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“90% dos entregadores do iFood trabalham, em média, apenas 3 horas por dia”, diz CEO do iFood

Diego Barreto
Diego Barreto Foto: Reprodução/TV Senado

Diego Barreto diz que iFood concorda com a necessidade de proteção social e cidadania pela previdência, mas a forma como a proposta está estruturada é inviável.

Durante a audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para debater as condições de trabalho por aplicativos, Diego Barreto, CEO do iFood, defendeu a necessidade de regulamentação no setor. Em um discurso que mesclou dados e argumentos enfáticos, o executivo destacou o papel da empresa como um “ecossistema de conveniência” e afirmou que o iFood já implementa diversas medidas de proteção social, mesmo antes de exigências legais.

“O iFood é muito mais do que uma empresa de logística. Somos um grande gerador de tráfego que permite que pequenos comerciantes sonhem com um comércio maior. Atuamos em mais de 1.500 cidades brasileiras, conectando consumidores e estabelecimentos”, explicou Barreto. Ele ressaltou que 70% dos cerca de 400 mil estabelecimentos cadastrados na plataforma são pequenos negócios, como vendedores de pastel e tapioca.

O executivo apresentou dados que desafiam percepções comuns sobre o trabalho de entregadores. Segundo Barreto, dos 1,2 bilhão de pedidos entregues pelo iFood neste ano, 40% foram realizados por entregadores da plataforma, enquanto 60% foram feitos diretamente pelos estabelecimentos. “É importante desmistificar a ideia de que todo entregador com uma mochila do iFood está trabalhando para a nossa plataforma naquele momento. Muitos deles atuam diretamente para restaurantes”, afirmou.

Barreto também apontou que 90% dos entregadores conectados ao iFood trabalham menos de 90 horas por mês, o que equivale a três horas diárias. Apenas 1% ultrapassa 180 horas mensais. Ele argumentou que os números refletem a realidade do setor, com maior demanda nos horários de almoço e jantar.

Ao longo de sua fala, o CEO enfatizou que o iFood não só apoia a regulamentação do setor, como já implementa iniciativas nesse sentido desde 2019, incluindo seguro para entregadores em rota, que cobre acidentes, afastamento por incapacidade e óbito. “Desde 2019, 100% dos entregadores em rota estão cobertos. Isso é algo que já oferecemos independentemente de uma exigência legal”, destacou.

Barreto também mencionou que o iFood corrige os valores repassados aos entregadores pela inflação e, em momentos de crise, como o aumento dos combustíveis, realizou ajustes extraordinários. Além disso, a empresa utiliza telemetria para monitorar a segurança nas entregas, enviando alertas quando há excesso de velocidade, e oferece assessoria jurídica gratuita para entregadores em casos de preconceito, racismo ou outras situações de vulnerabilidade.

Apesar de apoiar a regulamentação, Barreto criticou um ponto específico do projeto de lei em discussão no Congresso, que exige que empresas depositem 100% das contribuições previdenciárias. “Concordamos com a necessidade de proteção social e cidadania, mas a forma como a proposta está estruturada é inviável. No Brasil, é proibido que empresas depositem diretamente em nome de terceiros para a previdência. Ainda assim, somos favoráveis a contribuir significativamente mais do que os entregadores”, afirmou.

O executivo concluiu reiterando que o iFood quer fazer parte da construção de um modelo mais justo e sustentável. “Não temos problema algum em assumir os custos necessários para promover cidadania e proteção social. Isso é nossa responsabilidade como líderes do setor”, finalizou.

A audiência pública reuniu representantes de empresas, trabalhadores e especialistas para discutir os desafios e caminhos para regularizar o trabalho por aplicativo, uma questão que afeta milhões de brasileiros. A decisão do STF pode marcar um novo capítulo na relação entre tecnologia e direitos trabalhistas no país.

Diego Barreto diz que entregadores do iFood estão cobertos por um seguro de acidentes e que a empresa corrige os valores repassados aos trabalhadores pela inflação. 

Durante a audiência pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para debater as condições de trabalho por aplicativos, Diego Barreto, CEO do iFood, defendeu a necessidade de regulamentação no setor. Em um discurso que mesclou dados e argumentos enfáticos, o executivo destacou o papel da empresa como um “ecossistema de conveniência” e afirmou que o iFood já implementa diversas medidas de proteção social, mesmo antes de exigências legais.

“O iFood é muito mais do que uma empresa de logística. Somos um grande gerador de tráfego que permite que pequenos comerciantes sonhem com um comércio maior. Atuamos em mais de 1.500 cidades brasileiras, conectando consumidores e estabelecimentos”, explicou Barreto. Ele ressaltou que 70% dos cerca de 400 mil estabelecimentos cadastrados na plataforma são pequenos negócios, como vendedores de pastel e tapioca.

O executivo apresentou dados que desafiam percepções comuns sobre o trabalho de entregadores. Segundo Barreto, dos 1,2 bilhão de pedidos entregues pelo iFood neste ano, 40% foram realizados por entregadores da plataforma, enquanto 60% foram feitos diretamente pelos estabelecimentos. “É importante desmistificar a ideia de que todo entregador com uma mochila do iFood está trabalhando para a nossa plataforma naquele momento. Muitos deles atuam diretamente para restaurantes”, afirmou.

Barreto também apontou que 90% dos entregadores conectados ao iFood trabalham menos de 90 horas por mês, o que equivale a três horas diárias. Apenas 1% ultrapassa 180 horas mensais. Ele argumentou que os números refletem a realidade do setor, com maior demanda nos horários de almoço e jantar.

Ao longo de sua fala, o CEO enfatizou que o iFood não só apoia a regulamentação do setor, como já implementa iniciativas nesse sentido desde 2019, incluindo seguro para entregadores em rota, que cobre acidentes, afastamento por incapacidade e óbito. “Desde 2019, 100% dos entregadores em rota estão cobertos. Isso é algo que já oferecemos independentemente de uma exigência legal”, destacou.

Barreto também mencionou que o iFood corrige os valores repassados aos entregadores pela inflação e, em momentos de crise, como o aumento dos combustíveis, realizou ajustes extraordinários. Além disso, a empresa utiliza telemetria para monitorar a segurança nas entregas, enviando alertas quando há excesso de velocidade, e oferece assessoria jurídica gratuita para entregadores em casos de preconceito, racismo ou outras situações de vulnerabilidade.

Apesar de apoiar a regulamentação, Barreto criticou um ponto específico do projeto de lei em discussão no Congresso, que exige que empresas depositem 100% das contribuições previdenciárias. “Concordamos com a necessidade de proteção social e cidadania, mas a forma como a proposta está estruturada é inviável. No Brasil, é proibido que empresas depositem diretamente em nome de terceiros para a previdência. Ainda assim, somos favoráveis a contribuir significativamente mais do que os entregadores”, afirmou.

O executivo concluiu reiterando que o iFood quer fazer parte da construção de um modelo mais justo e sustentável. “Não temos problema algum em assumir os custos necessários para promover cidadania e proteção social. Isso é nossa responsabilidade como líderes do setor”, finalizou.

A audiência pública reuniu representantes de empresas, trabalhadores e especialistas para discutir os desafios e caminhos para regularizar o trabalho por aplicativo, uma questão que afeta milhões de brasileiros. A decisão do STF pode marcar um novo capítulo na relação entre tecnologia e direitos trabalhistas no país.

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