A empresa afirma que as regulamentações atuais não acompanham a inovação na mobilidade.
A Bolt, empresa de mobilidade europeia, divulgou uma posição defendendo uma regulamentação mais uniforme para a mobilidade compartilhada na Europa.
Segundo a empresa, a proporção de mobilidade compartilhada no transporte urbano deve dobrar, abrangendo 7% de todas as viagens urbanas até 2030. Essa modalidade complementará de forma flexível o transporte público, tornando a mobilidade mais acessível, criando benefícios econômicos significativos e reduzindo o uso de carros particulares em até 20% nas principais cidades.
De acordo com a Bolt, as regulamentações na Europa não acompanham a inovação na mobilidade compartilhada. Elas restringem serviços, prejudicam os consumidores e afetam significativamente as cidades.
A empresa reitera que o serviço de transporte por aplicativo, essencial para a mobilidade compartilhada, enfrenta níveis recordes de demanda. No entanto, regras desatualizadas e inconsistentes resultam em cidades como Barcelona, Roma ou Hamburgo, com menos de um veículo de transporte por aplicativo por 1.000 habitantes, insuficiente para atender a demanda.
A Bolt aponta que passageiros e motoristas enfrentam vários obstáculos artificiais projetados para restringir a concorrência. Na Alemanha, motoristas de veículos de aluguel privado precisam fazer uma corrida vazia “de volta à garagem” quando não são imediatamente recontratados. Na Espanha e, possivelmente em breve, na Itália, os passageiros precisam reservar uma corrida com até 30 minutos de antecedência em algumas regiões. Na Grécia, a duração mínima para aluguel de veículos de transporte privado é de 3 horas. A empresa afirma que essas restrições levam a preços mais altos, tempos de espera mais longos e um serviço menos confiável.
A Bolt destaca que essas restrições também afetam negativamente as economias das cidades, pois há menos oportunidades de renda para motoristas profissionais, negócios locais sofrem e menos pessoas têm acesso ao ecossistema mais amplo de mobilidade compartilhada, que poderia reduzir a dependência de carros particulares.
De acordo com a empresa, os problemas regulatórios não se limitam ao transporte por aplicativo. Bicicletas elétricas e scooters compartilhados podem cobrir uma variedade de viagens curtas de menos de 3 km e desempenham um papel vital na conexão com o transporte público urbano. Regulamentações locais inadequadas aumentam os preços e restringem a concorrência. Isso impacta as cidades, pois 50% das viagens de scooters têm o potencial de conectar-se ao transporte público, 30% são para deslocamentos e 20% são para lazer.
A Bolt sugere que uma solução eficaz poderia ser uma abordagem abrangente da União Europeia que criasse um mercado único para serviços de mobilidade urbana compartilhada, promovesse a concorrência justa e oferecesse mais opções de transporte para os passageiros. Regras simplificadas garantiriam certeza e consistência para consumidores e prestadores de serviços, tornando o transporte sob demanda mais confiável e acessível.
A posição da Bolt é que as regulamentações não devem impor limites arbitrários. Em vez disso, devem criar mais escolhas para usuários e cidades, proporcionar melhores oportunidades de ganhos para motoristas profissionais e resultar em um sistema de transporte urbano mais eficiente.
Texto produzido com informações de assessoria.