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Associação se posiciona contra ação que favorece o iFood

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
A imagem mostra um smartphone com a tela exibindo o logo do iFood, posicionado no centro de um prato branco. O prato está sobre uma superfície vermelha, e ao redor dele há talheres e uma xícara, sugerindo um cenário de refeição.
Foto: Reprodução/ iFood

A Abrasel considera uma medida injusta apoiar grandes plataformas com o teto de R$ 15 milhões de programa emergencial.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) declarou sua indignação com a decisão judicial que permite ao iFood manter os benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

O Perse foi instituído em 2021 com o objetivo de permitir que empresas do setor de eventos pudessem negociar seus débitos inscritos em dívida ativa com desconto, levando em consideração o período de pandemia e calamidade pública vivida no Brasil em 2020.

Dessa forma, a Abrasel se pronunciou sobre o caso: “A Associação considera inaceitável e imoral que uma empresa que prosperou durante a pandemia, com crescimento exponencial e lucros substanciais, agora busque de forma moralmente questionável, ainda que legal, se apropriar dos escassos recursos públicos destinados a bares e restaurantes que estão lutando para se recuperar dos efeitos econômicos devastadores desse período”.

E ainda explica que, durante a crise, enquanto bares e restaurantes lidavam com severas restrições, fechamentos forçados e uma queda acentuada no faturamento, o iFood experimentava um crescimento significativo no volume de pedidos de delivery.

“É inconcebível que uma empresa que se beneficiou amplamente da pandemia, enquanto outros amargavam prejuízos, agora tente se apropriar de um programa de recuperação que deveria priorizar os verdadeiramente prejudicados”, diz a associação.

A Abrasel ainda ressalta que, segundo pesquisa própria, cerca de 40% dos bares e restaurantes estão com pagamentos em atraso. Dessa forma, explicam que, com um teto de R$ 15 bilhões do Perse, auxiliar grandes plataformas como o iFood é uma “medida injusta”.

Por fim, a Abrasel anuncia que espera que o iFood desista da sua reivindicação pelos recursos do Perse.

A equipe do 55content entrou em contato com a equipe do iFood que nos enviou o seguinte posicionamento:

“O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) foi criado em 2021 para apoiar empresas ligadas direta ou indiretamente ao setor de eventos, incluindo bares e restaurantes. A atividade de intermediação foi incluída no escopo do programa. O iFood teve seu direito a aderir ao programa confirmado pela Justiça, por meio de decisão provisória favorável, em agosto de 2023. Em 2024, a Receita Federal validou a adesão da empresa. Como ainda aguardamos uma decisão final sobre o caso, não houve impacto nos resultados da empresa.”

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Redação 55content

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