Você pode até não gostar do que eu vou dizer, talvez até se chateie comigo, mas é um fato incontestável que ser motorista Uber não acrescenta uma vírgula sequer ao teu currículo profissional.
Diferente de todas as demais atividades, por mais nobres ou simples que sejam, em que as pessoas entram no chão de fábrica e, em muitos casos, chegam ao cargo de diretor ou CEO da empresa.
Como motorista Uber, você pode ficar cinco, dez ou mais anos, ter 50.000 viagens realizadas, e daí?
Se você colocar isso no seu currículo e postular um cargo numa empresa colocando essa experiência como motorista Uber, o recrutador vai dizer: “Tá. Significa nada. Não pesa absolutamente nada.”
Você já parou para pensar sobre isso?
Sabe o que significa chegar à conclusão de que essa atividade, por mais anos que se permaneça, não acrescenta nada ao tempo de serviço para postular algo melhor no futuro? Isso significa que esta atividade deve ser passageira, deve ser transitória. Deve ser um momento ou um complemento para você, e você deve, sim, ficar atento às oportunidades que ela te oferece.
Já falei sobre isso algumas vezes e vou continuar batendo nesta tecla, porque não adianta a gente reclamar se a gente não faz nada para mudar a situação. Lembre-se: quem entrou em 2018 ou 2019 num supermercado como caixa, hoje dificilmente é caixa ainda. Ele já estará em outra função.
Ele está crescendo porque toda empresa que se preza tem plano de cargos e salários. Na Uber, isso não existe — não pelo menos para motoristas.
Reflita sobre isso: daqui a 10 anos, onde você quer estar? Como motorista Uber? Tem certeza, pelo menos dependendo exclusivamente dessa atividade?
Eu recomendo fortemente que você repense o seu plano de futuro.
Um abraço e até o próximo encontro. Fui.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do 55content.
