“A melhor publicidade é a fofoca.” É com essa simplicidade — e convicção — que David Holanda, CEO da Rápidocar, define a fórmula de expansão da empresa que vem conquistando espaço no competitivo setor de transporte por aplicativo no Brasil. Com presença em mais de 80 cidades espalhadas por oito estados, a Rápidocar nasceu em Rondônia, cresceu por meio de indicações e se sustenta em um tripé essencial: confiança, gestão local e valorização do motorista.
“A gente não vende só um sistema. A gente entrega uma marca — e um propósito”, afirma David, durante o evento promovido pelo 55content Premium na última segunda-feira (12) . Com uma média mensal de 450 mil corridas, a empresa projeta um 2025 de consolidação e crescimento com os pés no chão e o foco em quem realmente faz a roda girar: o motorista.
De ideia promissora a operação milionária
Criada em 2018 por Wellington, hoje sócio de David, a Rápidocar deu seu salto a partir de 2020, quando David entrou na sociedade e assumiu a liderança da operação. “Na época, o faturamento era de R$ 350 mil. Hoje, ultrapassamos os R$ 5 milhões”, destaca o CEO, atribuindo o crescimento à fé, ao trabalho coletivo e à crença no projeto.
“Nosso objetivo sempre foi claro: construir algo que abençoasse motoristas e passageiros”, diz. E esse valor — mais humano que algorítmico — permanece no centro de todas as decisões.
Mais que tarifa: o motorista como prioridade
Na Rápidocar, não há disputa por ser o mais barato. E isso é intencional. “Você não vai ver tarifa baixíssima aqui. Nosso foco é que o motorista ganhe bem”, afirma David. A empresa regula ativamente o número de motoristas conforme a demanda de cada cidade, garantindo que ninguém fique ocioso esperando corrida debaixo de árvore.
Esse cuidado vai além da operação: a plataforma monitora desempenho, cancelamentos e engajamento. Mas sem punições automáticas. “Queremos entender, não excluir. E principalmente: apoiar quem veste a camisa da marca.”
Expansão baseada em confiança e vivência
A expansão da Rápidocar não vem de campanhas pagas ou venda ativa de licenças. “99% das novas cidades entraram na operação por indicação de motoristas que já rodavam com a gente e decidiram levar a marca para a cidade natal”, explica David.
Esses parceiros, antes motoristas, se tornam operadores locais. “Eles conhecem a realidade da rua e acreditam na marca porque viveram isso na prática. A gente não ‘pluga e joga’ — trabalhamos junto, explicamos os desafios e só seguimos se houver confiança mútua.”
Cuidado na base antes do salto
Abrir uma nova cidade, segundo David, exige mais do que investimento: exige maturidade e compromisso. O retorno, para quem entra como licenciado, costuma vir entre 6 meses e 1 ano. “Antes de tudo, tem que acreditar. O que mais existe no mercado hoje são aventureiros com sistema pronto. Mas sistema sozinho não segura uma operação.”
E alerta: “Quanto maior a plataforma, mais ‘bebê’ ela se torna. Quanto mais você cresce, mais atenção precisa dar para não perder tudo.”
Cultura local, números reais
Com uma média de 15 mil corridas por dia, a Rápidocar atua com flexibilidade e leitura constante do território. As variações na demanda — comuns nos fins de semana e entre cidades — são geridas com análises de taxa de atendimento e engajamento. A meta mínima é clara: atender pelo menos 75% das solicitações, mantendo um equilíbrio saudável entre oferta e procura.
E quando uma cidade apresenta queda? Vem o diagnóstico: preço, engajamento, concorrência… tudo é colocado na mesa antes de qualquer decisão. “A gente não foca em quem copia ou desvia. Focamos em gerar demanda e apoiar quem está conosco de verdade.”
Um negócio com alma e estratégia
Mais do que tecnologia, a Rápidocar se posiciona como um movimento comunitário, onde cada cidade tem seu gestor, sua lógica e seu jeito de operar. “Não vendemos só corrida, vendemos cuidado. E isso exige atenção constante.”
Com uma operação sólida, a marca se consolida como exemplo de como crescer com coerência e propósito em um mercado volátil. “Não queremos ser os maiores. Queremos ser os mais confiáveis.”
Mais que franquia: a Rápidocar como ponte para transformação local
“Não vendemos um negócio. A gente oferece uma oportunidade.” Com essa filosofia, David Holanda, CEO da Rápidocar, deixa claro que o processo de expansão da plataforma vai muito além de números e contratos. Em vez de seguir um modelo fixo, a empresa aposta em relacionamento, cultura local e propósito compartilhado para decidir onde e com quem abrir novas operações.
