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“Desde 2020 a gente é a favor da Previdência”: CEO do iFood fala sobre regulamentação

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Diego BarretoFoto: Divulgação/iiFood

Em entrevista para a rádio CBN, Diego Barreto destaca pioneirismo do iFood em políticas públicas desde 2018 e defende necessidade de reformas na Previdência Social para garantir direitos dos trabalhadores de aplicativos..

Nessa semana, Diego Barreto, CEO do iFood, concedeu uma entrevista à rádio CBN, onde discutiu a regulamentação dos entregadores e as políticas públicas da empresa. 

Texto produzido com informações da rádio CBN.

Barreto destacou a evolução da visão do iFood sobre a necessidade de proteção social para os entregadores, enfatizando que a empresa foi pioneira em diversas iniciativas: “Políticas públicas estão sob minha responsabilidade desde 2018. Quando o iFood nem tinha logística. Esse tema nasceu comigo lá dentro”, afirmou. 

Ele conta que a empresa iniciou suas operações de logística em um processo de aprendizado contínuo: “A nossa logística começa ensinando pra gente um monte de coisas. A gente vai pra rua. As pessoas falam como funciona. A gente conversa. Começa a entender que as pessoas são diferentes”.

O CEO afirma que, desde 2019, o iFood oferece seguro contra acidentes, invalidez, afastamento e óbito para todos os entregadores: “A gente foi a primeira empresa do Brasil a fazer. A gente trouxe esse produto do Brasil. Nem existia no Brasil”, ressaltou.

De acordo com ele, em 2020, a empresa ampliou suas iniciativas, defendendo a necessidade de políticas públicas para garantir a proteção social dos entregadores: “Desde 2020, a gente é a favor da proteção social. Desde 2020, a gente é a favor da Previdência”, disse. 

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Entre as ações que ele afirma que foram implementadas pelo iFood, estão licença maternidade para entregadoras grávidas, programas de graduação no ensino médio e acesso a medicamentos mais baratos e telemedicina.

No entanto, a questão da Previdência Social continua sendo um desafio: “Eu não posso depositar em seu nome sem ter uma relação trabalhista de CLT. Nós precisamos mudar essa lei”, explicou Barreto. Ele reiterou que a empresa está comprometida em encontrar soluções: “Nós precisamos achar agora o meio termo para a gente chegar nessa equação final”.

Barreto também abordou as negociações em andamento com o governo e outros stakeholders: “A gente teve um grupo de trabalho que funcionou o ano passado inteiro em que a gente ia pra mesa. Isso não quer dizer que não haja respeito, bom senso, que as pessoas não estejam procurando um ponto comum”, afirmou. Segundo ele, as discussões continuam de forma bilateral, com reuniões frequentes com a equipe do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

O principal obstáculo, de acordo com Barreto, é a forma como a Previdência foi proposta: “O iFood contribui numa proporção imensamente maior do que a do entregador. O iFood tá ok com isso? 100%. Qual é o problema? O problema é que a maioria das pessoas que trabalham na plataforma trabalham para fazer complemento de renda”, explicou. Ele destacou que, atualmente, apenas 5% dos entregadores se beneficiam da contribuição ao longo de suas vidas, o que considera insustentável.

Barreto sugeriu que o modelo adotado para empregadas domésticas no Brasil poderia servir de exemplo para solucionar esse impasse: “Existe esse equacionamento já no Brasil. Então, esse é um exemplo que a gente pode usar. É atrás disso que a gente tá agora pra tentar encontrar esse consenso com o governo”, concluiu.

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Redação 55content

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