Um estudo da Mobiauto revela as preferências nacionais e a liderança da Fiat, seguida pela Volkswagen e Chevrolet no mercado de veículos usados.
A Mobiauto, um dos principais marketplaces de veículos novos e usados do Brasil, conduziu um estudo sobre os carros seminovos mais buscados em sua plataforma de janeiro a dezembro de 2023. Analisando os milhões de acessos mensais ao site, os pesquisadores identificaram padrões notáveis na intenção de compra dos usuários.
O processo de coleta de dados foi direto: somaram-se os cliques em cada modelo para determinar os resultados. Dadas as opções de veículos disponíveis na Mobiauto, a análise se concentrou nos 50 modelos seminovos mais populares, abrangendo veículos dos anos 2023, 2022 e 2021.
- Fiat Argo – 5,20%
- Fiat Strada – 4,57%
- Volkswagen Gol – 3,99%
- Hyundai HB20 – 3,86%
- Fiat Mobi – 3,79%
- Jeep Renegade – 3,71%
- Fiat Toro – 3,64%
- Chevrolet Onix – 3,53%
- Toyota Corolla – 3,33%
- Fiat Cronos – 3,25%
- Fiat Uno – 3,14%
- Renault Kwid – 3,12%
- Volkswagen Voyage – 2,78%
- Peugeot 208 – 2,73%
- Chevrolet Tracker – 2,70%
- Citroën C4 Cactus – 2,67%
- Jeep Compass – 2,48%
- Volkswagen T-Cross – 2,33%
- Fiat Pulse – 2,25%
- Chevrolet Onix Plus – 2,22%
- Nissan Kicks – 2,12%
- Hyundai Creta – 1,98%
- Volkswagen Nivus – 1,95%
- Toyota Corolla Cross – 1,75%
- Hyundai HB20S – 1,58%
- Fiat Fiorino – 1,57%
- Chevrolet S10 Cab. Dupla – 1,55%
- Volkswagen Saveiro – 1,52%
- Nissan Versa – 1,33%
- Renault Logan – 1,30%
- Volkswagen Virtus – 1,30%
- Peugeot 2008 – 1,22%
- Renault Duster – 1,21%
- Chevrolet Spin – 1,19%
- Fiat Grand Siena – 1,17%
- Renault Captur – 1,02%
- Volkswagen Polo – 0,95%
- Nissan Frontier – 0,91%
- Toyota Hilux Cab. Dupla – 0,91%
- Renault Sandero – 0,88%
- Ford Ka – 0,82%
- CAOA Chery Tiggo 3X – 0,81%
- Fiat Doblo – 0,78%
- Chevrolet Cruze – 0,77%
- Hyundai Tucson – 0,74%
- Honda City – 0,68%
- CAOA Chery Tiggo 8 – 0,64%
- Ford Territory – 0,64%
- Hyundai HB20X – 0,60%
- Honda Civic – 0,58%
Algumas descobertas interessantes incluem:
- A procura por SUVs usados é baixa, com apenas o Jeep Renegade entre os dez mais buscados.
- A Fiat domina a lista, com metade dos dez modelos mais acessados, destacando-se em diversas categorias de veículos.
Sant Clair de Castro Jr., economista, consultor automotivo e CEO da Mobiauto, salienta a dominância da Fiat no mercado de seminovos no Brasil. “Note que a marca tem a picape campeã e a vice no volume de acessos, que são a Strada e Toro. Tem também o hatch, que é o Argo, primeiro colocado no ranking geral. Mas ainda possui o subcompacto mais acessado (Mobi) e o sedã compacto (Cronos)”, cita o executivo. “Dá para dizer que boa parte das compras de carros seminovos no Brasil passa muito próximo (ou acerta em cheio) algum carro da Fiat”.
- Fiat – 29,33%
- Volkswagen – 14,88%
- Chevrolet – 11,96%
- Hyundai – 8,86%
- Renault – 7,62%
Na lista dos 50 carros seminovos mais buscados, a Fiat lidera com uma participação de 29,33% no total de buscas, superando as somas das marcas Volkswagen e Chevrolet, que ocupam o segundo e terceiro lugar, respectivamente. A Hyundai e a Renault aparecem consecutivamente. As cinco marcas mais procuradas representam 72,65% das vendas de seminovos, mostrando que a maioria das vendas se concentra em apenas algumas marcas.
“Por mais que tenhamos um mercado extremamente competitivo, onde mais de 30 marcas diferentes batalham pelo consumidor, a verdade é que somente 5 delas acumulam 72,65% das vendas de seminovos. Isso quer dizer que 3 em cada 4 seminovos vendidos são produzidos por uma delas”, comenta Castro Jr.
Este cenário nos seminovos difere ligeiramente do mercado de carros novos, onde as cinco principais marcas somam 70,07% das vendas: Fiat, VW, Chevrolet, Toyota e Hyundai. “Isso mostra um avanço significativo da Renault entre os seminovos mais procurados, visto que a marca destrona a Toyota dentre as cinco mais acessadas. Por certo, o ticket médio de modelos da marca francesa, que é bem mais baixo que o da Toyota, produz essa realidade, mas não deixa de ser um mérito e tanto para os modelos Renault”, aponta Sant Clair de Castro Jr.