Protestos e reclamações das taxas nos EUA levantam atenção para o relacionamento com os colaboradores.
Nesta quinta-feira (22), o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, esteve presente em uma palestra em Bengaluru, Índia, e comentou sobre a valorização dos motoristas na plataforma. Dara relembrou a relação com seus colaboradores antes e depois da pandemia.
Em um momento de isolamento e recolhimento mundial, a empresa se viu garantida com seus motoristas: “Antes da Covid, eu diria, apenas para ser autocrítico, que considerávamos nossos motoristas como garantidos no emprego até certo ponto”, comentou o dirigente.
A covid foi um divisor de águas para levantarem questões necessárias para os trabalhadores: “Depois da covid, nós realmente começamos a focar nas necessidades dos motoristas”, afirma Khosrowshahi. Mas o CEO também lembrou das falhas: “Em geral, tínhamos excesso de oferta, éramos uma empresa muito mais focada no consumidor, e o cliente sempre tinha razão”.
Com mais de seis milhões de motoristas cadastrados, a Uber está focada em melhorar e atender também às necessidades daqueles que um dia já foram seus clientes, com a vinda para o mercado de corridas e entregas.
Dara aproveitou a palestra para comentar também sobre a expansão do mercado de entregas, com a Uber Eats, que precisou acompanhar e se atualizar, recebendo cadastros de pessoas que não tiveram oportunidades em outras áreas.
Os protestos nos EUA trouxeram à tona as reclamações dos motoristas sobre a grande concorrência e altas taxas, dificultando os ganhos em um trabalho autônomo. No Brasil, corre o processo, no qual, o Supremo Tribunal Federal, vai julgar um recurso da Uber que trata da relação de trabalho entre motoristas e a plataforma.