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Mais uma situação grave envolvendo o serviço da 99Moto. Uma jovem de apenas 22 anos perdeu a vida em um acidente trágico que aconteceu na Avenida Tiradentes, em São Paulo. O caso reacende o debate sobre a segurança dos serviços de transporte por moto na cidade.
O prefeito Ricardo Nunes já vem debatendo e tentando proibir o serviço de transporte por motos em São Paulo. No entanto, tanto a 99 quanto a Uber continuam tentando implementar e manter esse serviço.
No último sábado, dia 24 de maio, Larissa Barros Máximos Torres solicitou uma corrida pelo aplicativo da 99Moto após sair de uma premiação relacionada a um evento de trabalho. Durante o trajeto, um passageiro embriagado que estava em um carro abriu a porta no semáforo, atingindo em cheio a moto onde estavam o condutor e Larissa, que infelizmente veio a falecer.
Esse acidente ocorreu em meio a uma disputa judicial sobre a autorização do serviço de mototáxi na capital. Apesar de uma liminar que proíbe esse tipo de serviço, as empresas Uber e 99 continuam operando normalmente na cidade.
A ausência de regulamentação e de fiscalização adequada coloca em risco a vida de passageiros e condutores. É fundamental que haja regras claras e fiscalização rigorosa para garantir a segurança de todos. A morte de Larissa é uma tragédia que poderia ter sido evitada.
É o momento de repensar o uso das motos como meio de transporte urbano e exigir medidas que garantam segurança. Não podemos aceitar que a morte de pessoas se torne algo comum. Esse tipo de serviço precisa garantir a segurança tanto do motociclista quanto do passageiro.
É muito triste ver que a morte no trânsito se tornou algo normalizado. Isso não pode virar apenas um número ou uma estatística. Há pessoas e famílias por trás de cada vida perdida.
O motoboy só quer trabalhar de forma honesta. A passageira, muitas vezes cansada, só quer chegar em casa mais cedo, já que o transporte público é ruim. Por isso, muitas pessoas acabam optando pelo serviço de moto, na tentativa de ganhar tempo.
Não consigo enxergar culpa no motoboy ou no passageiro. O que vemos é uma imprudência generalizada no trânsito, falta de responsabilidade de muitos condutores, e esse debate precisa vir à tona para que possamos refletir até que ponto vale a pena permitir que esse tipo de transporte continue existindo.
Não se trata apenas da responsabilidade de quem pilota a moto, mas também das condições de uma cidade com trânsito caótico, onde as vias são estreitas, há grande circulação de ônibus e muitos motoristas são imprudentes.
A legislação precisa ser rigorosa com quem bebe e dirige, com quem excede o limite de velocidade, com quem mata no trânsito. Mais uma vez, o serviço de moto entra no centro dessa discussão. Vale mesmo a pena continuar com esse tipo de transporte, se a cada dia aumenta o número de mortos? E muitas vezes, a culpa não é de quem está conduzindo a moto, mas da própria cidade, extremamente perigosa.
Em um carro, em caso de acidente, você tem airbag e a estrutura do veículo como proteção. Na moto, a lataria e o airbag são o corpo do motociclista e do passageiro, o que frequentemente resulta em tragédias.
Quantas Larissas, Joões ou Paulos ainda precisarão perder a vida para que se debata seriamente se vale a pena continuar oferecendo esse serviço? Não sou contra o motociclista. Quero que ele tenha a oportunidade de trabalhar e ganhar seu dinheiro de forma digna. O problema é a cidade, marcada por um trânsito extremamente violento.
Morrem mais pessoas no trânsito do que em guerras — já existem estatísticas comprovando isso.
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