Seja uma franquia de R$ 50 mil, R$ 30 mil ou até mesmo uma licença concedida por confiança, cada cidade tem uma história única dentro da Rápidocar. “Semana passada vendemos uma por R$ 9.900. Cada caso é um caso. O que importa é o potencial do parceiro em vestir a camisa da empresa”, reforça David.
Cultura antes do cálculo
Para definir o valor de entrada em uma cidade, a Rápidocar olha além da população ou dos modais de transporte existentes. O fator decisivo é a cultura local. Cidades pequenas já surpreenderam — mesmo diante do ceticismo de que “aqui ninguém usa aplicativo” — enquanto outras, com histórico de uso intenso de apps, exigiram mais esforço por causa da informalidade enraizada.
“Tem cidade que só aceitou a Rápidocar depois que um motorista local comprou a ideia e assumiu a operação. O povo quer ver gente de casa no comando”, explica. Esse bairrismo, segundo ele, pode ser um obstáculo ou um trunfo — depende de como a marca se insere no ecossistema local.
Rosto, presença e verdade
Mesmo presente em cidades grandes como Goiânia, Foz do Iguaçu e Maringá, o foco da Rápidocar continua sendo cidades menores com forte senso de comunidade. Quando decide operar em grandes centros, a estratégia não é disputar por preço, mas por confiança.
“Nossa missão é provar que não somos ‘só mais um app’. Somos a Rápidocar. Trabalhamos duro, respondemos o suporte, colocamos rosto no negócio. A empresa tem identidade — e ela aparece no dia a dia, nas ações, na seriedade”, diz David.
Flexibilidade que respeita o território
Na Rápidocar, o modelo de cobrança varia conforme os hábitos locais: mensalidade, percentual por corrida ou taxa por corrida individual. Em Rondônia, por exemplo, a cultura é pagar uma mensalidade fixa. Já em Foz do Iguaçu, os motoristas preferem a comissão por corrida, rejeitando custos fixos.
“Se eu pudesse escolher, claro que o modelo por porcentagem é mais rentável para a empresa. Mas o que me deixa feliz mesmo é ver os carros adesivados, o motorista empolgado, dizendo: ‘Estou feliz aqui’. Isso vale mais que qualquer modelo de repasse.”
Estratégia sob medida, cidade por cidade
Campanhas de marketing? Adesivação? Parcerias locais? Depende. Em alguns lugares, o boca a boca bastou. Em outros, foi preciso disputar espaço na marra. “Não tem fórmula mágica. Cada cidade tem sua personalidade. Em algumas, basta um post no Instagram. Em outras, precisamos mostrar serviço antes de conquistar.”
David reforça que o crescimento da Rápidocar foi fruto de ação contínua e propósito, não de um plano pré-formatado. “Se eu disser que já sabia tudo desde o começo, estou mentindo. A gente só começou a trabalhar e acreditou. E as pessoas certas foram aparecendo no caminho.”
“Acreditar” como pilar do crescimento
David compartilha histórias marcantes, como a de um ex-cético que virou parceiro da empresa e, anos depois, emocionado, agradeceu por ter recuperado a dignidade financeira. “Esse cara estava com o nome sujo. Acreditou na marca, trabalhou, e deu a volta por cima. E eu disse: ‘Você fez por onde. Eu só fui ferramenta’.”
Para ele, o maior desafio hoje é encontrar pessoas que acreditam. “Duvidar, muita gente vai. Mas quem acredita é que muda o jogo.”
Uma empresa com essência — e sem metas fixas
Em vez de metas numéricas, a Rápidocar entra em 2025 com um objetivo claro: reforçar sua essência e fortalecer relacionamentos com motoristas, passageiros e licenciados. “Queremos que, quando alguém falar ‘Rápidocar’, saibam quem está por trás. Eu sou o rosto da empresa — e vou continuar mostrando que aqui tem gente de verdade.”
Com presença em 82 cidades de oito estados, a empresa quer crescer, sim — mas sem abrir mão da cultura que a construiu: proximidade, humildade e entrega constante.
“Não queremos ser os maiores. Queremos manter o que temos de melhor. O resto é consequência.”
De Rondônia para o Brasil: uma ideia que virou movimento
A Rápidocar foi criada em 2018 por Wellington, sócio de David. Em 2020, David assumiu a frente da operação e, desde então, lidera a expansão da marca. “Quando entrei, o faturamento era de R$ 350 mil. Hoje passamos dos R$ 5 milhões. A diferença? Acreditar, trabalhar com propósito e caminhar junto com quem acredita”, afirma.
