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“Entregadores ganham mais hoje do que em seus antigos empregos”, diz CEO do iFood

Em entrevista ao empresário Abílio Diniz, Fabrício Bloisi também revelou que empresa perdeu R$2 bilhões durante a pandemia.

O CEO do iFood, Fabrício Bloisi, defendeu que a maioria dos entregadores estão satisfeitos com a empresa. Em entrevista ao programa Caminhos com Abílio Diniz, Bloisi disse que a empresa empregou 200 mil entregadores nos últimos quatro anos e enfatizou que a maioria deles está satisfeita com seu trabalho. No entanto, ele salientou a importância de criar empregos através da tecnologia, ao mesmo tempo que reconhece a necessidade de garantir a previdência para os entregadores, pensando a longo prazo.

“Uma curiosidade interessante: há 4 anos e meio, o iFood não realizava entregas próprias, mas agora, as entregas próprias representam apenas 40% do total feitas por meio do iFood. A maioria das entregas no iFood não é feita diretamente por eles. No decorrer desses 4 anos, conseguimos envolver 200 mil pessoas como entregadores, e surpreendentemente, 70% deles estão muito satisfeitos e felizes com o trabalho. Apesar de haver algumas histórias de entregadores que não estão ganhando bem, é importante notar que há uma grande parcela de cerca de 200 mil entregadores que estão animados, satisfeitos e sentem que têm mais flexibilidade do que nunca. Além disso, eles estão ganhando mais do que ganhavam em seus empregos anteriores”.

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Além disso, o CEO ressaltou a importância de uma regulamentação clara e adequada para garantir um ambiente justo e seguro para os entregadores e para o crescimento sustentável do setor de entrega de alimentos. Ele acredita que a colaboração entre empresas como o iFood e o governo é essencial para encontrar soluções equilibradas que beneficiem a todos os envolvidos.

Bloisi também revelou que a empresa perdeu R$2 bilhões durante a pandemia.

“Muitas pessoas acreditam que durante esse período ganhamos dinheiro, mas na realidade, sofremos um prejuízo significativo. No entanto, decidimos investir durante esse período para atender às necessidades do Brasil. Embora não sejamos uma empresa pública, temos o porte necessário para nos tornarmos uma empresa desse tipo. Optamos por assumir maiores riscos, inovar e testar novas abordagens, mesmo durante os períodos em que precisamos fechar mais tempo. Isso nos permitiu aprender e adaptar mais rapidamente. No entanto, em algum momento, nosso conselho de administração poderá considerar que é o momento certo para nos tornarmos uma empresa pública”, explicou o CEO.

Para ele, o ecossistema de inovação brasileiro amadureceu rápido nos últimos anos, com mais investidores, capital e talento local disponíveis para impulsionar o setor de tecnologia. Ele enfatizou a importância de criar empresas eficientes e distribuir riqueza localmente, equilibrando o crescimento empresarial com o desenvolvimento social.

O empresário também expressou preocupação com a complexidade das leis brasileiras e seu impacto sobre o investimento estrangeiro.

“Se olharmos para os Estados Unidos, vemos que a eficiência empresarial contribuiu para o enriquecimento do país. Da mesma forma, a China, muitas vezes vista como um país mais pobre, alcançou um PIB 50% maior que o do Brasil e retirou 500 milhões de pessoas da pobreza, em grande parte devido à eficiência de suas empresas. Minha posição é que devemos ser a favor tanto das empresas quanto do aspecto social. Precisamos de empresas excelentes para impulsionar o progresso do Brasil e, ao mesmo tempo, devemos garantir que a distribuição de recursos melhore. A oportunidade está diante de nós agora, e não podemos esquecer nem o desenvolvimento do país nem o papel das empresas. Ambos são essenciais para promover um crescimento sustentável e equitativo”.

Giulia Lang
Giulia Lang
Giulia Lang é graduanda em jornalismo pela Cásper Líbero e jornalista do 55content.
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