O Papo Machine recebe Paulo Lacerda, sócio-fundador da Driver Nordeste, aplicativo de transporte de passageiros da cidade de Patos-PB.
Os aplicativos regionais de transporte são tendência de crescimento e sucesso.
Mas para entender bem como chegar nesse ponto, do começo até os processos, o Papo Machine convidou Paulo Lacerda, sócio-fundador da Driver Nordeste, aplicativo de transporte de passageiros da cidade de Patos, na Paraíba.
O app do Paulo foi, inclusive, eleito o melhor aplicativo de locomoção da sua cidade, em premiação que coroava as melhores empresas de diferentes categorias da região.
Como surgiu o Driver Nordeste?
Eu sou Paulo Lacerda, faço parte da equipe do Driver Nordeste aqui da cidade de Patos, no sertão da Paraíba. O Driver Nordeste que já existe há praticamente quase dois anos, mas que estamos com essa parceria com a Machine há pouco mais de um mês.
Somos um grupo de pessoas que, dentro da cidade, se organizaram para criar um aplicativo de mobilidade urbana para que os munícipes de nossa cidade pudessem ter oportunidade e ter o serviço prestado por uma equipe de boa qualidade, para que os clientes pudessem ficar satisfeitos com o nosso trabalho.
A cidade de Patos fica no sertão, no interior da Paraíba, cerca de 370 Km da capital João Pessoa. Graças a Deus nós estamos aqui nessa parceria Machine-Driver Nordeste, para trazer grandes frutos não só para empresa mas para os nossos clientes.
Como você entrou no ramo?
Bem, na verdade eu sou um agente de saúde. Eu trabalho na área da saúde do município de Patos e já participei de alguns aplicativos de mobilidade urbana, né?
E aí, dentro dessa participação em outros aplicativos foi que nós criamos a ideia de fazer algo diferente. Não aquele aplicativo onde a visão era apenas no que diz respeito a recursos financeiros. Mas sim em prestar um bom serviço, de qualidade à população.
Foi um dos motivos que fez com que a gente escolhesse a Machine. Eu participei de alguns outros aplicativos, de algumas outras plataformas, aqui no município de Patos, mas a Machine veio para engrandecer ainda mais essa nossa ideia.
A princípio, quando nós iniciamos, eu, juntamente a outro colega, convidamos mais 13 amigos, todos motoristas, a grande maioria taxistas, e tivemos a ideia de formar uma cooperativa.
A gente juntou esse grupo, que é os grupos dos sócios-motoristas, porque nós fazíamos todos os papéis: a parte de marketing, a parte financeira, a parte de suporte.
A gente se virava nos trinta para que a gente pudesse montar uma equipe e essa equipe pudesse crescer ao longo do tempo.
Hoje, nós temos cerca de 85 motoristas que participam conosco, que na verdade não são motoristas, nós chamamos aqui de colaboradores. E a gente vem crescendo ao longo do tempo de uma forma realmente bastante satisfatória.
Que funções você tem como sócio? Como a empresa se organiza?
Na verdade, eu estou no momento como diretor financeiro, aqui na nossa cidade, do aplicativo Drive Nordeste.
Praticamente nós temos o diretor financeiro, que eu estou à frente, temos também a parte de suporte, que é um rapaz que toma conta da parte suporte, na parte de marketing, nós também temos uma pessoa responsável por todo esse material de marketing, que é a parte dos influenciadores digitais que são parceiros nossos aqui na cidade e também na parte da imagem do nosso aplicativo, Instagram e das redes sociais. Basicamente, nós funcionamos com três pessoas que fazem parte dessa direção.
Criamos também um grupo, que nós chamamos aqui de grupo de bloqueio, que é uma equipe que vai observar o trabalho dos motoristas, vai acompanhar passo a passo do dia a dia, para que os mesmos possam cumprir dentro da Driver Nordeste as regras que são colocadas, para que eles possam fazer um trabalho perfeito e levar também ao cliente um trabalho de excelência.
Por isso, criamos esse grupo de bloqueio, que é um grupo que escuta clientes e que escuta motoristas.
Mas quando acontece algo que descumpre as regras que nós criamos aqui no nosso aplicativo, chega um certo momento que a gente precisa fazer algum tipo de bloqueio.
Mas são bloqueios de 12 horas, 24 horas, é mais uma forma para que o trabalho seja feito da forma que nós achamos o ideal para o cliente e para o motorista.
Então nós trabalhamos com equipe praticamente de dez pessoas, que fazem parte desse trabalho que é realizado dentro do Driver Nordeste.
A visão dos sócios
Temos também a equipe dos sócios. Ao todo nós hoje estamos com 13 sócios, como eu lhe falei, formando uma espécie de cooperativa aqui no município de Patos, que vem dando certo.
