Durante a audiência pública, Rodrigo Porto expressou que, no fim, os motoristas vão sofrer financeiramente com a taxa previdenciária imposta para as plataformas.
Rodrigo Porto, representante da inDrive, expressou preocupações durante a audiência pública sobre a regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativo.
Porto afirma que a proposta de taxação presente no Projeto de Lei afetaria o modelo de negócio de plataformas de transporte por aplicativo. A discussão focou na estrutura de cobrança de comissões e no impacto de novas taxas propostas.
O representante destacou que a inDrive opera com uma comissão fixa de 10% sobre as corridas, valor negociado diretamente entre passageiros e motoristas. “Então, desde o princípio a gente entende que é uma empresa que atua na intermediação, e isso é um ponto que eu acho positivo do projeto da inDrive, que reconhece as empresas enquanto mediadoras e o motorista como autônomo”, afirmou Porto.
A preocupação de Porto, segundo ele, reside no fato de que, na proposta legislativa em questão, há a sugestão de uma contribuição social de 20% sobre 25% do valor da corrida, foi criticada por Porto por incentivar plataformas a aumentarem suas taxas de comissão: “A gente entende que essa lógica gera um incentivo para que as plataformas aumentem a comissão, porque o valor que está sendo cobrado, o valor que a plataforma teria que contribuir, seria em cima do valor total da corrida”, explicou ele.
Porto argumentou que a proposta é desequilibrada, pois não considera que plataformas como a inDrive não retêm o valor total da corrida, mas sim 10% dela: “A gente entende que não é justo que a plataforma faça uma contribuição sobre um valor que ela não fica”, disse ele.
O representante se expressou preocupado com as implicações a longo prazo desse modelo de taxação, principalmente o impacto financeiro sobre os motoristas.
Rodrigo Porto concluiu seu discurso reforçando a disposição da inDrive para colaborar na revisão da proposta, buscando uma solução que não prejudique os motoristas. “A gente está disposto a contribuir e trabalhar para que o motorista no final das contas não pague esse preço”, declarou.