Pesquisar

Os principais indicadores da última milha

ponto de exclamacao .png
Motorista
indicadores ultima milha
indicadores ultima milha

A empresa de logística ABIVIN destacou cinco indicadores para você ficar de olho na última milha da sua entrega.

Como saber se estou no caminho certo?

Em todos os tipos de atividades, seja pessoal ou profissional, saber se você está indo na direção correta é essencial. Por isso, fala-se tanto em indicadores chave de performance.

No setor de entregas, não é diferente.

Profissionais, estudiosos e especialistas em logística ficam atentos para responder como definir um bom indicador para, assim, a empresa saber se está no caminho certo ou não.

Em julho de 2017, a empresa de logística ABIVIN buscou responder a essa pergunta.

Por meio de um vídeo curto, de pouco mais de um minuto e meio, eles destacaram cinco pontos que uma empresa de logística ou entregas deve ficar atenta em relação à última milha da sua entrega.

Antes, vamos lembrar que a última milha da entrega ou, do inglês, last mile delivery é definida como a última etapa de uma entrega, ou seja, é o momento em que o produto deixa a loja ou centro de distribuição e chega às mãos do consumidor.

Segundo especialistas, essa ainda é a etapa mais desafiadora de uma operação de venda online. Tanto que, segundo dados do Banco UBS, ela representa 55% dos custos dessa operação.

Por isso, por todo o mundo, varejistas e startups estão “quebrando a cabeça” para oferecer ao mercado a melhor opção nesse momento.

Para quem trabalha no ramo de entregas, nada melhor do que entender o que são cada um desses indicadores.

Custo por quilômetro

Segundo a ABIVIN, o primeiro indicador que você deve observar é quanto você paga por cada quilômetro rodado na sua última milha.

Aqui, não estamos falando apenas dos custos do combustível, mas, também, dos custos do veículo e do motorista/entregador.

Para saber quanto é o seu custo por quilômetro, some esses três itens e divida pelo quilômetro total percorrido.

Utilização da capacidade da frota

O segundo indicador que destacam é a utilização da capacidade da frota, ou seja, o quanto você está transportando em relação a capacidade máxima do veículo.

No vídeo que publicaram no canal do Youtube, a empresa usa como exemplo um caminhão com capacidade de carregar 3 mil quilogramas, porém, no momento, ele está carregando 2,5 mil quilogramas.

Assim, o cálculo é feito dividindo 2,5 mil Kg por 3 mil Kg, que será igual a 0,83.

Isso significa que o veículo em questão está com 83% de sua capacidade sendo utilizada.

Trecho por viagem/Km por trecho

No inglês, os especialistas usam a palavra leg para definir a parte da rota entre duas sucessivas paradas, ou seja, do momento que você saiu do centro de distribuição e parou na primeira loja, você percorreu uma leg.

Quando você realiza a primeira entrega e parte para a segunda, você realizou outra leg.

Vamos traduzir esse termo para trecho, apenas a nível de simplificação.

Assim, o terceiro indicador que a ABIVIN aponta é o trecho por viagem e o Km por trecho.

Para calcular o primeiro indicador, você pega a quantidade de paradas que realizou e divide pelo total de viagens feitas em um determinado momento.

No vídeo, eles pegam os seguintes exemplos:

  • Viagem 1: parada em três lojas e 18 Km percorridos;
  • Viagem 2: parada em quatro lojas e 25 Km percorridos.

Dessa forma, o primeiro indicador é calculado com a quantidade de paradas, e dividindo pelo número de viagens.

No caso, sete dividido por dois. Assim, esse indicador seria de 3,5 trechos por viagem.

O segundo é calculado somando toda quilometragem pela quantidade total de trechos percorridos.

Vamos imaginar que, ao final do dia, um veículo da sua empresa tenha percorrido 100 Km e realizado nove entregas.

Se levarmos em conta o deslocamento da loja ou centro de distribuição até à primeira entrega, e da última entrega até o retorno ao centro de distribuição, o veículo realizou dez trechos.

Dessa forma, considerando os 100 Km e dividindo pelo 10 trechos percorridos, temos como resultado, em média, esse veículo realizando 10 Km por trecho.

Tempo médio de serviço

O quarto indicador é o tempo médio de serviço, ou seja, o tempo médio gasto pelo entregador para descarregar os produtos.

No exemplo da empresa, eles pegam cinco entregas realizadas em diferentes dias das semana.

  • Segunda: 15 minutos
  • Terça: 20 minutos
  • Quarta: 18 minutos
  • Quinta: 15 minutos
  • Sexta: 15 minutos

Agora, basta somar a quantidade de minutos pela quantidade de entregas realizadas: 83 /5 = 16,6 minutos/entrega.

Paradas planejadas vs paradas realizadas

Por último, a ABIVIN orienta a realizar a métrica da relação entre quantas paradas foram realizadas durante uma entrega, pela quantidade de paradas planejadas.

Segundo eles, “quando um motorista faz uma parada não planejada, ele acaba atrasando todo o planejamento, alterando os horários e prejudicando a qualidade do serviço”.

Dessa forma, para ter a métrica na sua mão, basta dividir as paradas realizadas pelas paradas planejadas.

Com essas métricas, você já consegue elaborar um esboço de planos e metas para sua empresa de entregas.

Ah, para acessar o vídeo completo, confira o canal da ABIVIN no Youtube

Vinícius Guahy

Vinícius Guahy é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense e coordenador de conteúdo do 55content.

Pesquisar