A Uber divulgou, na última quarta-feira (6), seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2025, encerrado em junho. De acordo com o comunicado oficial publicado pela companhia, a empresa registrou lucro operacional de US$ 1,5 bilhão, representando um crescimento de 82% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo documento, a Uber anunciou a autorização de um novo programa de recompra de ações no valor de US$ 20 bilhões.
De acordo os dados do comunicado, a receita total da Uber alcançou US$ 12,7 bilhões entre abril e junho de 2025, um avanço de 18% em comparação ao segundo trimestre de 2024. As reservas brutas (gross bookings), indicador que reflete o valor total transacionado na plataforma, antes de taxas, repasses e incentivos, chegaram a US$ 46,8 bilhões, um crescimento de 17% no comparativo anual.
A Uber também informou que o número total de viagens realizadas no trimestre foi de 3,3 bilhões, o que representa um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Segundo a empresa, esse aumento foi impulsionado pela expansão de 15% na base de consumidores ativos mensais na plataforma, além de um crescimento de 2% nas viagens mensais por usuário.
No mesmo relatório, a empresa detalhou que o lucro líquido atribuível à Uber foi de US$ 1,4 bilhão, já considerando um impacto negativo de US$ 17 milhões (antes de impostos), relacionado à reavaliação dos investimentos acionários, isto é, das participações que a companhia possui em outras empresas.
Outro destaque do balanço, de acordo com a Uber, foi o EBITDA (sigla para Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, em inglês) ajustado, indicador financeiro usado para medir a capacidade de geração de caixa operacional de uma empresa, desconsiderando alguns fatores que podem distorcer a análise do desempenho operacional, que alcançou US$ 2,1 bilhões, um avanço de 35% sobre o mesmo trimestre do último ano.
A Uber ainda destacou um fluxo de caixa operacional de US$ 2,6 bilhões e um fluxo de caixa livre de US$ 2,5 bilhões no período. O caixa total não restrito, quantia que a empresa tem disponível para usar livremente, sem restrições legais ou contratuais, incluindo equivalentes e investimentos de curto prazo, somou US$ 7,4 bilhões ao fim do trimestre.
No mesmo documento, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, comentou que a “estratégia de plataforma está funcionando, com recordes de audiência, frequência e lucratividade nas áreas de Mobilidade e Delivery”. Ainda segundo ele, a empresa segue comprometida com inovação, com 20 parceiros de veículos autônomos integrados globalmente à plataforma.
O CFO da companhia, Prashanth Mahendra-Rajah, também foi citado no comunicado oficial: “O anúncio da recompra bilionária de ações sublinha a confiança da empresa em seu modelo de negócios e na geração contínua de caixa”, afirmou. A Uber destacou ainda que o fluxo de caixa livre acumulado nos últimos doze meses atingiu o recorde de US$ 8,54 bilhões.
Por segmento, os números também foram expressivos, conforme apontado no relatório:
- A divisão de Mobilidade gerou US$ 23,8 bilhões em reservas brutas;
- A divisão de Delivery, US$ 21,7 bilhões;
- E a área de Fretes somou US$ 1,26 bilhão.
A receita segmentada no trimestre foi de US$ 7,3 bilhões para Mobilidade (+19%), US$ 4,1 bilhões para Delivery (+25%) e US$ 1,26 bilhão para Freight (-1%), segundo detalhamento do comunicado oficial da Uber.
O relatório também apresenta projeções para o terceiro trimestre de 2025: a Uber estima que as reservas brutas fiquem entre US$ 48,25 bilhões e US$ 49,75 bilhões, com crescimento esperado de 17% a 21%. A empresa espera ainda alcançar um EBITDA ajustado entre US$ 2,19 bilhões e US$ 2,29 bilhões, o que representaria um avanço de 30% a 36% na comparação anual.
Essas projeções, segundo a Uber, incluem o impacto da recente aquisição da startup turca Trendyol Go, especializada em entregas ultrarrápidas.
