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terça-feira, novembro 28, 2023

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Aplicativos deverão apresentar proposta até o próximo dia 18

Representantes sindicais e empresas discutem os impactos dos custos operacionais e a necessidade de remuneração justa para os motoristas, visando soluções viáveis.

Na última reunião tripartite do grupo de trabalho realizada nesta terça-feira (4) para debater a regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativo entre representantes do setor patronal, laboral e governamental, um debate foi levantado em relação aos custos da operação e o impacto disso nos ganhos dos trabalhadores.

O representante sindical, Leandro da Cruz Medeiros, expressou sua preocupação sobre como os custos afetam aproximadamente 50% dos ganhos dos trabalhadores, especialmente para os motoristas que trabalham integralmente nessa atividade, e solicitou um debate mais aprofundado sobre o assunto. 

“Gostaria de fazer uma pergunta clara ao setor patronal: Vocês estão dispostos a discutir e colaborar com o governo em relação aos custos da operação? Essa questão está prejudicando os trabalhadores, diminuindo seus ganhos em cerca de até 50%. Desejo debater sobre isso para obter respostas concretas, pois essa preocupação surgiu durante a última reunião e não pude transmiti-la aos trabalhadores sem ter respostas. Durante a reunião, a própria empresa mencionou que os custos estavam além dos seus lucros fixos, incluindo o salário mínimo, que estava fora da operação. Portanto, gostaria de saber se a empresa concorda em assumir os custos da operação dos trabalhadores”.

Carina Trindade, presidente do Sindicato dos motoristas em transportes privados por aplicativos do estado do Rio Grande do Sul – Simtrapli RS e representante pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), complementa ressaltando a importância de compreender que receber apenas R$1,00 por km rodado não é viável, considerando todos os custos de manter o veículo em boas condições, como manutenção regular e pneus adequados, além de evitar multas. 

“Não conseguimos cobrir todas as despesas com apenas R$1,00 por km rodado. Precisamos considerar todos os custos envolvidos para garantir um mínimo adequado. Esse mínimo não é R$1,00 por km rodado, nem mesmo R$5,68, que é o valor de uma corrida mínima em Porto Alegre. Cada município tem seus próprios valores. É necessário analisar cuidadosamente os custos envolvidos”, afirma Carina.

No entanto, os representantes das plataformas não apresentaram propostas concretas para cobrir estes custos durante o debate, o que gerou insatisfação entre os sindicatos de motoristas. Alguns sindicalistas expressaram sua frustração com a falta de avanço nas negociações e apontaram os impactos negativos dessa situação na vida dos motoristas, mencionando casos de acidentes e problemas de saúde mental.

Os sindicatos reforçaram a necessidade de as empresas apresentarem suas propostas e se comprometerem com mudanças efetivas, alegando que os motoristas estão sofrendo com a precarização do trabalho. Eles argumentaram que é fundamental que as empresas reconheçam os custos envolvidos na atividade dos motoristas e garantam uma remuneração justa.

No final da reunião, ficou acordado que as empresas apresentarão propostas ao governo antes de uma próxima reunião, na qual as discussões poderão avançar. No geral, os representantes das empresas se comprometeram a analisar os custos e buscar soluções que sejam viáveis para todas as partes envolvidas. Para isso, foi solicitado que o representante sindical, Leandro da Cruz Medeiros, compartilhasse as informações levantadas pelos motoristas sobre os custos operacionais. 

“Nosso projeto de apresentação não será necessariamente igual ao de vocês, e talvez vocês tenham percepções de custos que nós não temos. Isso facilitará nosso trabalho e compromisso, para que no próximo encontro possamos trazer nossa posição sobre o assunto, especialmente em relação aos custos. Ao contrário da segunda opção, em que você apresenta apenas para o governo e, na próxima reunião, apresentamos outra, deixando para a próxima o diário de composição. Portanto, quanto mais cedo vocês enviarem esses pontos, melhor, pois assim poderemos trabalhar neles”, explicou Fernando Paes, diretor de políticas públicas e assuntos governamentais da 99. 

Como resposta, Medeiros disse que irá discutir a possibilidade de compartilhamento de informações com os demais autores da proposta. 

Por fim, com a perspectiva de uma reunião marcada para o próximo dia 18, o governo expressou otimismo em relação ao encontro, buscando obter um resultado positivo. 

Giulia Lang
Giulia Lang
Giulia Lang é graduanda em jornalismo pela Cásper Líbero e jornalista do 55content.
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