Para ele, o sucesso não veio de um plano perfeito. “A gente começou a trabalhar. No caminho, pessoas boas apareceram. E fomos crescendo.”
Expansão guiada pela confiança — não por tráfego pago
A maioria das cidades que hoje fazem parte da rede da Rápidocar não vieram de investimento em marketing, mas de indicações. Motoristas que rodavam em uma cidade decidiram levar a operação para suas cidades natais. “Antes de se tornarem operadores, foram motoristas da Rápidocar. Conhecem o jeito da casa”, explica David.
A escolha por novos parceiros não se baseia em quanto dinheiro eles têm, mas no quanto acreditam na marca. “Já vendemos franquias por R$ 30 mil, R$ 50 mil… e já entregamos licenças praticamente de graça, porque vimos potencial em quem estava começando.”
Cultura local como critério de expansão
Não é o tamanho da cidade que define o sucesso. É a cultura local. “Já dominamos cidades de 50 mil habitantes onde diziam que ninguém usava aplicativo. E já penamos em cidades grandes porque o público preferia corridas por fora, via WhatsApp”, conta David.
Para entrar numa nova cidade, o primeiro passo é entender o povo: como consome, como confia e como se relaciona com transporte.
Gestão cuidadosa: evitar excesso, manter a roda girando
A Rápidocar não busca ser a mais barata — e isso é intencional. “Não gosto de ver motorista parado, esperando corrida. A gente regula o número de motoristas conforme a demanda. Se não tem corrida, não coloco mais gente na rua.”
A meta é clara: manter a taxa de atendimento acima de 75%. Abaixo disso, entra o diagnóstico: problema de preço? De engajamento? De estratégia?
Três modelos, uma filosofia
A plataforma se adapta à realidade local com três formatos de cobrança: mensalidade, taxa por corrida ou porcentagem. “Em Rondônia, funciona com mensalidade. Em Foz do Iguaçu, não. Cada cidade tem seu jeito — e a gente respeita.”
Apesar de a porcentagem ser mais lucrativa, o que move David é ver a operação funcionando. “Ver o motorista feliz, com brilho nos olhos, dizendo que está bem… isso me dá mais retorno do que qualquer porcentagem.”
Marketing com identidade: rosto, voz e ação
A Rápidocar mantém uma produtora e agência interna, para garantir que a comunicação traduza a cultura da empresa. “Passamos muita raiva com empresas externas que não entendiam nosso mercado. Hoje, quem está com a gente vive a dor e entrega resultado.”
E a estratégia para entrar em novas cidades é simples: não existe receita única. Em alguns lugares, bastou um post. Em outros, o boca a boca. E, às vezes, até uma “treta” ajudou.
Relacionamento como prioridade em 2025
Para 2025, a meta é clara: aprofundar relacionamentos. “Queremos ser mais do que um aplicativo. Queremos ser reconhecidos como empresa séria, com rosto, voz e história.”
David se posiciona como esse rosto. “Você conhece quem é o rosto da 99? Não. Mas conhece o da Havan, né? Pois é. Quando falarem ‘Rápidocar’, quero que saibam quem está por trás.”
Resultados reais, histórias que emocionam
A média de corridas mensais gira em torno de 450 mil. E os ganhos dos motoristas variam. “Tem gente fazendo R$ 3 mil, R$ 5 mil… e tem quem tira R$ 16 mil por mês.”
Uma das histórias mais marcantes é a de um casal que revezava o mesmo carro e, em dezembro, fez R$ 20 mil em corridas. “Almoçavam no carro. Deram o sangue. Hoje, cada um tem seu carro novo.”
Outra história é a de um pai de criança com autismo que encontrou na Rápidocar flexibilidade e renda suficiente para cuidar do filho. “Essas são as histórias que me movem”, diz David, emocionado.
Sorteios, presença e verdade como diferencial
A Rápidocar está organizando seu maior sorteio até hoje: 15 celulares, 3 TVs, vouchers de corrida e prêmios surpresa. Mas o objetivo não é marketing — é relacionamento.
“Queremos mostrar que Dona Maria ganhou, sim. Que o prêmio foi entregue. E que a gente está aqui, de verdade. Para fidelizar, não para aparecer.”
E o futuro?
David sonha com um reconhecimento nacional. Mas não pressiona com metas de cidades ou faturamento. “Chegamos até aqui sem isso. Agora é manter a qualidade — e deixar o resto ser consequência.”
Se tivesse que dar um conselho a si mesmo no início, ele diria: “Pare de ouvir quem não está fazendo nada. Acredita, trabalha e faz acontecer.”