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Fim da polêmica: STF deve decidir que motoristas não são funcionários dos apps

A imagem mostra uma sala de julgamento, provavelmente dentro do Supremo Tribunal Federal, baseado na descrição do arquivo. Podemos ver uma grande mesa em forma de ferradura ocupada por ministros vestidos com togas, indicando uma sessão plenária. No centro, há uma pessoa de pé, provavelmente um advogado ou procurador, dirigindo-se aos ministros. Há bandeiras do Brasil ao fundo, e a sala tem paredes de pedra e um grande carpete bege que cobre o chão. Monitores e microfones estão posicionados em frente a cada ministro, e há espectadores sentados em bancos próximos à entrada da sala.

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O Supremo Tribunal Federal marcou para o dia 8 de fevereiro o julgamento em plenário da Reclamação (RCL) 64018. O caso foi levado pela Rappi, após o TRT da 3ª Região ter reconhecido vínculo empregatício da empresa com um entregador.

Em dezembro, pela primeira vez, a suprema corte julgou um caso em colegiado, ou seja, quando mais de um ministro toma uma decisão. Por unanimidade, os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin cassaram o vínculo de emprego de um motorista de aplicativo com a Cabify.

Na ocasião, os ministros criticaram a justiça do trabalho por reiteradamente julgar casos de forma contrária ao que o STF indicou, ou seja, pelo não vínculo empregatício.

“40% de todas as reclamações que chegam à Primeira Turma são contra decisões da justiça do trabalho. Infelizmente, em que pese reiteradamente decidirmos, isso vem sendo desrespeitado e volta ao STF. Apesar de ideologicamente, teoricamente ou academicamente não concordarmos, isso não justifica a insegurança jurídica que essas decisões vêm gerando”, disse Moraes.

Para o ministro Luiz Fux, a questão dos aplicativos de transporte está mais do que pacificada, e os tribunais precisam respeitar as decisões do STF. Fux ainda solicitou que Moraes fizesse uma reclamação formal ao Conselho Nacional de Justiça e que casos como esses sejam devolvidos.

A ministra Cármen Lúcia expressou sua preocupação sobre a previdência social dos trabalhadores de plataformas digitais. No entanto, afirmou que o problema não se resolve através da geração de vínculo empregatício. A ministra ainda solicitou que um caso semelhante fosse encaminhado para o plenário do Supremo, para que todos os ministros possam decidir sobre a questão, e ela fique, de uma vez por todas, pacificada. Foi então o que fez Alexandre de Moraes ao levar o caso da Rappi.

Outro ministro do STF que já se pronunciou sobre o tema foi o decano ministro Gilmar Mendes: “Ao fim e ao cabo, a engenharia social que a Justiça do Trabalho tem pretendido realizar não passa de uma tentativa inócua de frustrar a evolução dos meios de produção, os quais têm sido acompanhados por evoluções legislativas nessa matéria”.

Para o ministro, o que se observa no contexto global é uma ênfase na flexibilização das normas trabalhistas. “Com efeito, se a Constituição Federal não impõe um modelo específico de produção, não faz qualquer sentido manter as amarras de um modelo verticalizado, fordista, na contramão de um movimento global de descentralização”.

Errata: ao contrário do que publicamos inicialmente, o caso não é de repercussão geral, apesar de influenciar a decisão dos tribunais inferiores.

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