Durante o evento iFood Move, Diego Barreto falou sobre o uso de drones para entregas no futuro.
Durante o evento iFood Move, Diego Barreto, CEO do iFood, foi questionado sobre o uso de drones para entregas no futuro. Em sua resposta, ele abordou tanto as possibilidades tecnológicas quanto as limitações práticas dessa inovação.
Barreto começou afirmando que, do ponto de vista tecnológico, o uso de drones para entregas é totalmente viável. No entanto, ele destacou que essa realidade não deve se concretizar em curto prazo para entregas domiciliares convencionais. “A notícia legal é que isso é totalmente possível do plano de vista tecnológico. A triste é que você não vai ver ele chegar na sua casa”, afirmou.
Segundo o CEO, o principal obstáculo está na estrutura urbana das cidades, que não foram planejadas para receber drones como parte de seu sistema de entregas. “Se um drone cair do céu em você, você morre”, observou, reforçando a seriedade da questão.
Ele explicou que o processo de testes com drones passa pela aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e que, assim como ocorre com aviões, o uso do espaço aéreo para drones exige regulamentação: “O processo nosso de todos os testes de entregas que a gente faz em drone passa antes por ANAC. Eu tenho que aprovar o aluguel do espaço aéreo assim como o avião”, comentou. Além disso, ele mencionou que drones comerciais são equipados com paraquedas para mitigar os riscos em caso de falhas.
Barreto também ressaltou que, embora a entrega por drones de casa em casa não seja viável em muitas áreas devido à presença de fios, prédios altos e outras barreiras, a tecnologia pode ser útil em situações específicas. Ele citou como exemplo um teste realizado em Campinas, onde um drone foi utilizado para atravessar uma rodovia e entregar mercadorias de um shopping a um condomínio com cinco mil moradores.