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Zé Trovão critica CLT, defende retirada de pauta e teto de 20% para taxa das plataformas no PL dos apps

Deputado afirma que texto foi entregue na véspera, critica modelo CLT para quem trabalha por aplicativo e diz que comissão deve buscar consenso antes da votação do parecer do PLP 152/25.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Homem de terno e chapéu grande de cowboy fala ao microfone em comissão da Câmara, com banner na tela sobre regulamentação de trabalhadores por aplicativo.
Deputado Zé Trovão Neto Foto: Reprodução/YouTube

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) defendeu nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, que a comissão especial da Câmara dos Deputados adie a deliberação sobre o parecer do relator Augusto Coutinho (Republicanos-PE) para permitir mais análise e negociação de pontos do texto. O colegiado, presidido por Joaquim Passarinho (PL-PA), discute o Projeto de Lei Complementar (PLP) 152/25, que trata da regulamentação do trabalho por aplicativos de transporte e entrega, além de regras previdenciárias e de funcionamento das plataformas.

Na fala, Zé Trovão disse que a concessão de vista coletiva já nesta sessão retiraria uma ferramenta de debate dos parlamentares e argumentou que o relatório, entregue na noite anterior, exigiria cautela antes de qualquer votação. Ele afirmou que o objetivo comum é “resolver o problema dos motoristas de aplicativos”, mas que isso dependeria de tempo para avaliação do conteúdo.

Crítica à CLT e defesa do trabalho autônomo

O deputado afirmou que trabalhadores que atuam em aplicativos teriam deixado o mercado formal por rejeitarem o modelo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na declaração, disse que quem deseja trabalhar sob regras celetistas deve optar por emprego com carteira assinada, e que regulamentar o setor nesse sentido poderia, segundo ele, criar um “monstro” que desestimularia o trabalho por plataformas. Ele também relacionou o custo tributário à forma como empresas contratam no regime formal.

Teto para taxa das plataformas

Zé Trovão concentrou parte da fala na taxa cobrada pelas plataformas sobre o valor das corridas ou entregas. Ele disse que considera necessário “barrar as altas cobranças” feitas aos motoristas e comparou a situação ao setor de transporte de cargas, argumentando que intermediários não deveriam reter percentuais elevados. Na exposição, afirmou que a taxa deveria ficar entre 15% e 20% e declarou: “O atravessador tem que ficar com 15% e 20% no pau da viola”. Ao defender o teto, alinhou-se a outras falas na comissão sobre limites de retenção, tema que aparece em diferentes propostas e no relatório do relator.

Proposta de acordo para evitar votação apressada

O parlamentar afirmou que não deseja postergar indefinidamente a votação, mas propôs que a comissão aprovasse a retirada de pauta como parte de um acordo. Segundo ele, na semana seguinte, se houver consenso sobre o que foi construído no período, os deputados não apresentariam pedido de vista. Caso não haja entendimento, os parlamentares manteriam a possibilidade de solicitar vista conforme o regimento.

Zé Trovão defendeu que o parecer seja entregue “redondinho” para reduzir conflitos posteriores no processo legislativo, com o objetivo de facilitar a tramitação até o Plenário da Câmara. 

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