Você sabia que o dólar disparou e está impactando o bolso de todo mundo? Mas calma, vou explicar por que isso aconteceu, como afeta diretamente você, especialmente se for consumidor – e mais ainda se for motorista de aplicativo – e o que esperar para 2025. Ah, claro, também vou falar sobre as possíveis soluções.
Por que o dólar está tão alto?
Na minha opinião, há dois principais fatores: a instabilidade política e fiscal no Brasil. Esses fatores criam desconfiança nos mercados, pressionando o dólar para cima. Em outras palavras, os próprios governantes do país estão ocasionando a alta do dólar. Vamos falar primeiro sobre a instabilidade política.
Quando há incerteza política – como crises de governo, escândalos de corrupção, dificuldades em aprovar reformas ou instabilidade no ambiente institucional – investidores, tanto nacionais quanto internacionais, ficam receosos de manter ou investir recursos no país. Isso acontece porque a instabilidade política pode gerar incertezas sobre o futuro da economia, das regras e da segurança para os investimentos. Para se proteger, os investidores tendem a retirar o capital do país e buscar mercados mais seguros, como os Estados Unidos, aumentando a demanda pelo dólar e, consequentemente, elevando seu preço.
Agora, a instabilidade fiscal refere-se a problemas relacionados às finanças públicas do Brasil, como déficits elevados (quando os gastos do governo são maiores do que as receitas), aumento da dívida pública ou dificuldades em controlar as despesas. Quando o mercado percebe que o governo pode ter dificuldade em honrar seus compromissos ou equilibrar as contas públicas, isso gera desconfiança. Investidores temem que essa situação leve a políticas econômicas imprevisíveis, como aumento de impostos, cortes drásticos ou até mesmo inflação elevada. Isso reduz o interesse em manter o dinheiro no Brasil e aumenta a procura por moedas mais estáveis, como o dólar, gerando uma pressão que eleva seu valor.
Quando falamos em investidores, estamos nos referindo aos grandes investidores. A retirada de seus investimentos do país traz muitas outras consequências. Quando há mais demanda por dólares – porque os investidores querem retirar recursos do Brasil ou preferem manter seus ativos em moeda estrangeira –, o preço do dólar sobe em relação ao real. Essa desvalorização do real pode criar um círculo vicioso: a moeda mais fraca aumenta os custos de importação, eleva a inflação e intensifica ainda mais a percepção de instabilidade econômica no Brasil.
Como isso afeta o consumidor?
O dólar alto encarece produtos importados, como eletrônicos, roupas e até alimentos. Além disso, o preço dos produtos nacionais também sobe, já que muitos insumos são importados. O resultado é uma inflação que pesa no bolso de todo mundo.
Já para os motoristas de aplicativo, o impacto é ainda mais direto. O preço do dólar influencia o custo dos combustíveis, que já estão nas alturas. Isso sem falar nos custos de manutenção do carro, como peças e pneus, que são fortemente impactados pelo câmbio. O resultado disso? Margens de lucro cada vez menores e menos dinheiro no nosso bolso.
E o futuro?
Especialistas dizem que o dólar pode continuar instável, mas tudo depende de alguns fatores. Primeiro, reformas econômicas no Brasil: se o governo conseguir equilibrar as contas públicas, o dólar pode recuar. Segundo, o cenário externo: uma desaceleração nos juros dos Estados Unidos ou a resolução de conflitos pode aliviar a pressão sobre o câmbio. No curto prazo, porém, não dá para esperar milagres. 2025 ainda parece um ano de muitos desafios.
O que pode ser feito?
Para o governo, são necessárias reformas estruturais, controle da inflação e estímulo à produção nacional. Para os consumidores, o ideal é planejar melhor as compras, priorizar produtos nacionais e cortar gastos desnecessários. Para os motoristas de aplicativo, infelizmente não há muito o que fazer nessa questão, já que são problemas políticos fora do nosso controle. No entanto, podemos buscar alternativas para não depender exclusivamente da renda dos aplicativos. Na minha visão, o caminho é o empreendedorismo para alcançar a liberdade financeira. Isso depende de você, e o primeiro passo é acreditar no seu potencial. Então já começa agora: dê o primeiro passo e depois vai lá e faz.