No início do trabalho que nós exercíamos além dessa parte da sociedade, além dessa parte empresarial, nós também exercíamos o trabalho de motorista, como a grande maioria ainda continua trabalhando como motorista.
Porque, na verdade, Alcimar, quando nós criamos o Drive Nordeste, a nossa maior intenção era realmente fazer um trabalho de excelência para o município de Patos. Mas a nossa visão é crescer futuramente, por isso o nome traz o Nordeste. Nós queremos futuramente, se Deus quiser, crescer para outros municípios da região como também, quem sabe, para outros estados.
O interessante é que depois que nós fizemos a criação do aplicativo, nesse 1 ano e 8 meses praticamente, já temos vários convites de cidades perto de Patos, para que a gente possa levar essa prestação de serviço de mobilidade urbana para outros municípios. E aí a gente já começa a estudar a possibilidade de poder implantar em alguns outros municípios.
A criação do app e a transição para a Machine
É como eu falei, né? 13 pessoas se reuniram, a grande maioria participava de outros aplicativos no município de Patos e por entender que era preciso fazer algo diferencial, tomamos a decisão de formar esse grupo.
Criamos uma espécie de cooperativa e nas primeiras reuniões a gente já colocava para os demais sócios a nossa intenção, que a princípio, quem quisesse ganhar dinheiro trabalhando com mobilidade urbana tinha que sair no seu carro para trabalhar, de manhã, tarde, noite, madrugada.
A fonte de renda que teríamos seria de acordo com as corridas que nós fizéssemos, durante o dia, não ia ter remuneração nenhuma do aplicativo até porque estávamos começando.
E assim foi feito. E praticamente até hoje no nosso ganho dentro da empresa, dentro da Driver Nordeste é justamente esse, todos trabalham, todos participam, no pensamento futuro do engrandecimento da Driver Nordeste, que a gente possa futuramente poder fazer um trabalho em relação à questão financeira maior com os colaboradores, principalmente os empresários, as pessoas que estão participando.
[Eles] Compraram essa ideia. A princípio nós fazíamos parte de outros aplicativos, colocamos na cabeça de todos que era necessário a gente vestir a camisa da Driver Nordeste para que a gente pudesse crescer.
Na outra plataforma, nós já estávamos com cerca de 10 mil clientes, em menos de um ano. A gente acha que foi muito rápido o crescimento, mas evidentemente que é preciso crescer mais. Mas, por exemplo, aqui no nosso município, nós temos aqui sete aplicativos de mobilidade urbana, para um município de cerca de 110.000 habitantes é muita coisa.
O plano de ação
Nós tínhamos a Uber, 99 e outras empresas que trabalhavam e eram a nossa preocupação. Então a gente criou um sistema de mensalidades fixa. Você sabe que outras empresas trabalham com percentual.
Então o que nós víamos? Um percentual de outras empresas que chegava em torno de 35% a 40% de cobrança nas corridas para o motorista e a gente vê que não era muito viável, e aceitação de aplicativos na cidade era muito difícil justamente por isso.
Quando começamos aqui, a nossa ideia foi fixar uma mensalidade, para que a gente pudesse dar a oportunidade ao motorista de trabalhar e com o decorrer do tempo a gente ia aprimorando no que diz respeito à parte financeira.
É o que vem dando certo. Hoje, dos 7 aplicativos de mobilidade urbana que existem na cidade, um dos mais procurados é o nosso. Tanto no que diz respeito ao motorista, para vir trabalhar, como também a questão dos clientes. Porque a gente justamente colocou que era necessário prestar um serviço de qualidade, para que a gente pudesse primeiro ter o retorno com o número de clientes e futuramente o retorno financeiro.
Essa implantação a gente tá vendo que tá dando certo. Com a nova plataforma da Machine, com essa parceria que nós estamos fazendo, a gente vem sentindo a diferença, o aumento de downloads, as pessoas que procuram.
Pessoas que tinham a outra plataforma, já nos instalando, instalando a nova plataforma. Toda essa situação de migração a gente sabe que é um pouco complicada, mas a gente vem alcançando êxito. Porque tudo que a gente vem fazendo, a gente tem um cronograma e esse cronograma vem sendo seguido.
Eu acredito que é uma parceria que vai durar muito tempo, porque os nossos objetivos também são bastante grandiosos.
Qual foi a reação do público ao ver mais um aplicativo de transporte chegando?
A gente tem um público que pesquisa muito. A gente tem clientes aqui que tem 3, 4 aplicativos instalados no celular.
Então o pessoal observa muito essa questão de valores, observa muito a questão da educação dos motoristas, da pontualidade, na rapidez em chegar onde o cliente está.
