Saiu no 55content: a Uber divulgou, nesta terça-feira (4), os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025 — e os números impressionam. A empresa registrou uma receita de R$ 13,5 bilhões, crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido também chamou atenção: R$ 6,6 bilhões, um salto de 15,4%, impulsionado por ganhos fiscais e valorização de investimentos.
Para nós, meros mortais, isso parece um dinheiro que não acaba mais, mas no mundo das grandes empresas, bilhões são apenas parte do jogo — elas literalmente faturam milhões por dia.
O lucro operacional da Uber alcançou R$ 1,1 bilhão, alta de 5%. O EBITDA ajustado — indicador que mede o desempenho real da operação, sem considerar impostos, depreciação ou custos contábeis — cresceu 33%, chegando a R$ 2,3 bilhões, com margem de 4,5%. No caixa, a empresa mantém R$ 9,1 bilhões em liquidez entre dinheiro e investimentos de curto prazo.
O fluxo de caixa operacional somou R$ 2,3 bilhões, e o fluxo de caixa livre — aquilo que sobra depois dos investimentos — ficou em R$ 2,2 bilhões.
Mas agora vem a parte que toca diretamente os motoristas.
No segmento de mobilidade, que inclui as nossas corridas, a Uber registrou R$ 25,1 bilhões em reservas, um crescimento de 20%. Já o delivery movimentou R$ 23,3 bilhões, alta de 25%. O setor de frete ficou estável, com R$ 1,1 bilhão.
Para o quarto trimestre, a plataforma projeta reservas brutas entre R$ 52 e R$ 53 bilhões, crescimento de 17% a 21%.
E pensar que, lá atrás, muita gente dizia que a Uber operava no negativo… E operava mesmo — como toda startup gigante que cresce rápido, queimando caixa até estabilizar sua operação. Esse é o modelo dessas empresas: o investidor coloca dinheiro, sustenta o crescimento e, quando o negócio “encaixa”, a máquina começa a imprimir lucro. Pelo visto, é exatamente aí que a Uber chegou.
Hoje, a empresa é tão forte que investe em startups, compra empresas de tecnologia e até adquire concorrentes simplesmente para tirá-las do mercado. Se a sua empresa tiver relação com mobilidade ou tecnologia, pode ter certeza: a Uber vai observar.
Mas a grande pergunta fica para o final: e os motoristas?
Enquanto a plataforma lucra bilhões, quem realmente põe o carro na rua, enfrenta trânsito, riscos e desgaste… está faturando quanto?
A Uber escala em cima do nosso trabalho.
A empresa lucra porque milhares de motoristas fazem centenas de corridas por dia, todos os dias. Os números ficam astronômicos — mas não para quem está na ponta, e sim para quem opera a plataforma.
Comenta aqui embaixo: o que você acha desses números da Uber? E dos números dos motoristas?