Daniel defende que a Uber, ao aumentar tarifas para passageiros e reduzir repasses para motoristas, está afastando ambos os públicos e comprometendo seu próprio futuro no mercado.
Por Daniel “Uber 24 horas”
As ações da Uber caíram drasticamente devido à diminuição do número de viagens e passageiros no último trimestre, o que impactou seu valor na bolsa de valores. Esse cenário acende um alerta para os investidores que financiam a empresa. O que está acontecendo com a Uber? Será que essa situação também reflete no Brasil? Acredito que sim. Inclusive, pergunto a você: tem percebido uma queda nas corridas, com repasses menores para motoristas e taxas da Uber cada vez maiores?
Nos Estados Unidos, passageiros buscam economizar, o que levou muitos a retornarem ao transporte público, adquirirem veículos próprios ou optarem por outros aplicativos concorrentes. Isso causou uma desaceleração no crescimento do número de viagens da Uber. Em resposta, a empresa tenta ampliar seu faturamento diversificando serviços, como frete, delivery e outras funcionalidades dentro do aplicativo.
Aqui no Brasil, algo semelhante acontece: promoções e campanhas diminuíram, e o repasse “dinâmico” aos motoristas praticamente desapareceu. Esse reflexo seria um efeito das mudanças lá fora? Pergunto novamente: será que a queda no número de corridas está relacionada com a Uber cobrando mais do passageiro e repassando menos para o motorista? Talvez a estratégia da Uber de aumentar os preços para o passageiro e reduzir o repasse ao motorista esteja levando os usuários a procurar alternativas.
Além disso, muitos passageiros, inclusive no Brasil, estão optando por comprar carros próprios, especialmente modelos elétricos. A falta de promoções expressivas, como as de final de ano, que incentivavam os motoristas a focarem na plataforma, ainda não apareceu. Isso pode estar afetando a fidelidade dos motoristas com a Uber. Será que até os passageiros deixaram de priorizar a Uber?
O fato é que o motorista de aplicativo, em 2024, enfrenta uma queda no faturamento, com menos promoções e repasses cada vez menores da Uber. A promoção de final de ano, que muitas vezes fazia os motoristas focarem na plataforma para garantir uma boa renda e fidelização, ainda não foi lançada. Então, pergunto: será que até o próprio passageiro não está mais dando prioridade à Uber? A empresa precisa se reinventar, e o motorista talvez precise se adaptar a esse novo cenário para evitar uma diminuição em seu faturamento. Pode ser uma boa hora para o motorista considerar expandir sua atuação para outras plataformas.
Quem é Daniel Piccinato, o “Uber 24 horas”?
Daniel começou a trabalhar com aplicativos de transporte em abril de 2016, após perceber a instabilidade da empresa onde estava há 14 anos. Inspirado por conversas com o filho do dono, que também dirigia por apps, ele se cadastrou e logo se conectou com outros motoristas por um grupo de WhatsApp, onde compartilhava dicas que o ajudavam a obter bons resultados.
Em agosto de 2018, incentivado por um colega, Daniel criou um canal no YouTube para ampliar essas orientações, abordando temas como melhores horários e estratégias de trabalho. O sucesso do canal o levou a criar um perfil no Instagram em 2020, onde continuou a compartilhar sua experiência e evolução como motorista, ajudando ainda mais pessoas na área.