São pontos que a gente destacou e que a gente vem trabalhando com os nossos motoristas para que a gente possa, além de segurar os nossos clientes, trazer outros clientes para o nosso aplicativo.
E são coisas que se destacam muito porque dentro do carro os clientes conversam, né? E a gente gosta muito de fazer essa pesquisa, a gente passa muito para os nossos motoristas de conversar com o cliente, de ver o feedback do cliente no que diz ao atendimento, se tá gostando, se o carro chegou rápido, se os motoristas são educados, comportamento.
A questão de andar com o carro sempre limpo, com o ar condicionado ligado. Aqui é o sertão aqui da Paraíba, Alcimar. Nossa cidade é uma das cidades mais quentes, tanto que o slogan da nossa cidade é Patos: Morada do Sol.
Daí você já tira a questão do calor da nossa cidade, hoje, por exemplo, 13h chegou a 40º. Então assim, a gente respeita muito essa questão de os motoristas sempre andarem com o ar-condicionado ligado, para dar um atendimento melhor ao cliente.
Esses pontos foram essenciais. Como também a gente ter um grupo de divulgadores, os digital influencers. A gente tem um grupo muito bom, um grupo de influenciadores, que foi um dos carros chefes nossos na atração do cliente em primeiro momento e ainda continuam fazendo esse trabalho.
A gente está fechando parcerias com estabelecimentos, barzinhos, que aqui tem muitos, shoppings, que tem dois na cidade, um de maior e outro de médio porte. Então, a gente tem trabalhado muito essa questão.
Como a princípio a gente não tinha muito recurso vindo da própria plataforma, já que a gente passou por essa transição de uma plataforma para outra, e você sabe da dificuldade, estávamos pagando duas plataformas por essa questão da migração, e a gente está conseguindo, agora que conseguimos juntar recursos, ter um saldo positivo para também investir um pouco mais na questão de marketing, para atrair mais clientes.
Eu acho que a percepção do trabalho que vem sendo realizado pela equipe é de bom grado, porque a gente está percebendo o avanço, justamente agora com a nova plataforma.
A gente teve muitas dificuldades aqui com a antiga plataforma, principalmente no que diz respeito ao travamento.
A gente pegou uma época do São João aqui na cidade, são seis dias de São João, mas com grandes atrações.
O São João de Patos é muito conhecido aqui na Paraíba, Nordeste.
É o 4º ou 5º maior São João do Brasil. Então a busca por aplicativo foi muito grande na época e a gente teve muita dificuldades com a outra plataforma, devido ao travamento e servidores que não suportavam.
Para você ter ideia, uma das atrações foi o Gustavo Lima e nós tivemos cerca de 500 chamados no mesmo segundo, simultaneamente. E o sistema não aguentou, caiu, travou e nós tivemos muita dificuldade.
E a nossa procura pela Machine foi, justamente porque conhecemos outros aplicativos que já trabalham com a Machine e a gente via que não tinha travamento de jeito nenhum. Foi um dos motivos principais da gente ter escolhido a Machine para fazer essa parceria, para trabalhar junto com vocês.
Creio que a própria Machine, com os dados que provavelmente vocês têm, estão vendo a evolução, o crescimento em pouco tempo do nosso aplicativo, do nosso Driver Nordeste.
Qual a expectativa de crescimento?
Como eu disse a você, nós estávamos na outra plataforma com cerca de 10 mil clientes. Em toda essa situação de transição e migração, nós estamos tendo uma dificuldade muito grande, principalmente no que diz respeito ao cliente baixar o aplicativo e fazer o cadastro. Chegamos até a casa dos clientes para baixar o aplicativo.
Já colocamos vídeo, passo a passo, como fazer, encaminhando para os clientes via WhatsApp, via e-mail. Esse processo é lento, a nossa meta é chegar em dezembro, no final do ano com cerca de 80% desses clientes já fazendo parte da nossa nova plataforma.
Evidente que irão chegar novos clientes que não faziam parte da plataforma anterior. A gente quer tentar chegar ali na casa dos 10 mil clientes se Deus quiser até o final do ano.
É possível? A gente acredita que sim, porque a gente conseguiu, na outra plataforma, atingir esse número de 10 mil clientes em um ano de atividade.
A gente já tem um bom número de clientes, diariamente temos cerca de 70, 80 downloads, temos acompanhado esses números. E a gente vinha intensificando com os próprios motoristas, para reforçar quando pegasse um cliente com a plataforma antiga para migrar para a nova.
Colocamos também, no interior de todos os carros, o QR code para nossa nova plataforma da Machine. A gente sabe que é um trabalho de formiguinha, mas com a melhoria da plataforma o cliente baixa e diz: “Legal, plataforma diferente, diferenciada”.