No fim de setembro, o iFood anunciou o fim dos contratos de exclusividade da companhia com restaurantes de redes com mais de 30 lojas. O vice-presidente de restaurantes, Arnaldo Bertolaccini, explicou que a empresa está cumprindo o acordo firmado com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em fevereiro deste ano.
“Desde a assinatura do acordo, estamos focados em implementar uma estratégia robusta para seguir crescendo e gerando resultados positivos”, colocou Bertolaccini.
Os contratos previam que os restaurantes parceiros se comprometessem a não disponibilizar seu serviço de delivery em outras plataformas, recebendo, em troca, investimentos do iFood e condições comerciais diferenciadas – uma prática em conformidade com a legislação brasileira. Com o fim, o CADE espera estabelecer uma maior liberdade econômica no setor.
“Mesmo sem a exclusividade, continuaremos ajudando nossos parceiros com mais de 30 lojas a prosperar no delivery”, acrescentou o executivo.
Em meio às mudanças, um plano para ter o menor impacto possível nas redes associadas foi feito pelo iFood. Bertolaccini afirma que os restaurantes continuarão a trabalhar com a empresa independentemente de ter ou não exclusividade, destacando que ao longo do período de adequação, entre abril e setembro, o volume de pedidos aumentou em 10%.
Além disso, a companhia pretende apoiar ainda mais os pequenos e médios empreendedores, continuando a disponibilizar ferramentas tecnológicas, capacitações, subsídios para promoções, ampla rede de fornecedores e expandindo a linha de crédito.
“Somos a maior plataforma de delivery do país, que escuta os restaurantes de forma ativa para oferecer soluções baseadas em suas dores. Por isso, a agenda do CADE não nos distanciou dos restaurantes, mas intensificou nossa relação com eles (…) Acreditamos que o acordo com o CADE e a regulação do trabalho dos entregadores trarão mais segurança jurídica para o setor, o que é benéfico para todo o ecossistema”, finalizou.