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Se o motorista de app aceitar uma corrida que paga R$1,30 por km, estará pagando para trabalhar

O custo de uma viagem deve ser acima de R$2 por km. Caso contrário, o motorista estará pagando para trabalhar.

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Opinião
Textos assinados que refletem o ponto de vista do autor, não necessariamente da equipe do 55content.
Homem de cabelo escuro e camisa polo branca grava um vídeo de dentro de um carro, olhando diretamente para a câmera.
Foto: Samuel de Almeida para 55content

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do 55content

No texto de hoje eu vou trazer duas informações importantes pra você que trabalha como motorista por aplicativo. Só duas, mas que definem se você vai seguir firme nesse trabalho ou se vai sair depois de um mês dizendo que “isso aqui não é pra mim”. A primeira delas é segurança. A segunda, ganhos. Mas vamos deixar bem claro: a segurança tá acima de tudo.

Não confunda corrida com lucro

A maioria dos motoristas novos começa achando que qualquer valor recebido é lucro. Que nada! Você só vai saber o que vale a pena aceitar quando souber qual é o seu custo por km. E o que entra nesse custo? Tudo: documentação, IPVA, seguro, manutenção, depreciação, pastilha de freio, óleo, pneu… Tem estudo aí que mostra carro passando de R$1 de custo por km rodado. Isso mesmo, sem nem colocar o combustível na conta.

Aí vem o gasto com o etanol, a gasolina e outros combustíveis. Seu carro faz quanto por litro? Junta isso com o custo fixo e pronto: você vai ver que não tá gastando R$1, tá gastando R$1,40, R$1,50 ou até R$1,60 por km rodado. E se você aceita uma corrida que paga R$1,30 por km, adivinha? Você tá pagando pra trabalhar. Por isso, eu sempre falo: o custo de uma viagem deve ser, pelo menos, acima de R$2 por km. Use aplicativos que mostram isso antes de aceitar, tenha controle. Com relação a ganhos, é basicamente isso: saber o seu custo para saber saber qual é o seu lucro.

Segurança é primordial

A gente trabalha no céu aberto, tá todo mundo na rua, tanto gente do bem quanto quem tá ali pra fazer coisa errada. E você pode ser uma potencial vítima. A melhor saída? Se antecipar. Evitar certas ruas, saber onde parar. “Ah, essa rua aqui é tranquila.” Será? Melhor parar num posto cheio de câmera. Fica atento.

Em Poços de Caldas (MG), um colega parou um, dois minutos pra fumar, e levaram tudo: celular, carro, documento. Felizmente, não fizeram nada com ele, deixaram ele ali na rua, mas parece que até agora não conseguiu recuperar nada. A gente tem que se antecipar: não pare em qualquer lugar, analise onde está e quem vai entrar no seu carro.

Você pode gravar tudo, tenha câmera no carro. Eu tenho. A pessoa que vai entrar no seu carro e vê uma câmera aberta, já inibe. E outra: celular tem que ser exclusivo só para o aplicativo, sem banco, sem cartão salvo. Também não roda com documento pessoal desnecessário, leva só o básico: CNH, documento do carro e celular do trabalho. O resto? Deixa em casa.

Então, basicamente a sua segurança em primeiro lugar. Depois, vêm os seus ganhos, mas você deve pensar sempre nos seus ganhos. Se não pensar, meu amigo, você vai aguentar trabalhar uma semana, 15 dias, um mês… e vai achar que isso aqui não é para você, porque, muito provavelmente, não tá sabendo trabalhar. Fique esperto.

Tamo junto! Um abraço, fique com Deus e até o próximo texto.

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