“Dei R$ 150, que cobria a corrida de ida, a volta e um extra pela gentileza”, diz passageira após esquecer celular em veículo de motorista de app

Vista aérea do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, localizado no topo de um penhasco à beira-mar. Ao fundo, a praia de Icaraí, em Niterói, com edifícios residenciais ao longo da orla e montanhas ao horizonte.
Foto: Alex Ramos/Prefeitura Municipal de Niterói

A virada de ano de Juliana Andrade, passageira frequente de aplicativos de transporte, ficou marcada por uma história que começou com preocupação, mas terminou com um gesto de honestidade que ela não vai esquecer. 

No dia 31 de dezembro de 2024, Juliana e sua namorada estavam a caminho da casa de um amigo para celebrar a chegada de 2025. Carregadas de mochilas e segurando uma torta no colo, o que deveria ser um trajeto tranquilo acabou virando uma pequena saga.

“Assim que entrei no carro do 99, tirei o celular do bolso porque estava me incomodando e o coloquei no banco, ao meu lado. Durante o trajeto, minha atenção estava toda na torta para evitar que ela virasse, então não percebi que o celular havia escorregado. Quando chegamos, pegamos todas as nossas coisas – mochilas, sacolas – e descemos. Só mais tarde percebi que meu celular tinha ficado no carro”, relembra Juliana em entrevista à equipe do 55content.

Já na casa do amigo, enquanto cumprimentava os convidados e tentava relaxar para aproveitar a festa, Juliana lembrou que precisava avisar sua mãe sobre sua chegada. Foi nesse momento que notou que o celular não estava com ela. “Procurei em todos os lugares que havia passado, até dentro da geladeira, porque estava tão atordoada que podia ter colocado em qualquer lugar. Mas aí percebi que tinha ficado no carro.”

Para tentar recuperar o celular, Juliana usou o aplicativo do 99 no celular da namorada. Ela recorreu à funcionalidade de reportar objetos perdidos, deixando uma mensagem para o motorista. Paralelamente, tentou ligar para o seu número, mas, como o celular estava no silencioso, ninguém atendia. “Aquele misto de frustração e esperança tomou conta de mim, mas resolvi tentar abstrair e aproveitar a virada do ano com os amigos.”

A resposta veio no dia seguinte, já no primeiro dia de 2025. Juliana acordou com uma notificação no aplicativo do 99: o motorista havia encontrado seu celular. “Foi um alívio enorme! Ele explicou que só viu minha mensagem pela manhã e confirmou que o celular estava no carro, debaixo do banco. Ele foi muito prestativo desde o início e se dispôs a me devolver o aparelho”, conta Juliana.

Preocupada com a logística da devolução, Juliana sugeriu que o motorista utilizasse um serviço de entrega como o Uber Flash para enviar o celular de volta. No entanto, ele explicou que preferia entregar pessoalmente, pois não confiava na segurança desse tipo de serviço em situações assim. “Ele disse que faria questão de levar o celular até onde eu estava e perguntou se eu ainda estava no endereço da corrida. Confirmei e perguntei quanto ele cobraria pelo deslocamento”, explica Juliana.

Para sua surpresa, o motorista recusou cobrar pela devolução. “Ele disse que eu não precisava me preocupar com isso. Pouco depois, me avisou que só terminaria de comer uma sobremesa e sairia para me entregar o celular. Achei tão incrível! Em um dia tão corrido como o Ano Novo, ele ainda se preocupou com isso.”

No fim da tarde, o motorista chegou ao local combinado e devolveu o celular. Ele explicou que o aparelho havia escorregado e ficado escondido debaixo do banco durante toda a noite. “Ele foi tão honesto que nem quis cobrar pela entrega. Fiz questão de dar R$ 150, que cobria a corrida de ida, a volta e um extra pela gentileza dele.”

Juliana ficou emocionada com o gesto. “Hoje, chamo ele de anjo. Ele poderia ter cobrado um valor muito alto ou, pior, ignorado a mensagem, mas foi generoso e fez tudo com muita boa vontade. Foi um exemplo de honestidade e empatia, algo que merece ser reconhecido.”

A história de Juliana reforça a importância de verificar sempre se não ficou nada no carro ao final de uma corrida. Caso algo seja esquecido, utilizar as ferramentas dos aplicativos é fundamental para aumentar as chances de recuperação.

“Felizmente, ainda existem pessoas boas no mundo. Esse motorista transformou o que poderia ser um pesadelo na virada do ano em um alívio, mostrando que gentileza e honestidade fazem toda a diferença”, conclui Juliana.

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Giulia Lang

Giulia Lang é líder de conteúdo do 55content e graduada em jornalismo pela Fundação Cásper Líbero.

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