No iFood Move, Bruno Henriques e Arthur Freitas conversaram sobre os planos futuros para as iniciativas do iFood.
Durante o evento iFood Move 2024, Bruno Henriques, presidente do iFood Pago, e Arthur Freitas, diretor geral do iFood Benefícios, destacaram as principais iniciativas e inovações das duas vertentes da plataforma. Ambos discutiram como o iFood está transformando a relação com restaurantes e empresas por meio de soluções tecnológicas e financeiras.
Henriques relembrou o papel do iFood durante a pandemia, mencionando que a empresa destinou R$200 milhões para ajudar restaurantes em momentos críticos: “O iFood está perto do restaurante e, ao percebermos que precisávamos ajudar financeiramente, surgiu o iFood Pago. O grande diferencial do iFood Pago é que nenhum banco tradicional conseguirá entender a cabeça do dono de um restaurante como nós”, afirmou.
Outro ponto abordado por Henriques foi a expansão do iFood Pago, que tem como meta alcançar R$1 bilhão em crédito até março de 2024: “Nossa ambição é crescer com consistência, para que o impacto na vida dos restaurantes seja positivo. Crescer de forma responsável é a chave para o sucesso a longo prazo”, disse Henriques, destacando que o setor de restaurantes continuará sendo o foco principal por enquanto, sem planos de expansão para os mercados.
Henriques destacou que o iFood tem uma visão mais holística do restaurante: “Os grandes bancos vão olhar para as dívidas, como uma conta de energia atrasada, e negar o crédito. O que importa para nós é se o restaurante está crescendo, se os clientes estão voltando. Isso é um dado fundamental. Com base nisso, conseguimos conceder crédito, atrelando o recebível das vendas dentro do iFood ao pagamento das parcelas”, explicou. Ele também enfatizou que o iFood evita colocar os restaurantes em situações de pressão financeira, limitando o pagamento das parcelas a um percentual do fluxo de vendas.
Quando questionado sobre o crescimento do iFood Pago e as expectativas futuras, Henriques revelou que a meta é atingir R$1 bilhão em crédito até março de 2024, subindo dos atuais R$700 milhões: “É um banco que está crescendo e queremos fazer isso com responsabilidade. Acreditamos que o iFood Pago tem o potencial de ser tão grande quanto o iFood em dez anos”, comentou.
Arthur Freitas, por sua vez, abordou o iFood Benefícios, que tem o objetivo de democratizar o acesso a benefícios corporativos, como vale-alimentação e refeição: “O iFood Benefícios foi construído dentro do iFood, com um DNA de tecnologia e inovação. Nosso produto tem taxas mais acessíveis para os restaurantes e oferece flexibilidade para os colaboradores, permitindo o uso em diversos estabelecimentos”, explicou Freitas.
Freitas também destacou que o iFood Benefícios está conectado diretamente à plataforma iFood, o que facilita o uso dos vales em milhões de estabelecimentos no país. Ele explicou que o produto tem três grandes públicos: restaurantes, colaboradores e empresas: “Nosso produto tem taxas mais baixas para os restaurantes, abaixo de 3%, o que ajuda o restaurante a reter mais dinheiro. Para o colaborador, oferecemos flexibilidade no uso do saldo, que pode ser utilizado tanto em supermercados quanto em restaurantes. Já para as empresas, oferecemos uma plataforma de gestão simplificada, permitindo que o colaborador gerencie seus próprios benefícios, o que reduz o trabalho do RH”, afirmou.
Respondendo a uma pergunta sobre o impacto regulatório no setor de benefícios corporativos, Freitas comentou as mudanças recentes que visam modernizar o mercado. “Houve um decreto em 2023 que trouxe três grandes alterações: o fim dos rebates, que afetavam negativamente os restaurantes, a interoperabilidade entre arranjos de pagamento e a portabilidade dos benefícios. Essas mudanças estão em vigor, mas ainda há discussões sobre como implementá-las de forma a não prejudicar nenhum dos stakeholders”, disse Freitas.
Por fim, Henriques e Freitas reforçaram o compromisso do iFood em continuar oferecendo soluções que impactem positivamente o ecossistema de restaurantes e empresas, com metas ambiciosas para os próximos anos: “Crescer com consistência e responsabilidade é o caminho para garantir que, daqui a dez anos, tanto o iFood Pago quanto o iFood Benefícios possam ser protagonistas no mercado”, concluiu Henriques.