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Inspirada em Tarantino, hamburgueria faz mais de 4 mil entregas por mês

Um homem está sorrindo amplamente e segurando em direção à câmera um grande e apetitoso hambúrguer recheado com vários ingredientes, incluindo o que parece ser cebolas crocantes, bacon, queijo, alface e tomate. O homem está usando uma camiseta preta com um logotipo branco, e o fundo sugere um cenário ao ar livre, possivelmente um restaurante à beira da rua. Ele parece muito orgulhoso ou entusiasmado com o hambúrguer.

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Fundado em 2013, o Big Kahuna Burger é sucesso de vendas e tem salão inspirado em filmes do produtor americano.

A hamburgueria Big Kahuna surge em meio a diversos restaurantes da capital paulista e abre espaço para receitas feitas na churrasqueira. Com hambúrguer na brasa, a casa especialista em bacon já soma duas indicações de melhor hambúrguer de São Paulo, em eleição realizada pela Revista Veja, no Escolha Popular. 

A inspiração do nome vem do sonho do dono, Renato Veras, de ligar a sua paixão pelos filmes do Tarantino com o dom da culinária. Pensando nisso, Big Kahuna é a lanchonete citada no filme: “Pulp Fiction”, com toda a inspiração do salão e cardápio à moda do premiado cineasta.

Conte o início da história do restaurante.

A casa recebeu seu CNPJ em dezembro de 2012, e abriu no dia 24 de janeiro de 2013. Hoje temos cerca de 11 anos e meio. Eu sou o fundador da casa, nós somos dois sócios, minha esposa e eu, desde o primeiro dia estamos assim até hoje. Não temos sócio investidor, foi com a cara e com a coragem. Eu estava desempregado há dois anos e por incentivo da minha mulher acabamos abrindo. Eu não como arroz com feijão, eu como hambúrguer. Eu tinha muita experiência como “comedor” de hambúrguer, não como fazedor de hambúrguer. Apesar de ser um cozinheiro autodidata, faço qualquer tipo de prato, mas sempre fiz isso na minha casa, para os meus filhos, para a minha família.

Eu sempre fui um grande fã de Tarantino. Pulp Fiction é meu filme favorito. E eu sempre imaginei me aposentar e abrir uma lanchonete que se chamasse Big Kahuna. Eu registrei essa marca no Brasil alguns anos antes de abrir o nosso restaurante,  já tenho ela registrada há mais de 10 anos. O Tarantino tem conhecimento da nossa casa. O penúltimo filme dele, Os Oito Odiados, foi lançado aqui no Brasil, na nossa casa, quando ele me mandou um pôster do filme autografado por ele, que fica na entrada da nossa casa até hoje.

Financeiramente, foi difícil iniciar o projeto?

Financeiramente foi um pesadelo. Como eu falei, estava desempregado há dois anos, minha situação financeira era muito crítica, eu não tinha dinheiro algum. Saí vendendo tudo que tinha, carro, papagaio, tudo que dava, pedindo dinheiro emprestado para parente, foi muito difícil. Eu lembro que orcei o negócio em 90 mil reais na época e a casa custou 180. Foi muito difícil. Naquela época, eu lembro que usando cartão de crédito, usando cheque especial, coisa que eu não aconselho a ninguém hoje. Eu me lembro que nós abrimos a casa em janeiro, quando foi dia 1º de maio, eu falei: “se não acontecer um milagre, a gente fecha no final do mês”. E dois dias depois eu saí na Veja São Paulo, na Folha de São Paulo e no jornal Folha de São Paulo, depois as coisas nunca mais foram as mesmas. Naquele ano, nós fomos selecionados pela Revista Veja, para participar do Melhor Hambúrguer de São Paulo e ganhamos pelo voto popular em 2013 e 2014. 

Em quanto tempo o restaurante se pagou?

Em um ano, eu não devia mais um centavo a ninguém. A casa se pagou em um pouquinho menos de um ano. Eram outros tempos. Naquela época éramos 55 hamburguerias na cidade de São Paulo, hoje somos 3 mil, em São Paulo e na Grande São Paulo. Então eram tempos diferentes, hoje isso não aconteceria.

A ideia inicial sempre foi do cardápio atual ou houve modificações?

Pelo menos 40 a 50% do meu cardápio de hoje estava aqui no primeiro dia. Nós fomos abençoados por várias coisas. Uma delas foi o nosso cardápio inicial. Nós acertamos logo de cara. E nós tínhamos um diferencial que era o hambúrguer feito na grelha de carvão. Fomos a primeira casa de São Paulo a fazer hambúrguer na grelha de carvão. Hoje tem um monte, mas isso era uma coisa que naquela época nos dava um diferencial. Hoje, muita gente também faz isso.

Quantos clientes atendiam por dia? E atualmente?

Quando começamos, houve o dia em que eu me lembro de não abrir o caixa. Era realmente muito difícil, a gente não era conhecido, era muito difícil. Hoje atendemos algo em torno de 17, 18 mil pessoas por mês, entre restaurante e delivery.

Quantas entregas por dia fazem pelo iFood?

Fazemos em torno de 4 a 5 mil entregas de pedidos por mês no iFood.

Pretendem passar para a próxima geração?

Quanto à próxima geração, meus três filhos já trabalharam aqui. O mais velho agora gerencia uma pizzaria que abrimos, que tem sido muito bem-sucedida. Minha filha mais nova trabalhou aqui em diversas funções antes de se mudar para os EUA, onde aprimorou suas habilidades na Disney e agora gerencia um complexo de restaurantes no Epcot Center.

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