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“É o fim dos negócios”, diz representante da Uber sobre saída de cidade

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Motorista
A imagem mostra um martelo de juiz em um fundo laranja, simbolizando uma decisão judicial, ao lado de um smartphone exibindo o logotipo da Uber. A composição sugere uma conexão entre a empresa de transporte por aplicativo e questões legais ou judiciais.

Projeto de lei quer estabelecer um salário mínimo equivalente a R$ 4 por km e 2,53 por minuto, cerca de R$80 por hora.

Um projeto de lei que estabelece um salário mínimo de US$ 15,57, cerca de R$ 80, para motoristas de transporte compartilhado está em discussão na legislatura estadual de Minnesota. Caso seja aprovado, empresas como Uber e Lyft afirmam que deixarão o estado. Esta reação ocorreu após líderes e legisladores do partido DFL (Partido Democrático Agricultor Trabalhista) de Minnesota anunciarem na segunda-feira um consenso sobre regulamentações para o setor.

A proposta, discutida em comitê da Câmara na terça-feira, sugere um salário mínimo de US$ 1,27 por milha e 49 centavos por minuto. A medida foi aprovada pelo comitê com votos de 8 a 4. Apesar do acordo com a Câmara Municipal de Minneapolis para chegar a esses valores, as empresas de transporte não participaram das negociações. As taxas propostas são menores do que as sugeridas inicialmente pela cidade de Minneapolis – US$ 1,40 por milha e 51 centavos por minuto  –, mas superiores às recomendadas em um estudo do Departamento do Trabalho e Indústria de Minnesota.

Este estudo analisou cerca de 18 milhões de viagens, concluindo que as tarifas propostas elevariam o salário dos motoristas ao mínimo local de US$ 15,57, cerca de R$ 80, por hora. 

Durante a audiência de terça-feira, segundo a CBN News, representantes de Uber e Lyft testemunharam, reiterando que as empresas deixariam o estado se a legislação fosse aprovada e destacando que não foram incluídas nas discussões.

“O que está neste relatório… é o fim dos negócios para Minnesota e não podemos apoiá-lo no nível em que está”, afirma o representante do Uber, Joel Carlson. “Queremos que isso seja resolvido. Trabalhamos diligentemente para chegar lá. Achamos que podemos chegar lá, mas ainda não chegamos lá.”

Eid Ali, presidente da associação de motoristas de Uber e Lyft, considera a legislação uma vitória para a categoria e urge seu avanço: 

“Não há nenhum número que satisfaça a Uber e a Lyft. Todos esses motoristas estão esperando e querem ver você apoiá-los e dar-lhes os direitos que merecem.”

Por outro lado, o líder da maioria na Câmara, Jamie Long, do partido DFL-Minneapolis, um dos principais negociadores, acredita que as empresas estão blefando sobre sua saída e mantém aberta a possibilidade de novos acordos: 

“Se o seu modelo de negócios depende de manter as pessoas na pobreza, você não tem um negócio viável em Minnesota.”

Outras vozes no legislativo expressam preocupações com as consequências da proposta, temendo um aumento significativo nos custos para os usuários, tornando o serviço proibitivo. Se a lei for aprovada, o conselho municipal ajustará suas normas para alinhar-se às taxas estaduais. Long afirmou que ainda estão em negociações, prometendo mais diálogo com as empresas.

“Se o que eles dizem for verdade, que o custo poderia aumentar de 18 a 25%, eu não o farei, e muitos, muitos outros não poderão usar o programa. Será muito caro”, disse o deputado Joe McDonald.

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Redação 55content

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