia a dia de muitas delas.

A embaixadora da Lady Driver na Baixada Fluminense, a advogada Bianca Dahr, enxergou na iniciativa de Gabryella uma oportunidade de empreender e, ao mesmo tempo, contribuir para a segurança das mulheres e das crianças no transporte privado. “É o maior aplicativo de mobilidade urbana para mulheres no mundo. Com a pandemia, muitas pessoas ficaram desempregadas e a Lady Driver aparece como uma oportunidade para a mulher poder trabalhar, ter liberdade financeira e poder exercer seu direito de ir e vir com segurança e conforto”, explicou a empresária, que lançou o aplicativo no dia 8 de março deste ano e já conta com mais de 5 mil passageiras cadastradas.

Além do serviço exclusivo para mulheres, o aplicativo oferece a opção Lady Kiddos e Lady Care. Enquanto a primeira disponibiliza um transporte seguro para crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos, a segunda garante segurança no deslocamento de pessoas acima de 65 anos. E os homens podem se cadastrar no aplicativo? Não. Mas eles podem acompanhar uma mulher já cadastrada em uma corrida.

Sobre os diferenciais do aplicativo, Bianca explica que a Lady Driver oferece um treinamento online três vezes por semana para suas motoristas, em que elas tiram dúvidas e conhecem a plataforma. Além disso, por ser regionalizado, a empresária faz um contato direto com as motoristas, o que não acontece em outras plataformas.

“As motoristas me encontram facilmente e fazemos parcerias para a manutenção e seguro do veículo, além de outros serviços voltados para o público feminino, incluindo parcerias com as passageiras. Há também uma seleção confiável, não só pela empresa, mas também pelos órgãos públicos. Para se cadastrar, motoristas e passageiras passam pela consulta na base de dados da Receita e da Polícia Federal, o que garante maior segurança e efetividade no serviço. Aqui, tentamos resolver os problemas a todo custo e dar um suporte amplo para as motoristas. Isso sem levar em consideração que a Lady tem uma taxa fixa de 25%, uma das menores do mercado, o que é um diferencial.”

Oportunidade na pista

A proposta da LadyDriver vai além de garantir segurança para suas usuárias. Está ligada ao empreendedorismo feminino, já que as motoristas trabalham como autônomas e podem, por meio de seu cadastro MEI, ter facilidade na compra de automóveis, além de outros benefícios, como a organização da agenda de atendimentos e a flexibilidade de dias e horários. A rentabilidade pode superar os ganhos tradicionais nos mesmos cargos, na condição de CLT. Para as interessadas, o processo seletivo para motoristas está aberto e pode ser feito pelo aplicativo. “Precisamos fazer a divulgação e mostrar os benefícios. A intenção é cada vez mais melhorar o funcionamento e a utilização da plataforma”, completa a empresária.

Foto de Giulia Lang
Giulia Lang

Giulia Lang é líder de conteúdo do 55content e graduada em jornalismo pela Fundação Cásper Líbero.

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