Samuel de Almeida, criador do canal “Falando de Uber” no YouTube, com 147 mil inscritos, destaca-se como referência para motoristas de aplicativos de transporte, especialmente no Rio de Janeiro, face à regra que obriga uso constante de ar condicionado.
Esta regra, que afeta categorias econômicas como UberX e 99Pop, tem gerado discussões e preocupações financeiras entre os motoristas.
Com o decreto da Secretaria de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, Samuel identificou uma crescente frustração entre seus colegas motoristas. A exigência do ar-condicionado representa um aumento nos custos operacionais para os motoristas. O agravante, segundo Samuel, é a falta de ajuste nas tarifas pela Uber, que não tem sido revisada há anos. “Os motoristas estão se sentindo espremidos entre as exigências regulatórias e a falta de compensação financeira”, explica Samuel.
Em resposta a esta situação, Samuel iniciou uma campanha: sugere que os motoristas fiquem offline durante as horas mais quentes do dia, das 10 da manhã às 4 da tarde. Esta proposta busca pressionar a Uber a reconsiderar as tarifas, além de ser uma medida para mitigar os custos adicionais com o uso do ar-condicionado. “É uma maneira de nos fazer ouvir sem prejudicar os passageiros”, afirma Samuel.
O movimento ganhou tração através de um vídeo criado por Samuel, que foi divulgado entre os motoristas e outros influenciadores do setor.Ele também postou uma enquete na seção Comunidade do canal para saber a opinião dos motoristas sobre a sua campanha. A resposta foi clara: de 2.200 votos, 83% apoiaram a iniciativa de Samuel.
No entanto, o vídeo foi removido pelo YouTube a pedido da Uber, sob alegações de uso indevido da marca. Samuel contesta essa acusação, enfatizando que evita usar a logomarca da Uber e que seu canal é dedicado a apoiar os motoristas. “Meu canal foi criado para ajudar, não para criar conflitos”, assegura Samuel.
A equipe do 55 contatou a Uber para obter um posicionamento oficial, mas ainda não recebeu resposta. Atualizaremos a matéria assim que tivermos uma resposta da empresa.
Errata: Publicamos que o decreto foi assinado pelo prefeito do Rio de Janeiro. A informação correta é que o decreto foi assinado pelo secretário estadual de defesa do consumidor do Rio de Janeiro Gutemberg Fonseca.