Luciana Marçura defendeu a necessidade de autonomia com direitos e enfatizou a importância de um ganho justo para os motoristas durante audiência em Curitiba.
Luciana Marçura, motorista pela Lady Driver em Sorocaba, participou da audiência pública em Curitiba, onde apresentou sugestões e críticas sobre a regulamentação dos motoristas de aplicativo.
Luciana enfatizou o modelo de pagamento da Lady Driver, que inclui “pagamento por quilômetro, por minuto, dinâmico com multiplicador e uma tarifa fixa de 25%”. Ela comparou esse modelo ao da inDrive, que opera com uma taxa de 10%, questionando: “Por que os grandes aplicativos não conseguem fazer o mesmo?”
Luciana destacou a presença significativa da Lady Driver no Brasil, mencionando que a empresa opera em 150 cidades e conta com 115 mil motoristas mulheres. Ela defendeu a necessidade de “autonomia com direitos” e enfatizou a importância de um “ganho justo” para os motoristas.
Segundo ela, com um ganho justo, os motoristas poderiam arcar com suas contribuições ao INSS e ao MEI: “Nós queremos um ganho justo. A partir do momento em que a gente tem um ganho justo, a gente paga o nosso INSS e o nosso MEI”, afirmou Marçura.
Marçura também criticou a falta de conhecimento prático de alguns legisladores sobre a realidade dos motoristas de aplicativo: “Não é um deputado que nunca sentou atrás de um volante que deve decidir quanto ganhamos”, declarou.
Ela sugeriu que os deputados experimentassem ser motoristas de aplicativo por um dia para entenderem melhor a situação. “Fica um desafio para todos os deputados federais, estaduais e vereadores: sejam motoristas de aplicativo por um dia. Daí, com certeza, todos vão poder opinar sobre quanto nós devemos ganhar e quanto devemos pagar”, completou Luciana.