Motorista sustenta que é essencial debater e refinar o projeto para que não seja negligenciado no Congresso.
Carina Trindade, representante dos motoristas de aplicativo no grupo do governo federal para regulamentação do setor, apoiou a proposta durante uma audiência na Câmara dos Deputados.
A motorista detalhou o Projeto de Lei 12/2024, ressaltando que somente 23% dos trabalhadores são formalizados como MEI e, destes, 40% estão inadimplentes com seus pagamentos, ficando assim completamente vulneráveis.
Ademais, ela destacou que o MEI não assegura direito ao auxílio-acidente, uma cobertura essencial contemplada no PLP para categorias que atuam em longas jornadas e enfrentam riscos de acidentes e assaltos durante a noite, situações comuns em cidades como Porto Alegre, onde ela trabalha.
“Sem envolvimento, não avançaremos. E há o risco de ser apenas mais um projeto de lei que será arquivado, como os outros 80 projetos nesta casa, sem qualquer defesa ou chance de progresso. Portanto, convidamos a todos para o debate”.
Carina também enfatizou a relevância do diálogo na categoria, criticando as associações: “Recentemente abrimos um canal de diálogo e o que recebemos é resistência das associações em conversar com o sindicato. É dessa forma que desejam melhorar as condições dos trabalhadores? Sem diálogo e negociação? Sem apresentar emendas substanciais, como as 12 que propomos para melhorar este PLP? É preciso ouvir. Da mesma forma que estamos atentos a vocês, é necessário que venham dialogar conosco”.